Mais ou menos por volta do ano 60 antes de Cristo , o imperador Júlio César poderia ter feito este discurso aos romanos, a propósito de um povo, o lusitano, que aparentemente resistia o mais que podia à colonização romana e não se deixava submeter pela civilização "superior", preferindo viver em cavernas ou habitações lacustres e vestir peles de animais do que usufruir de quadrigas ou tricliniuns. Os carreiros de cabras serviam-lhes bem e por isso as vias romanas eram tidas como luxos da decadência, sem futuro.
Não sendo necessário citar E. Gibbon, porque basta a wikipedia para tal tarefa, os romanos venceram e convenceram, colonizando a península ibérica e adaptando-nos uma língua materna.
Em cem anos, os que se seguiram à morte de Cristo, colonizaram-nos e colonizaram-nos bem, deixando marcas que ainda hoje se vêem. Assim, nós também somos um produto finalizado do romano original e por isso somos latinos e não árabes ou cartagineses.
Alguém lamenta esta colonização em pleno, linguística, comercial, industrial e cultural, com mais de dois mil anos de recuo? Às tantas, talvez, se se entender que a colonização é um mal em si e a independência um bem absoluto e uma vaca sagrada que devia ser adorada num altar de ouro.
E é nesse ponto que importa focar a atenção.
Quem nos coloniza actualmente? Ou melhor, fomos colonizados por quem e como, a partir daí? E qual será a nossa independência real, medida ao contrário, isto é, com ausência de colonização? Alguém o poderia fazer, dizer ou sequer saber? Duvido.
A nossa pátria, que a meu ver não se confunde com a língua, nasceu por obra e graça de dois estrangeiros que chegaram a esta terra que começa no Minho e acaba nos algarves e nessa altura nem isso. Dois nobres estrangeiros ( Leão e Borgonha) que vieram cá combater os mouros deram os genes a Afonso Henriques que por sua vez terá sido educada por um autóctone, Egas Moniz.
A partir de então, tirando pequenos períodos, fomos independentes de outros povos. Mas não isentos de influências ou colonizações culturais. Nunca, tal como hoje.
Olhando de relance para a História, quem foram os povos que nos influenciaram mais? Parece-me que não haverá dúvidas que os ingleses, britânicos, levam a palma. A mais velha aliança entre povos, no mundo, é a que foi realizada entre nós e os ingleses, por vários motivos, incluindo familiares, culturais e militares. Data de 1373 que temos por assente que a Inglaterra, Reino Unido, Grâ-Bretanha, é nossa aliada incondicional e segundo reza a História, pacificamente e sem ventanias, quem tirou sempre melhor partido do acordo foram aqueles, os ingleses britânicos. Porquê? Porque foram mais finos, parece-me e sem questionar muito. Comeram-nos sempre as papas na cabeça e nós deixamos.
Quem é que se impôs mundialmente, durante séculos, em modo imperial? Nem é preciso dizer muito mais que a wiki ajuda a dizer: os britânicos dominaram mais que outros antes deles e depois.
No início do séc. XX começaram a perceber que não poderiam ostentar o ceptro de imperadores toda o tempo e para todo o sempre. E descolonizaram. A seu modo, claro.
E nós que tínhamos um imperiozinho, mesmo incluindo o Brasil, que fizemos nós à nossa vida de colonizadores e imperialistas? Não desistimos e inventamos uma realidade fantástica, veiculada por poetas: um quinto império haveria de surgir e seríamos nós a mandar no Mundo para todo o sempre, com todos os povos rendidos à evidência da cristandade. Bom demais para ser real. Místico demais para se poder formar crença sólida.
Esta ideia fantástica caracoleou e proliferou até ao século XX e impregnou pessoas bem inteligentes e capazes. Ainda hoje parece que acontece assim e haver quem acredite piamente em ditos proféticos do séc. XVI, interpretados à maneira do séc seguinte e dos primeiros anos do XX.
Os ingleses, nossos aliados, o que pensaram disso, na altura? Alguns terão pensado que se nós conseguíssemos aguentar, aguentar e aguentar, seríamos uns heróis de uma causa...perdida. E foi isso que sucedeu durante mais de 40 anos e particularmente durante a última dúzia de anos antes de 1974, em que se tornou evidente que não poderíamos de facto aguentar, aguentar e aguentar por muito mais décadas, como antes tinha acontecido e os britânicos descobriram a tempo.
Aquele pequeno excerto de um discurso de Salazar de 30 de Novembro de 1960 é a prova de uma utopia. Brilhante, heróica, mas utopia na mesma e não muito diferente daquela que prometia o "Homem Novo", noutra paragens eslavas.
Nem sequer conseguimos fazer como os romanos fizeram...porque já quase ninguém acreditava naquele discurso, dez anos depois.
Esse discurso, aliás, é o de um guardador de impérios, tal como os romanos o foram durante uns tempos largos. Poderia ter algum sucesso, no século XX? Poderia ter o mesmo que teve o império romano do lado de cá do ocidente?
Bem, se a colonização ( na altura, romanização) fosse efectiva, real e acelerada como mais ninguém fez antes ou depois, talvez. Talvez...mas era em África e os colonizados não tinham a mesma cor, a mesma identidade de solos e climas. Mais difícil ainda.
Os britânicos nunca acreditaram nisso e no início do século XX eram o país mais desenvolvido do mundo, depois da revolução industrial. Mesmo assim , largaram os territórios e desistiram da ideia de império, tentando salvar as pratas e ouros que lá tinham. Nós, seus aliados, éramos uma nação em bancarrota...incapazes de verdadeiramente colonizar fosse quem fosse, e muito menos africanos tribais rendidos a gungunhanas.
Quando os britânicos nos mostraram os dentes, durante um ultimatum, encolhemos a honra em justificações espirituais e assim ficamos, permanecendo aliados.
Quem julgar que isto é independência, restringirá o conceito ao domínio poético do costume.
Portanto, a discussão permanece em aberto: o que é uma verdadeira independência? Será possível ou desejável tal situação de facto sem os meios para um estado de direito que se possa impôr a quem a colocar em risco?
E colonização o que significa realmente? É aquilo que o discurso diz? Se for, estamos conversados sobre a legitimidade em querer para os outros o que não desejamos para nós...
79 comentários:
este rectângulo à beira-mar falido foi sempre dependente
do trigo de Marrocos
dos judeus como profissionais da cobrança de impostos e prestação de cuidados médicos
da cultura francesa
do exército britânico
das especiarias
do ouro e diamantes brasileiros
da exportação de gado de 2 pés para todo o globo desde o séc XVI
actualmente necessita do dinheiro da troica porque não ganha para as despesas
a mania das grandezas tornou-o protectorado de grupos financeiros que apreciam os seus lindos olhos
por outras palavras estamos na merda e nunca mais sairemos dela
o cheiro já é mais apreciado que qualquer perfume francês famoso
Este foi forte e brilhante
« estamos conversados sobre a legitimidade em querer para os outros o que não desejamos para nós...»
Pois estamos.
Bom, se calhar a minha dificuldade inata não me permite perceber bem a questão ou questões, por isso importa desde já esclarecer:
- estamos a comparar a colonização portuguesa com o império romano? Se sim, estamos a comparar a República Portuguesa com o Império Romano?
- estamos a comparar o a população portuguesa à população angolana, moçambicana, guineense, etc? A todos em conjunto ou só alguns? A de agora ou a da altura?
Ou a questão é qual a verdadeira independência?
Ou o que significa "colonização"?
Não percebeu nada da subtileza deste ping pong mas já está a interrogar, a pedir definições e a querer comprar uma briga
ehehehehhe
Não dá. Como dizia o outro- se não sabe para que pergunta.
muja:
estamos a comparar o que pode ser comparado. Adivinhe o quê...
Não adivinho porque não vale a pena. Vou só dizer de minha justiça. E, portanto, não vou falar do passado. Vou falar do presente e do futuro.
Espero que possam, se quiserem, aproveitar alguma coisa para o tal ping-pong, mas não vou ser nada subtil. E não quero comprar briga, mas também não vou pisar ovos. E vai ser longo.
Mas para que se não diga que só mando vir, e para saírmos da órbita mitológica, gostava de propor que se pegasse na questão a partir do presente que vivemos.
Sabemos que todos os dias milhares e milhares de pessoas estão a caminho do continente europeu, a maioria delas vindas de África.
As que não morrem até ao Mediterrâneo, ou nele se afundam, ou ficam retidas em "campos" oficiais ou improvisados, estes últimos fazendo os de concentração soviéticos parecer parques ingleses.
Sabemos, ou devíamos saber, que este problema se tem vindo a agravar e continuará a agravar-se, provavelmente a um ritmo cada vez maior. Ou seja, continuarão a vir mais, cada vez mais, e mais pessoas com o fito, perfeitamente compreensível, de alcançar uma vida melhor.
Não vêm somente à procura de emprego, ou "oportunidades de vida"; procuram saneamento básico, procuram alimentação regular, procuram fugir da guerra, da carnificina, da escravatura.
Posto o problema, quais as alternativas para o solucionar?
Dividem-se em duas as do dito realismo, alinhadas por conveniência ideológica: deixá-los entrar a todos, ou deixar entrar poucos. Nenhuma das soluções, por motivos óbvios, serve, e pela mesma razão: continuarão a vir mais e mais pessoas. Integrá-las a todas é impossível, pois nem as que houveram até agora de chegar se integraram; regular a entrada, põe logo dois problemas imediatos: a) como lograr consegui-lo, concretamente?, e b) que se faz aos que se não deixa entrar? Ficam nos campos para sempre? Repatriam-se (e para onde, se não se souber de onde vêm ou se recusarem a recebê-los)? Deixam-se morrer e afogar aos milhares?
Analisemos o caso da Inglaterra, os tais finórios que nos comem as papas na cabeça. Em Calais existe um desses campos improvisados de imigrantes, que no que respeita a condições básicas de vida e salubridade é fácil de descrever: não tem nenhumas. Essa gente está lá porquê? Porque quer entrar no Reino Unido e este, comendo as papas na cabeça dos franceses (não é só a nós, pelos vistos), conseguiu que estes aceitassem lá a fronteira. Portanto, aquela gente está ali porque a França, essencialmente, os retém e impede de entrar no RU - que está já, de qualquer maneira, a braços com a questão da imigração.
Mas a boa vontade francesa terá, forçosamente, de ter limites. E o maire de Calais já declarou que se nada se fizer, não pode fazer outra coisa senão deixar aquela gente passar para onde quer ir...
E aí, que farão os nossos finórios aliados? Deixam entrar? Deixam morrer? Matam? É que regular já se viu no que dá: dá no que existe em Calais. E não dá para grande coisa...
É evidente, para quem tem dois dedos de testa, que o problema só admite resolução na sua causa, na sua origem. E qual é essa? Pois... África.
E como se resolve o problema na origem que é África?
Está aí, nesse papel "scaneado", ora então. Em duas singelíssimas páginas está exposta a solução - a única solução. Não têm eles a mesma cor? Não têm a mesma identidade de solos e climas? Pois não terão. Mas e cá? Deixarão de a ter? Lá era difícil; e cá, é mais fácil? "Não, claro que não!" "Claro que a Europa vai dar o estouro!" "Claro que isto passará a ser África"; aliás, pior que África porque daqui não teremos uma Europa para buscar como esses infelizes que nos batem à porta.
Mas dantes não era assim. Dantes, os infelizes estavam lá e não vinham por aí aos milhares morrer no mar ou agonizar num porto alienígena qualquer. Dantes, os guardadores de impérios à prova de todo o vento alguma coisa faziam para que pudesse aquela gente não só deixar-se lá estar como querer lá estar. Até os brancos queriam lá estar!
Mas era inevitável, dirão! Que era o vento, o furacão da história que o pedia, que o impunha, que se impunha! Era... talvez fosse. Mas então, posso ter percebido mal, mas o que me dizem é que o furacão da história decretou 40 aninhos de rica vida, à europeia, desembaraçada de pechas anacrónicas, de moralismos bafientos, de mitologias arcaicas, de heroísmos desusados; mas que, a seguir, para os que viessem depois, haveria apenas África, lá e em todo o lado; não a África do passado, a má, a colonizada onde o pessoal gostava de estar; mas a do futuro, banhada em sangue, em miséria e em sofrimento. A África global.
Sendo eu um dos que vai receber a nova África, decerto compreenderão - ou talvez não - que preferia muito mais o moralismo bafiento, a mitologia arcaica, o heroísmo desusado. Mesmo que fosse realmente inevitável o furação, mesmo que houvesse menos esperança de sucesso que água no Sara. Mesmo que tudo falhasse, não teríamos decerto pior situação que a que temos hoje e muito menos do que a que se afigura para nós (os que ficamos e havemos de vir) amanhã... Por isso, hão-de desculpar a franqueza, mas esses argumentos, de uma forma geral, não valem a ponta de um corno.
Os da mitologia estavam certos, e os milhares que se afogam no Mediterrâneo são a prova disso tirada a sangue. Fugimos, mas o problema alcançou-nos. Pena é que tenham de ser os netos e bisnetos a pagar (que preço?) pela cobardia dos seus avós que não viram, ou não quiseram ver, e ainda tenham de testemunhar a cegueira dos pais...
E nisto, há-de valer-nos tanto a ignomínia de alguns nossos avós como a esperteza dos bisavós ingleses lhes há-de valer a eles...
Parafraseando um cantor comunista, francês e que gosto de ouvir ( Jean Ferrat) que cantava La Femme est l´avenir de l´homme, poderia então dizer-se que a África é o futuro do Homem?
Seria interessante...mas não era essa a ideia do V Império...
No fundo o que querem aqueles pretos que procuram a Europa?
Telemóveis? Casas com água e luz? Comida fast food? Vida citadina de subúrbio? Boa vida de prestações sociais que lhes permitam viver sem fazer nada?
É isso que querem, em vez de usufruirem das condições de vida que não têm e poderiam ter, bem melhores que essas?
José, eu escrevi. Todos sabemos o que eles querem e já só não vê quem não quer.
Não confunda o que eles querem com o que outros, que tinham bem mais do que eles têm, queriam...
Sim, mas sabe exactamente o que querem?
Eu sei. Mas se o José não sabe, porque pergunta?
ahahah
como que cantava
« Esta é a verdadeira história de Rebaldino Pires. O honestíssimo vadio ancorado nas Portas de Santo Antão, mas batendo a outras portas »
rebaldaria até soar a quebrado
Repare, eu não quero procurar briga nenhuma.
Nem quero que se discuta o que eu escrevi em detrimento do postal do José. Mas quis deixar uma coisa que não parecesse apenas "mandar vir" nem casuística-não-sei-quantos.
Deixei a minha perspectiva enquanto pessoa e português deste tempo que forçosamente a tem de ter em relação ao futuro que encara.
E portanto é apenas isso que aí está. E da minha perspectiva, se o ontem lhe dava razão, o hoje já começa a deixar de a dar, e o amanhã, sobretudo, parece-me que não lhe vai deixar uma pinguinha de amostra... O diabo dá com uma mão...
Huumm...eu não pergunto por não saber. Pergunto para saber o que pelos vistos saberá. É diferente.
Mas, nesse caso, a História tinha de voltar atrás para muitos mais sítios_ para o Médio Oriente, também.
Porque o chamariz é igual para todos.
Não eram as nossas províncias ultramarinas que fariam diferença ou que evitavam o que está na cara.
As civilizações acabam. O Império Romano também acabou. E há quem diga que nem foi por decadência, foi por invasão brutal.
Fiquei com curiosidade de ler o livro do Jaime Nogueira Pinto acerca do islão.
Algum de v.s o leu?
By the way-
Por essa lógica, então também temos de agradecer a Israel por fazer de tampão.
":OP
Li a entrevista que deu ao Público no passado Domingo. Não me interessa ler mais nada do Nogueira Pinto.
Também só li isso.
Achou fraca ideia?
ehehe
Estou-me a rir mas é por outro motivo
Cita o Emmanuel Todd mas não tira conclusões. A revista Marianne da semana passada é um tratado sobre esse assunto. Muito bem feito.
Os franceses andam a anos luz da nossa intelectualidade corrente.
O director da revista e o Jacques Julliard dão uma lição de História. E são de esquerda...
Eu sei porque ri. E pode rir.
Ele na entrevista diz umas coisas um tanto básicas.
Que o IL chama os descamisados muçulmanos - o proletariado, espalhado pela Europa e lhes diz que têm ali um sentido de ser.
É treta porque o mais impressionante é que chamam e vão europeus de toda espécie que nem acredito que se possam converter de forma relâmpago
ehehehe
Foi sem querer mas dei mesmo uma gargalhada
Foi mauzinho ter dito
ehehehe
Ah é.
Então vou ler a Marianne.
Ainda bem que diz.
José,
eles, todos eles, fogem das hienas.
O que eles dizem, criticando o Todd é que este exalta o comunitarismo, ou seja, a possibilidade de os árabes manterem as suas tradições, em gueto, a par de outros guetos. E isso não é tolerável perante a ideia geral, republicana, sobre o laicismo, entendido como ideia civilizacional moderna.
A esquerda pelos vistos alinha agora no comunitarismo e a direito, paradoxalmente ou pelo menos estranhamente anda pelo visão contrária e republicana.
É um assunto interessante e que mereceria discussão mesmo por cá.
Para saber se uma minoria tem o direito de se impor a uma maioria e fazer as regras que depois todos terão que observar...
o Todd tenta entender a exaltação árabe e até os atentados ao Charlie, quase os desculpando ou pelo menos compreendendo-os.
Também eu tive a mesma tentação nesse dia. Mas não está certo.
A Marianne tem razão de fundo, neste caso.
Em Roma sê romano. E basta isso.
Fogem das hienas porque não sabem eliminá-las e criam-nas no seu seio.
Hummmm... vou ler isso.
E vêm e continuam a exaltar as hienas.
E vêm todos ao repasto que é mais fácil e sem fazer nada.
E então, qual é a solução?
A solução? Se não sabe...
Não sei. Mas se é ir para lá, então que tal- 1, 2, 3, muitas Israel tampão?
(e globais, porque a coisa não é só África)
Salazar e muito bem refere no escrito o exemplo do Brasil. Ora em África nem seria preciso 300 anos para criar algo como foi feito no Brasil, bastariam 30 anos para sedimentar o "mito" civilizacional português.
Como o Muja já referiu em comentários de outro post, hoje a África é um projecto FALHADO, a democracia imposta à bomba deu os resultados que deu.
Os da América latina se descobrem o caminho marítimo para a Europa, será um formigueiro de naus...
Vivendi:
E porque é que não se fez tal coisa nos anos cinquenta?
Ou seja, a emigração maciça e em navios branqueiros?
Porém, sabe que a política de emigração para as colónias durante muitos anos era de "carta de chamada". Sabe o que isso era não sabe?
E quem foi o responsável?
Não é Israeis tampões até porque V. não está a ver bem a coisa: Israel não um tampão, é o epicentro da agitação.
Mas de qualquer forma, não era isso que se procurava. Nem era isso creio, se estava a fazer. Lá o que era haveríamos de ver, mas era sempre melhor que o que está.
José,
O Brasil já era "independente" (por força maçónica) e os tugas empurrados pelo mito ainda foram para lá aos milhões em grande força até aos anos 60.
Já viu vídeos do que era Angola ou Moçambique nos anos 60?
http://viriatosdaeconomia.blogspot.pt/2015/02/a-angola-dos-porcos-fassistas-e.html
Mas olhe, entre maiorias e minorias, no fundo, a alternativa a não os querer governar lá, é tê-los cá a governarem-nos a nós.
Vivendi: o Brasil não é África e os pretos que lá foram para foram importados pelos portugueses e outros negreiros.
Angola e Moçambique nos 60 parecia uma terra de promissão. O problema é que não havia brancos suficientes. Foi apenas isso. Um pormenor...
Teria sido possível inundar Angola e Moçambique em vinte anos com vinte milhões de brancos? Ou mesmo dez?
Ou cinco?
Ou três?
Se tivesse sido possível teríamos sido os génios do mundo e teria sido esse o V império.
Quem manda no Brasil? São os índios?
Quem manda nos EUA? São os índios?
No fundo é mesmo um problema rácico. Mas acabo de dizer uma heresia...que não convém divulgar porque é incorrecta politicamente.
Pois é mas sempre foi assim.
Pois, emendou bem. Ahahahaha.
E porque não o resolveu nos anos 40 e 50?
Deixe estar que está bem. É um problema de rácio.
Le Monde Diplomatique (août 1998)
Cornelius Castoriadis1
CONTRE LE CONFORMISME GÉNÉRALISÉ
Stopper la montée de l’insignifiance
Ce qui caractérise le monde contemporain ce sont, bien sûr, les crises, les
contradictions, les oppositions, les fractures, mais ce qui me frappe surtout, c’est
l’insignifiance. Prenons la querelle entre la droite et la gauche. Elle a perdu son
sens. Les uns et les autres disent la même chose.
Claro que é rácico.
E foi essa a razão porque o Salazar procurou por mais tempo.
O imperador Pedro II no Brasil também percebeu que teria de equilibrar a coisa e mandou vir colónias europeias em força para o Brasil.
Criar uma civilização tem que se lhe diga.
O muja acha que agora é que isso vai suceder...na era da internet e telemóveis.
Os brancos vão para África acabar o que ficou por fazer.
É uma teoria que ninguém se atreve a enunciar publicamente e percebe-se porquê.
ehehehehehe
radius/ratio
":O))))))
hehehe (rácio ou rácico) dá no mesmo ;)
Só tem um pequeno óbice esse problema rácico: não tem ponta por onde se lhe pegue neste século.
Não há hipótese de se colocar o problema desse modo.
E no entanto seria o melhor para todos, principalmente para os pretos.
Seria uma nova experiência brasileira.
Mas...não há hipóteses nenhumas de tal poder suceder.
Nos anos 40 houve contenção pois a concentração estratégica estava dependente da II guerra mundial. Só nos anos 50 a campanha intensificou.
No Estado Novo, a 10 de Junho ,comemorava-se o o Dia de Camões, de Portugal e da Raça.
Eu posso contar uma experiência que uma tia minha me contou.
No início dos anos sessenta, aí por 63 casou com um português que estava na Rodésia/Zâmbia.
Foi para lá, indo daqui, de uma terra em que apenas sabia trabalhar no campo porque o meu avô era do campo ( e músico, além disso).
Chegou lá e começou a cultivar o pequeno terreno de quintal que tinha ( o marido, meu tio, trabalhava nas minas).
Diz que aquilo dava duas vezes por ano os produtos que aqui só uma vez por ano se poderiam colher.
E a terra era uma maravilha, mas só ela é que fazia aquela cultura intensiva e de subsistência.
Os pretos vizinhos viam aquilo e pediam-lhe coisas que não tinham. E podiam ter se fizessem o mesmo.
Mas não faziam e nunca fizeram. E nem aprenderam a fazer.
Para mim é esse o problema de África, entre muitos outros.
E não venham falar de clima porque se havia alguém desaclimatado era ela.
Pois, mas julgo que Salazar nunca percebeu o problema desse ponto de vista: o da colonização intensiva e maciça.
Como no Brasil.
Se calhar nem era possível.
Mas nos EUA foi possível e os índios ficaram em reservas.
E a terra era deles...
hehehe!
O Brasil é do tamanho da Europa, a Europa tem 600 milhões e o Brasil tem 200 milhões, o potencial de recursos naturais brasileiros é imenso, as safras podem dar até 3 vezes ao ano e os recursos minerais estão sempre à mão de semear, mas se há povo que gosta de uma rede é o Brasileiro. No entanto um bom empresário no Brasil é um empresário de milhões.
São malandros, como os pretos.
Isto é duro de dizer? Pois é mas é assim mesmo que dizem que é.
E esta linguagem, sendo incorrecta politicamente é a corrente, usual...
Apesar de tudo convém não esquecer que a regressão em Angola e Moçambique foi de tal maneira estrondosa com a saída dos portugueses, os povos tribais foram sujeitos a um holocausto e nem em 2050 irão ter um nível civilizacional como tiveram nos anos 60 até 74.
Por isso mesmo é que acho improvável que a África seja o futuro do Homem.
Internacional versão pcp
Messias, Deus, chefes supremos,
Nada esperemos de nenhum!
Sejamos nós quem conquistemos
A Terra-Mãe livre e comum!
Para não ter os protestos vãos,
Para sair deste antro estreito,
Façamos nós por nossas mãos,
Tudo o que a nós diz respeito!
O crime de rico, a lei o cobre
O Estado esmaga o oprimido
Não há direitos para o pobre
Ao rico tudo é permitido
À opressão não estamos mais sujeitos
Somos iguais todos os seres
Não mais deveres sem direitos
Não mais direitos sem deveres
ehehe
eu não acho que agora é que vai ser... Antes pelo contrário. Por isso é que digo que se devia sempre continuar na altura a tentar enquanto desse.
Isto não é apenas uma questão de irem para lá brancos. Brancos já lá há, a fazer o oposto do que se quer.
Deviam ir para lá brancos e pretos fazer o que outros faziam naquela altura, apesar de muitos não fazerem.
Eu acho que África é o futuro na medida em que, como está, é um problema que não vai deixar que o ignorem ou façam de conta. E portanto alguma coisa terá de se fazer, mais tarde ou mais cedo porque não há sociedade que resista.
Ou então não, e é isso mesmo que se quer... derreter tudo...
(...) Depois da morte de Henrique em 1112 Teresa governou o condado como rainha, por direito próprio, sendo reconhecida como tal pelo papa, pela sua irmã, Urraca de Leão e, posteriormente, por seu sobrinho Afonso de Leão e Castela. A partir de 1117 assina como "Ego regina Taresia de Portugal regis Ildefonssis filia".(...)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teresa_de_Leão
Pois eu acho que Muja tem muita razão no que escreveu sobre o futuro de África. Isto tendo em vista a avalancha de gente esfomeada a fugir da miséria e da guerra (que lhe é imposta do exterior, é bom que se note) que todos os dias chega à Europa. Não sabemos quantas gerações irão passar até que tal desiderato se concretize, mas lá que irá acontecer é mais do que certo.
Ou então - e novamente citando Muja com cuja análise sobre esta temática concordo uma vez mais - aquele Continente irá ser a breve/médio trecho pulverizado, não restando pedra sobre pedra, para posterior e finalmente ser colonizado pelos donos do mundo, que o vêm cobiçando impacientemente desde há uma eternidade. Empresa, esta, longe de inibir os megalomaníacos, pelo contrário incentiva-os, tendo aliás tido o seu início há largas décadas, para não dizer várias centúrias.
Grande parte do solo e sub-solo do território africano é riquíssimo em matérias primas de toda a espécie e género e quem "só pensa e possuir ainda mais poder e riqueza além do muitíssimo que já detém e sonha em açambarcar, acumulativamente, cada vez mais ouro, ouro, toneladas d'ouro" (aqui parafraseando o insuspeito historiador/investigador David Irving, referindo-se em particular às famílias judaicas que dominam as democracias e por extensão à maçonaria mundial na qual quase todas elas se integram) é claro que as cobiçam com ganância mal disfarçada, para num futuro próximo se poderem apoderar das sua riquezas, o que farão mais cedo cedo ou mais tarde caíndo nelas que nem abutres. Que disto não se duvide nem por um segundo.
Já agora deixo uma observação curiosa feita na altura pelo nosso Pai, relativa às guerras despoletadas nas Províncias Ultramarinas a mando dos dois internacionalismos no pós-golpe d'Abril e o seu impacto junto das populações.
Estavam aquelas no seu auge pela posse dos respectivos territórios tendo como únicos protagonistas os chamados 'movimentos independentistas' (na verdade a grande maioria deles terroristas e mercenários a soldo do governo sionista mundial por interposta maçonaria cá do sítio), mas comentado lá por casa imediatamente antes dos massacres e genocídio terem tido o seu início.
Disse na altura o Pai a este propósito, conhecedor profundo que era dos povos de São Tomé (e de Angola): "eles (os comunistas e socialistas) não vão conseguir que os são-tomenses se comecem a guerrear e menos ainda a matarem-se uns aos outros, aquela é gente pacífica e genuìnamente ligada a Portugal e a guerra não lhes diz nada nem a querem, mais que não seja porque desejam viver em paz como sempre viveram e fome também nunca terão, basta-lhes esticar o braço para obterem alimento".
Esta verdade perdurou durante séculos até os abutres terem resolvido assentar arraiais naqueles territórios semeando a fome, a miséria, as doenças e a morte.
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