sábado, maio 12, 2018

A corrupção teórica combate-se com tretas. A real é outra coisa.

No Correio da Manhã, Rui Pereira assina hoje este pequeno apontamento que diz tudo sobre um programa a sério, sobre um sistema de Justiça bem melhor que aquele que existe.
Evidentemente vai tudo ficar como está, mas estas sugestões são das melhores que tenho visto ultimamente e poderiam servir de programa a qualquer partido que se dignasse olhar a sério para o assunto da "reforma da  justiça".


Por outro lado, no Expresso, Maria José Morgado ( não, nada tenho de pessoal contra a senhora, apesar do que possam pensar alguns; apenas me irrita este discurso recorrente, vazio de sentido prático e deletério, no fim de contas):


Maria José Morgado, ao tempo do caso do "bijan", indício muito forte de corrupção, envolvendo o então primeiro-ministro Sócrates, o que fazia?  MJM dirigiu o DIAP, desde Abril de 2007 e foi reconduzida ao fim de três anos. Teve tempo mais que suficiente para investigar esse e outros casos singulares que apontavam para a "vergonha" que agora sentem aqueles de quem MJM se sente mais próxima politicamente. E nada fez, que se conheça, sobre esse e outros casos similares, envolvendo esse indivíduo, apesar de ter escrito muito sobre o fenómeno da corrupção.
Outro caso:  o processo de violação de segredo de justiça, a propósito do caso Face Oculta,  ocorrido em 24 de Junho de 2009, em que um dos principais suspeitos era Pinto Monteiro foi arquivado no DIAP, nessa altura.  Até hoje não se conhecem publicamente os fundamentos de tal arquivamento, seguramente de uma das maiores violações de segredo de justiça de que há memória.

É por isso que não acredito no discurso de Maria José Morgado: para além do mais, alguém que se envolveu profundamente na luta política, no caso de extrema-esquerda e em prol do kamarada Mao, não tem discernimento suficiente para se tornar isento politicamente em casos de fronteira. Não teve, não tem e nunca terá. E por isso nunca deveria ter chefiado sectores importantes da orgânica judiciária.

No mesmo Expresso de hoje aparece a história de um cineasta chinês que realizou um filme para envergonhar antigos maoistas e colocá-los ao mesmo nível que os adeptos do nazismo. O paralelo não é demagógico. O maoismo foi um sistema de eliminação de seres humanos em massa. Apenas porque eram "burgueses", de "direita".

Capito?


Questuber! Mais um escândalo!