Em Abril de 2011, Louçã apresentou um livro que intitulou "Portugal agrilhoado" e que foi comentado aqui:
“Há
duas razões essenciais para a complexidade constitucional da economia: a
economia descreve processos de relações sociais, em parte
indeterminadas e dependentes das escolhas dos agentes; em segundo lugar a
economia descreve processos históricos com memória e dependência
sensível das condições iniciais. Considerar a economia num contexto
completamente determinista é uma forma ingénua de recusar estas
características sociais e históricas.”
Para
além de refutar toda a teoria económica sem lhe chamar nomes –
“burguesa” seria o termo adequado aqui há uns anos, mas que evita por
razões óbvias de aggiornamento retórico- Louçã envereda pela solução
final para o nosso problema: “ a emergência de uma política socialista.”
Ora bem. E começa logo com citação de Hegel. Que escrevia que a “desigualdade
social cria a plebe, destituída de tudo, do mínimo de subsistência, de
dignidade e até do sentimento do direito, e acima dela uma classe de
riqueza desproporcionada.”
Cá estamos, na página 159, no ponto nevrálgico do problema de Louçã, o comunista. No pressuposto de que “o Direito é assim excluído da maioria da população”, Louçã propõe-se refazer a “batalha” pela recuperação do Direito para os povos, através de soluções “que
contrariem a destruição neoliberal pela economia cruel, procurando
recuperar o salário e o rendimento, utilizar os bens comuns e promover a
democracia económica.”
O comunismo do BE e dos demais partidos marxistas encontra a sua verdadeira nemesis num fenómeno social dos tempos modernos: a evolução tecnológica que o capitalismo potenciou e sustentou ao longo de todo o séc.XX e que nos permitiu o estilo de vida que temos actualmente.
Quando se ouvem ou lêem estes personagens saídos dos livros marxistas do fim do séc.XIX fica-se com a sensação que o tempo parou para os mesmos e que vivem numa redoma de ideias feitas em que avultam grandes conceitos de igualdade, de fraternidade artificial e de inveja aos que detêm propriedades e bens. O comunismo vive nesse caldo de cultura que se alimenta de pedras da luta de classes e de combate aos ricos da burguesia e basta ler o que Louçã então escreveu e agora a aluada Catarina Martins proclama em comícios para se perceber o que querem e como querem.
Essa gente deveria ser confrontada com os frutos actuais do capitalismo e que se encontram bem retratados nestes recortes de revistas americanas recentes:
Primeiro, o número de 13 de Junho da Bloomberg BusinessWeek. Revista mais americana não há. Revista mais capitalista, como é o capitalismo actual, não existe, a par da Fortune ou da Forbes.
Nesse número especial dá-se relevo à inovação tecnológica mais recente e que é um fruto de descobertas e invenções passadas, algumas delas de cientistas de outras latitudes, mas cujas descobertas desenbocaram nas últimas décadas do séc. XX no sul dos EUA, na California e lá se desenvolveram em modo completamente capitalistas e liberal, a antítese do que pregam aqueles aluados do BE.
O "Global Tech" é uma chapada de lógica que o BE nunca entenderá e por isso chafurdam nas velhas ideias anacrónicas do marxismo puro e duro para explicar o mundo e as coisas.
Basta ler este pequeno texto que explica o modo de produção de um novo chip para equipar servidores como o da Internet, para se perceber que o mundo do BE não existe e é uma miragem utópica que só conduziria à miséria mais profunda, sem ter sequer a redenção da caridade cristã, uma vez que o marxismo prescinde dessa vertente de fé.
Quem diz computadores poderia dizer carros, transportes...e aqui fica a história do seu desenvolvimento, aparecida na mesma revista. O marxismo é totalmente estranho a estas descobertas e inovações. Com o marxismo ainda andávamos de carroça puxada a jericos, como os louçãs. E qualquer um pode criar um jerico...se o puder alimentar.
A revista Wired, também americana, na edição deste mês tem estes dois anúncios típicos de um capitalismo globalizado que não temos porque os próceres do BE e marxistas de todas as cores, em 1974-75 escorraçaram quem poderia em Portugal fazer coisa parecida. Esses, como os Champallimauds ou os Mellos ou outros do mesmo tipo são os inimigos declarados dos marxistas do BE e doutros. Não querem essas pessoas por cá e em vez disso querem o Estado a produzir do modo que produziu durante dez anos de 1974 a 1985, criando falências atrás de falências e descapitalizando o país de quem poderia produzir mais para aumentar o bolo a repartir por todos.
O BE e os marxistas em geral detestam tal ideia e abominam quem a pode pôr em prática. E têm muitos adeptos porque a inveja é uma das principais características do povo, como se escreveu nos Lusíadas, no fim do poema épico.
Enquanto que a maioria do povo português não tiver essa noção e do mal que nos tem provocado estaremos condenados a ver surgir governos de geringonça marxista.
A Schick é uma concorrente global da Gilette, símbolos do capitalismo actual porque mostram o que se fez e como se fez para conquistar o mercado global. O marxismo é totalmente avesso a este tipo de progresso tecnológico. Com o sistema louçã ainda hoje andaríamos hirsutos por falta de lâminas suficientes e baratas
Os carros da japonesa Toyota são dos mais conhecidos à escala global sendo dos mais fiáveis e exemplo acabado do que o capitalismo conseguiu neste domínio. Com o marxismo ainda teríamos Trabants copiados de modelos ocidentais ou nem sequer lá chegaríamos?
A revista americana Newsweek também publicou este mês um número especial sobre as inovações tecnológicas fazendo um historial de quem foram os seus pioneiros mais notórios: