Sapo:
O bastonário da Ordem dos Advogados (OA) disse hoje, em Coimbra, que se “tem vindo a assistir em Portugal, nos últimos anos, a uma verdadeira guerra civil de alguns sectores da magistratura contra alguns setores da chamada classe política”.
António Marinho Pinto falava aos jornalistas, ao final da manhã de hoje, depois de ter participado numa sessão do colóquio “Direitos fundamentais e comunicação, escutas telefónicas, redes sociais”, promovido pelo Instituto Jurídico da Comunicação (IJC) da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC).
“Era bom que as instituições do Estado se respeitassem reciprocamente e dessem exemplo de respeito recíproco para a sociedade em geral”, apelou o bastonário.
Só assim, poder judicial e classe política “poderão ser respeitados pela sociedade”, defendeu Marinho Pinto, que, instado pelos jornalistas, comentava a decisão do Procurador-Geral da República (PGR), hoje divulgada pelo jornal Público, sobre pedidos de informações de magistrados do Ministério Público (MP) sobre políticos.
“Era bom que as instituições do Estado se respeitassem reciprocamente e dessem exemplo de respeito recíproco para a sociedade em geral”, apelou o bastonário.
Só assim, poder judicial e classe política “poderão ser respeitados pela sociedade”, defendeu Marinho Pinto, que, instado pelos jornalistas, comentava a decisão do Procurador-Geral da República (PGR), hoje divulgada pelo jornal Público, sobre pedidos de informações de magistrados do Ministério Público (MP) sobre políticos.
Embora ainda não conhecesse a deliberação do PGR, Marinho Pinto admitiu que se trata de uma “boa decisão”, precisamente por causa do conflito entre sectores da magistratura e do poder político.
“Tem que haver alguma moderação”, advertiu, sublinhando que “há um fundamentalismo justiceiro muito acentuado nalguns sectores da magistratura e do MP”.
“Tem que haver alguma moderação”, advertiu, sublinhando que “há um fundamentalismo justiceiro muito acentuado nalguns sectores da magistratura e do MP”.
Marinho e Pinto não passa uma única semana sem vilipendiar as magistraturas, porque os media em geral acolhem as suas enormidades como recheio para o jornalismo tipo para quem é bacalhau basta. Desse vilipêndio continuado que assume já contornos patológicos ressalva sempre o topo das magistraturas. Agora, acha que há uma guerra entre a magistratura e um certo sector dos "políticos" e que a decisão do PGR é uma "boa decisão", eventualmente para pôr em sossego a "superestrutura" que Marinho defende sempre, sempre. Porquê? Porque sim, porque é o poder e só esse poder o salva de ir borda fora para a advocacia que nunca praticou de modo a ganhar, como ganha, como um autêntico conselheiro. Seria bom que o jornalismo do para quem é bacalhau basta lhe perguntasse se diminuiu o seu vencimento que ele próprio se atribuiu, logo depois de ser eleito BOA e se o fez de acordo com as medidas de contenção salarial em curso e que deveriam atingir todos por igual. Ou seja, se diminuiu 5, 10 ou mais por cento...e na realidade saber-se quanto ganha por mês este BOA. Essa é uma questão concreta que o incomoda e que o jornalismo para quem é...coisa e tal, evita sempre.
De resto, Marinho e Pinto, sobre a tal guerra civil entre a magistratura e "os políticos" poderia falar sobre uma batalha dessa tal guerra. Uma em que participou e está bem espelhada na imagem acima, tirada mesmo antes das eleições de 2009 e um pouco antes de estalar o escândalo Face Oculta. Porque é a essa guerra que Marinho e Pinto se refere e o jornalismo para quem é bacalhau basta não entende bem ou não quer entender...
A guerra de Marinho e Pinto é assim uma guerra contra a democracia e duvido que o mesmo seja democrata genuíno porque não é tolerante. Ao vilipendiar constantemente o poder judicial, mostra que não entende o papel deste poder na democracia e que preferiria todo o poder atribuído a eleitos por concurso partidário.
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