sábado, agosto 13, 2016

Incêndiólogos

Hoje no Expresso uma socióloga, professora, aparentemente especialista em incêndios e suas causas próximas e remotas, mais a coorte de fenómenos ambientais, elenca cinco das ditas e apresenta as soluções para a desdita: o problema é social, naturalmente. Não há nada que não seja social e político, como é sabido. Não há políticas ( há um ror delas...); há o perfil florestal do país ( antes de 25 de Abril e depois não mudou, substancialmente e os incêndios dispararam como por encanto democrático); há desorganização ( enfim...); há "ausência de cadastro" em dois terços do país ( será mesmo assim? E se for será causa próxima ou remota ou apenas circunstância?); há falta de prevenção imediata ( pois isso é, mas...como é que se faz a "monitorização e vigilância, dia e noite nas matas"? Com voluntários à força ou carolas de circunstância? Com um corpo profissional de milhares e milhares de vigilantes? Com drones? Enfim...


Hoje no Correio da Manhã o presidente da Liga dos Bombeiros apresenta a sua causa principal para os incêndios: terrorismo organizado.
Aquela socióloga encartada em ambiente fica a ver navios...


Jaime Marta Soares é um autarca do Centro do país que deixou os "estudos a meio" para autarcar durante décadas. Diz que sabe tanto de incêndios ( é bombeiro há mais de 40 anos...)como a sua serra de Vila Nova de Poiares nunca poderá desmentir.

Estas são as elites que têm ideias sobre os fogos florestais em Portugal na época de Verão. Já as tinham há muitos anos e vão continuar a tê-las enquanto a floresta arde. As ideias peregrinas, agora actualizadas para o efeito terrorista, tal como no PREC, é que nunca ardem, mas ajudam aos incêndios, lá isso ajudam...

15 comentários:

zazie disse...

Esta é uma palerma encartada já antiga na palermice.

Andei por Itália e fiquei parva como eles têm os campos todos cultivados. Sem a menor comparação connosco.

E muito menos incêndios que por cá- possivelmente pela mesma razão.

Contaram-me que em Espanha têm lista de pirómanos e colocam-lhes pulseira electrónica.
Por cá nem se pode falar nos tarados porque são todos vítimas sociais e os jornalistas fazem o resto para incentivar a tara.

josé disse...

Estou convencido que o nosso pior mal é esta "ideologia pervasiva" que infesta os media.

Esta gente que devia estar a tratar dos seus assuntos pessoais dá-se ares de elite e depois de algum tempo convencem-se que o são...

zazie disse...

Há-de ser.

foca disse...

Essa tipa é uma idiota do pior, com um doutoramento ambientalóide.

Anda há anos a debitar asneirada a rodos, sempre com a pose de casta superior, sobre tudo e mais alguma coisa

lidiasantos almeida sousa disse...

JÁ PARA MIM O SENHOR DOS BOMBEIROS É UM DINOSSAURO E PODERIA ENTREGAR O CARGO A UM HOMEM MAIS NOVO E FORMADO EM PAÍSES COM GRANDE FOGOS COMO NESTE MOMENTO O CANADA QUE ESTÁ A ARDER HÁ 3 MESES. APRENDERIA, VERIA AI FERRAMENTAS ACTUAIS, O SENHOR QUE JÁ POR AI ANDA TODOS OS ANOS A DIZER O MESMO PODERIA IR ENSINAR AOS NETOS PARA SEREM OS BOMBEIROS DE AMANHÃ, OUTRO DINOSSAURO ESTA NA DIRECÇÃO CIVIL E NA DIRECÇÃO GERAL DE SAÚDE, ESTÁ O PRIMO DO FALECIDO MARQUES DE FRONTEIRA E PODIA IR PARA O PALÁCIO PLANTAR URTIGAS QUE FAZEM MUITO BEM À PELE, NÃO HÁ PACHORRA PARA ESTES INSTALADOS QUE NÃO LARGAM O OSSO NEM À LEI DA BALA. Bom fim de semana oara todos e ainda por cima com um feriado.

muja disse...

Mas alguém sabe, ao certo, o que se passa?

No artigo da tal refere a herança difícil do Estado Novo. Daqui a cem anos ainda há-de ser tudo culpa do Estado Novo.

Se não me engano, no Estado Novo havia Guarda Florestal.

Também havia Casas de Cantoneiros em locais relativamente remotos, por onde passassem as estradas. Hoje estão ao abandono ou transformadas em "guest houses".

Sempre havia quem por ali andasse a cuidar.

Mas a parola quer vigilância dia e noite... O outro quer que paguem aos desempregados para que formem empresas de roçar mato... Ninguém explicou a esta gente o que é uma empresa...

Mas aposto que são antifachistas desde pequeninos.




Maria disse...

Muja, no Estado Novo não havia incêncios florestais desta ou doutra qualquer natureza. O regime era rigoroso em tudo e teria punido severamente caso este género de incêndios provocados por incendiários pagos à hora - se acaso existissem eles nem sequer se atreveriam - que lavram no País há quarenta anos (quarenta anos!), isto é, desde que os democratas tomaram conta do mesmo e desataram a destruí-lo de todas as maneiras ao seu alcance, incluíndo esta. Se algum pequeno fogo despoletasse algures era logo de imediato atacado e extinto. Não me recordo de alguma vez ter ouvido falar ou ter visto incêndios pequenos ou grandes e já era adulta o suficiente para me lembrar caso eles tivessem acontecido.

Como diz Muja e bem, claro que no anterior regime havia Guardas Florestais e Cantoneiros para zelar pelas matas e Florestas por todo o País. Todo o Território Nacional era então zelado e protegido com extremo rigor, tanto neste específico campo como em todos os outros. O Presidente Nacional da Liga Nacional dos Bombeiros fala em "onda terrorista organizada que provoca ignições para a progressão rápida dos fogos". Ele pode dizer muitos disparates mas neste caso tem carradas de razão. Alguém mìnimamente lúcido pode contestar semelhante evidência? Trata-se não de uma "onda" mas sim de uma REDE terrorista organizada com o beneplácito do Estado. Perante a repetição anual dos incêndios, que já duram há quarenta anos sempre na mesma altura e sempre com a mesma intensidade, alguém ainda duvida?

Há cerca de trinta anos um familiar meu que vivia há décadas em França, certa vez, de férias em Portugal, ao observar os incêndios que lavravam já por essa altura e ano após ano desordenadamente em Portugal, consumindo centenas de hectares de floresta, dizia, nada admirada com a esta verdadeira tragédia que se havia iniciado poucos anos após o 25/4... tinha que ser... "ai só agora é que vocês têm disto?, em França temo-los há décadas e todos os anos voltamos ao mesmo..."

Mas atenção, esta rede criminosa não actua apenas em Portugal, ela tem ramificações planetárias, estendendo-se a todos os países do mundo. Em quase todos eles, assim que a estação quente se aproxima, lá começam os incêndios a deflagrar por tudo quanto é sítio e quase todos atingindo dimensões bíblicas. Por isso mesmo é que se trata de uma rede mundial do crime organizado e não de bandos de pirómanos localizados.

É interessante verificar que quando os incendiários são apanhados, raros são os casos em que eles não sejam apontados como deficientes mentais, alcoólicos ou adolescentes a brincarem aos fogos..., pois concerteza. Ah, mas agora apareceu mais uma nova moda/desculpa para os coitadinhos, agora estamos perante incendiários-deprimidos ou lá o que lhes chamaram ontem a uma que foi apanhada...

aguerreiro disse...

Concordo em tudo com a MARIA e devo acrescentar que o problema dos incendiários, mesmo que fossem bêbados drogados ou retardados mentais, desde que tivessem direito de voto, teriam que ser julgados por juízes que "percebessem da poda". Em vez de condenar a prisão ou a serviços comunitários ou outras iluminuras judiciais, determinava que qualquer incendiário comprovado ser condenado á seguinte pena, de preferência perpétua, deveria durante a época de fogos (0 que está devidamente legislado) baixar de "mala e cuia" num quartel de bombeiros, sempre a mais de 50 Km da sua residência, para fazer serviço de "voluntário á força" num qualquer quartel, sem direito a saídas ou a pernoitas fora dele, mas com direito de visita de amigos e familiares que deviam pagar "multa" em géneros para que não ficasse a pão e água, pois bombeiros não dão de comer a pirómanos. Quando no quartel a sirene tocasse a fogo, o nosso homem seria acorrentado nos pés "Peado" para não poder fugir e uma vez lá chegado posto de agulheta na linha de frente, se houvesse alguma reticência o comandante da força aplicar-lhe-ia uns cascudos ou se quiserem "um reforço positivo na terapêutica", para estimular o brio. Assim o nosso pirómano teria um contacto previlegiado com o lume assim de poder "snifar" a fumaça, o que também lhe aumentava a sede, o que era um tratamento bom para drogados e bêbados, terapêutica de ponta de (agulheta) diria eu, e assim practicaria com fervor e assiduidade naquilo em que gostava de mexer -o lume. Quando por decreto a época dos fogos fosse encerrada o dito regressaria a penates, mas sempre á disposição dos bombeiros para alguma acção de formação inopinada e fora de época. No ano seguinte e em todos os que se seguissem continuaria com lugar cativo nas frentes de incêndio, até que Nosso senhor fosse servido de o levar desta para melhor vida!

josé disse...

Essa pena peculiar apesar de ser eventualmente a mais adequada não é legal nem constitucional.

Logo, nenhum juiz a poderia aplicar sob pena de sofrer as consequências que seriam a demissão da carreira depois de um processo disciplinar sem espinhas.

E sujeitos a outro processo que os meteria na prisão eventualmente por mais tempo que o que deveria sofrer o pirómano...

aguerreiro disse...

E pegar fogo ao monte é constitucional? Será melhor fazer uma adenda á constituição? Não se fizeram já algumas? Esta era mais uma e até lhe podem pegar fogo á dita, que pelos visto quem o fizer não tem penalização, pois dirá que era bêbado drogado ou retardado. Queime-se a constituição que outra virá. Garantido! Afinal mais de metade (os tais 50% dos deputados que a votaram, em 1975 já foram enterrados ou incinerados) Está na hora de fazer outra com deputados de refresco.

josé disse...

Na Alemanha, Itália, França, Espanha etc não há fogos como por cá. E deve haver mais tolos do que por cá.

Então a solução para o problema dos fogos deve estar noutro lado que não a simples perseguição criminal aos pirómanos.

Sempre houve pirómanos e está para se ver se o número não seria maior antes de 25 de Abril.

Porém, antes não havia fogos destes.

Porque será que hoje há?

josé disse...

Seria interessante perceber porque é que agora há maior facilidade em atear incêndios e ainda maior facilidade em que os incêndios se propaguem com uma velocidade maior que a do vento e consumam hectares e hectares me mato, árvores ( pinheiros, eucaliptos, austrálias e árvores selvagens).

Deve haver razões concretas que carecem de ser descobertas e não é uma idiota como uma tal Schmidt que escreve no Expresso que o explicará.

josé disse...

O tal Marta Soares como também não sabe acha que é tudo obra de terroristas organizados para tal...

José** disse...

Esta situação é revoltante.

lusitânea disse...

O Jaime , o três em um (político, bombeiro e futeboleiro) merece caso ainda não tenha uma subvenção política permanente e amovível!

O Público activista e relapso