Porém, havia já uns contratempos, vindos do ano anterior e que tinham sido retomados pelos "pistoleiros do costume" que faziam "campanhas negras" como dizia uma tal Lourenço, na SIC-Notícias, algum tempo depois.
Estes contratempos deram em nada mas serviram para distrair a populaça durante a Festa. Em Janeiro de 2009 a Visão dava uma mostra geral do problema que por cá não se resolveu a favor da verdade. A PGR exercia "todos os seus poderes" e um deles foi instaurar um processo disciplinar a quem ousou desafiar o poder oculto que ainda nem tinha mostrado a verdadeira Face...porque só em finais desse ano, após a "vitória extraordinária" se soube que havia umas escutas em que se falava abertamente em tomar conta de órgãos de informação, num verdadeiro " atentado ao Estado de Direito" que foi devidamente abafado.
Como é que foi possível abafar tal escândalo? Simples e eficaz, como aqui se explica, logo em 2006 que estas coisas preparam-se com tempo e saber: em 11.9.2006 o Correio da Manhã anunciava um dos elementos do "pacto para a justiça", selado entre estes dois indivíduos notórios e que ainda o continuam a ser e que era o de atribuir ao presidente do STJ a incumbência de autorizar ou validar as escutas telefónicas a indivíduos como o que figura à esquerda.
O penalista Rui Pereira sabe muito bem como isto foi e era notícia nesse tempo porque quem mandava nisso também era notícia:
Rui Pereira ajudou assim à festa prestando a sua caução de respeitabilidade jurídico-penal que permitiu o aparecimento de malabaristas e trapezistas de grande gabarito e provas dadas, algumas na clandestinidade oculta das faces de sempre, como se mostra na Visão de 31.5.2007:
Olhando bem estas personagens festivas é capaz de se perceber melhor o que sucedeu nestes dez anos...e porque é que o sistema bancários está como está, num lodaçal que aqueles personagens do circo mediático não querem que se saiba publicamente, recusando um inquérito parlamentar à CGD. A Visão é a mesma...
Alguns desses saltimbancos desapareceram da cena pública, SIC de todo, como se percebe deste relato de movimentações mediáticas:
De repente, estes teixeirinhas e estas lourenços deixaram de convidar certas pessoas para as suas magníficas charlas televisivas entrecortadas de fuck yous simbólicos contra os salários milionários de um desgraçadinho Jardim que não viu que a festa já tinha chegado à Madeira...
Esta gentinha sabia o que se passava na Festa? Então não sabia?!
Em 2007, depois de um blogger quase anónimo, António Caldeira de seu nome, andar a pregar no deserto mediático durante quase dois anos, descobriram que o festeiro-mor era um aldrabão. Ainda não sabiam, coitados...
Logo a seguir descobriram que havia outras aldrabices mais graves e que tinham começado anos e anos antes, o que deveria ter sido um sinal de alarme de grande perigo democrático. O partido da Festa não quis saber e os demais fizeram de conta que não sabiam. Um grande governante, diziam. Dos melhores, asseguraram...
O outro que andava sempre a gritar "é lobo! É lobo!" foi despachado para uma sinecura a ganhar a reforma dourada e calou-se estrategicamente. Ninguém mais quis saber seriamente de acudir verdadeiramente à democracia e a legislação adequada ficou no tinteiro das impressoras.
O festeiro-mor continuava em grande...no início de 2007 e durante 2008. E sabe-se agora porquê: os idiotas úteis de sempre guardavam-lhe as costas como ninguém. Viram depois como Roma pagou a quem se sabe...
O que é que então se passava nos bastidores, com os mordomos do costume? O que sucede nos romances policiais: mistério e tragédia: PT, CGD, bancos, órgãos de informação, EDP e tutti quanti que ainda se haverá de saber porque não fica por aqui, tragicamente para este nosso pobre país que pelos vistos merece quem tem a mandar, mesmo agora.
A leitura desta entrevista de um desses mordomos dá conta, nas entrelinhas, de quase tudo o que se passou nessa face oculta da nossa democracia:
Este antigo empregado de balcão da Caixa em Trás-os-Montes trouxe a sabedoria do sítio e tirou um curso superior à pressão, foi administrador ainda mais pressionado e tirou a limpo vários empréstimos para pessoas de "confiança". Agora, anda como uma fiança penal à ilharga e uma espada de dâmocles que lhe vai cair na cabeça, com cinco anos de reclusão previsível, para matutar no que fez depois do buzinão na ponte, quando ainda andava de carro a cair aos bocados.
E no entanto apesar disto tudo e que todos esses personagens sabiam de ginjeira, conheciam e estavam fartinhos de ouvir contar, o que era então o grande problema nacional, o grande "caso de polícia"?
Este drama de um homen-só:
E no entanto houve quem avisasse que "isto não ia ficar por aqui"...
E não ficou mesmo...
Este que aí segue é inclassificável. Não se descortina bem que papel desempenhou na farra...seria de bufão?
Lá que bufou, bufou...mas pouco.
E suou que se fartou. Mas continua com os bolsos cheios e impune, totalmente.
A grande farra não acabou aqui...e por isso continua a narrativa.