Em 31 de Maio de 1975 a edição do Expresso mostrava de algum modo o que era o jornalismo de então, em Portugal. Pouco tempo antes, Sartre estivera por cá, acompanhado de outros intelectuais da esquerda francesa e dissera que a imprensa não explicava o que se passava.
Lendo bem, tinha razão.
A edição do Expresso desse dia de há 40 anos começa por apresentar dois factos gravíssimos para a nossa situação político-económica. Estava clara a próxima bancarrota tal como se afigurava evidente o modo como se iria tentar resolver: com recurso a empréstimos externos e grande austeridade. Nada de extraordinário e coisa repetida mais duas vezes, depois dessa. A austeridade até previa a adopção de "medidas de racionamento", coisa que só em tempo de guerra se experimenta. E a par de tal perspectiva anunciava-se a nacionalização do sector dos transportes. Teve uma vantagem: acabaram com as greves, enquanto o PCP não foi arredado do prec. E um inconveniente: foram um sorvedouro de dinheiro público que contribuiu para a bancarrota a seguir.
Há 40 anos que andamos nisto e a imprensa dita de "referência" é esta que se pode ler, clicando nas imagens e ampliando:
Entretanto despontava o "caso República" e o assunto era apresentado do modo que se pode ler: confuso, sem se dar o nome aos boys e contribuindo para que a esquerda continuasse a dominar o panorama mediático. Até hoje.
2 comentários:
'EU fui ao jardim celestre
giroflé, giroflá'
a garotada continua a fazer
'fora do penico'
os contribuintes que paguem
o mau estado 'queinesianus'
podemos esperar tudo de mau dum povo de merda que apoiou 3 bancarrotas
tem a comunicação socialista que deseja
eu não compro há 40 anos
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