Jornal de Negócios de 29.2.2012:
A proposta da Ernst & Young terá sido escolhida de entre os cinco candidatos que se apresentaram ao concurso lançado em Dezembro do ano passado pela Direcção-geral do Tesouro e Finanças para a aquisição da prestação de serviços de auditoria e consultoria às PPP do Estado português, avança a edição online do jornal "Público".
O jornal refere que em segundo lugar ficou a Universidade Católica e, em terceiro, a PricewaterhouseCoopers em conjunto com a Sérvulo & Associados. Também tinham concorrido a PKF e a BDO Portugal.
Por causa disto, o Tribunal de Contas ficou com a pulga atrás da orelha...
Jornal de Negócios de 20.3.2012:
O Tribunal de Contas (TC) está alerta para os resultados do concurso lançado para escolher a empresa que fará a auditoria às PPP - parcerias publico-privadas exigida pelo memorando da ‘troika', noticiou o Diário Económico. De entre cinco concorrentes, a consultora Ernst & Young ganhou a corrida, mas existem dúvidas sobre eventuais conflitos de interesses por a empresa ter contratos com empresas e grupos que participam de consórcios de PPP e concessões.
Embora o TC não possa invalidar o resultado, poderá pedir uma fiscalização para apurar eventuais responsabilidades financeiras, remetendo o caso para o Ministério Público. Além disso, quaisquer interessados podem impugnar os resultados finais.
Sabe-se agora que as incompatibilidades derivadas de conflitos de interesses podem ser várias e ainda por cima consta que a Ernst & Young subcontratou os serviços de consultadoria jurídica às firmas de Eduardo Paz Ferreira, marido da actual procuradora geral distrital de Lisboa, Francisca Van Dunem, apontada como uma das mais fortes candidatas ao lugar de PGR e também à firma de um Garcia Pereira (APML).
Se isto for verdade é demais. Demais mesmo, porque não se pode aceitar esta situação como normal e sem problema algum.