Soube agora que ontem morreu o general Silvino Silvério Marques. Este militar, general dos antigos, escreveu em 1984 um artigo sobre o nosso esforço de guerra no Ultramar. Já foi aqui publicado mas repete-se:
Vi uma vez o T.Cor. Brandão Ferreira usar o argumento de que morrem mais pessoas por ano na estrada do que morreram em operações no Ultramar.
Foi vaiado e assobiado, mas eu acho que é muito relevante. E não vejo que seja menos criminoso morrerem na estrada pessoas - muitas vezes por deficiente manutenção, quando não foi deficiente a construção logo para começar - do que morrerem para defender o seu país.
E defender o país não é uma coisa abstracta, como a maioria das pessoas tende a pensar. É defender as pessoas que vivem nos territórios afectados.
Os que ainda hoje se dizem contra a guerra e contra as mortes que causou, provavelmente ganiriam desesperadamente se apenas uma fracção do sucedeu ao Norte de Angola se passasse nas suas terras.
Comecei agora a lei os Diálogos Interditos do Franco Nogueira. Como venho frequentemente observando, o prefácio ou introdução é suficiente para se perceber que isto era outra gente, com outra capacidade e outra consciência. Gente capaz de ganhar guerras e construir países. E eram portugueses.
"Portugueses capazes de ganhar guerra e construir países." - como quarenta anos bastaram para fazer esta frase de normal a completamente surreal...
Os internacionalistas do quanto pior melhor agora só trabalham para refazer o império cá dentro e por nossa conta.E vale tudo como na entrega do outro que por ter preto não era nosso.Basta ir acompanhando a eurodeputada do "nem mais um soldado para as colónias"...e claro o "Burroso"! Qualquer dia vão ter direito a mais um membro na família e por sorteio:um preto ou um cigano...
Pois ė antonio. E enquanto forem os outros e os filhos dos outros a morrer à catanada, a guerra é um crime colonialista, insustentável, uma repressão fascista, etc.
Mas se forem os nossos - aqui d'el-Rei que ninguém nos ajuda! Aí, se calhar, fica-se grato que venham os filhos dos outros dar a vida para proteger os nossos. Ou quê?
É que eu gostava de saber, se em vez de Africa as coisas sucedessem na Metrópole, os metropolitanos mandavam embora os ultramarinos por não ser sustentável a guerra lá longe, além do mar...
Ou os que morriam lá a catanada não eram filhos de ninguém?
Blasfemias «Silvino Silvério Marques 3 OUTUBRO, 2013 por helenafmatos Morreu Silvino Silvério Marques. Morreu 39 anos depois de ter sido nomeado Governador-Geral de Angola. Em boa verdade ele fora escolhido para ser Governador-Geral de Moçambique mas manobras várias de bastidores levaram a que Angola fosse o seu destino. Assim a 11 de Junho no Palácio de Belém, Spínola dá-lhe posse como Governador-Geral de Angola. A sala estava cheia. Estão presentes o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Costa Gomes; Almeida Santos, Ministro da Coordenação Interterritorial; representantes da Coordenadora do MFA; Adelino da Palma Carlos primeiro-ministro… ...............................»
O Tenente-Coronel Brandão Ferreira foi vaiado e assobiado, mas apenas pelos traidores que lá estavam no programa. Pois, existem provas disso bem registadas. Morriam mais pessoas por ano de acidente nas estradas portuguesas, do que nos teatros de operações. E o General Silvério Marques, está aqui neste Jornal a confirma-lo. Infelizmente, a história é sempre escrita pelos vencedores e temos de procurar a VERDADE, bem fundo nos meandros dessa mesma história.
11 comentários:
que descanse em Paz
Vi uma vez o T.Cor. Brandão Ferreira usar o argumento de que morrem mais pessoas por ano na estrada do que morreram em operações no Ultramar.
Foi vaiado e assobiado, mas eu acho que é muito relevante. E não vejo que seja menos criminoso morrerem na estrada pessoas - muitas vezes por deficiente manutenção, quando não foi deficiente a construção logo para começar - do que morrerem para defender o seu país.
E defender o país não é uma coisa abstracta, como a maioria das pessoas tende a pensar. É defender as pessoas que vivem nos territórios afectados.
Os que ainda hoje se dizem contra a guerra e contra as mortes que causou, provavelmente ganiriam desesperadamente se apenas uma fracção do sucedeu ao Norte de Angola se passasse nas suas terras.
Comecei agora a lei os Diálogos Interditos do Franco Nogueira. Como venho frequentemente observando, o prefácio ou introdução é suficiente para se perceber que isto era outra gente, com outra capacidade e outra consciência. Gente capaz de ganhar guerras e construir países. E eram portugueses.
"Portugueses capazes de ganhar guerra e construir países." - como quarenta anos bastaram para fazer esta frase de normal a completamente surreal...
convém ler Helena Matos no Blasfemias
Hoje temos mários soares em barda.
A HM não fala de Silvino Silvério Marques.
Os internacionalistas do quanto pior melhor agora só trabalham para refazer o império cá dentro e por nossa conta.E vale tudo como na entrega do outro que por ter preto não era nosso.Basta ir acompanhando a eurodeputada do "nem mais um soldado para as colónias"...e claro o "Burroso"!
Qualquer dia vão ter direito a mais um membro na família e por sorteio:um preto ou um cigano...
Enquanto forem morrendo os filhos dos outros, tudo é sustentável.
Pois ė antonio. E enquanto forem os outros e os filhos dos outros a morrer à catanada, a guerra é um crime colonialista, insustentável, uma repressão fascista, etc.
Mas se forem os nossos - aqui d'el-Rei que ninguém nos ajuda! Aí, se calhar, fica-se grato que venham os filhos dos outros dar a vida para proteger os nossos. Ou quê?
É que eu gostava de saber, se em vez de Africa as coisas sucedessem na Metrópole, os metropolitanos mandavam embora os ultramarinos por não ser sustentável a guerra lá longe, além do mar...
Ou os que morriam lá a catanada não eram filhos de ninguém?
Blasfemias
«Silvino Silvério Marques
3 OUTUBRO, 2013
por helenafmatos
Morreu Silvino Silvério Marques. Morreu 39 anos depois de ter sido nomeado Governador-Geral de Angola. Em boa verdade ele fora escolhido para ser Governador-Geral de Moçambique mas manobras várias de bastidores levaram a que Angola fosse o seu destino. Assim a 11 de Junho no Palácio de Belém, Spínola dá-lhe posse como Governador-Geral de Angola. A sala estava cheia. Estão presentes o Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Costa Gomes; Almeida Santos, Ministro da Coordenação Interterritorial; representantes da Coordenadora do MFA; Adelino da Palma Carlos primeiro-ministro…
...............................»
Sim, mas esse texto é até um bom exemplo para se ver como uma jornalista desconhece fontes.
Ela fala de tudo menos do Silvino Silvério Marques.
Aqui o José encontra logo um texto do próprio.
Meu caro mujahedin,
O Tenente-Coronel Brandão Ferreira foi vaiado e assobiado, mas apenas pelos traidores que lá estavam no programa. Pois, existem provas disso bem registadas. Morriam mais pessoas por ano de acidente nas estradas portuguesas, do que nos teatros de operações. E o General Silvério Marques, está aqui neste Jornal a confirma-lo.
Infelizmente, a história é sempre escrita pelos vencedores e temos de procurar a VERDADE, bem fundo nos meandros dessa mesma história.
Cumprimentos,
Nuno Ramos.
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