segunda-feira, maio 14, 2018

Um escândalo no CEJ

Este PS julga-se acima de tudo e de todos. É isso que resulta disto:

O professor da Faculdade de Direito de Lisboa suspeito de ter sido o verdadeiro autor da tese de mestrado do ex-primeiro-ministro José Sócrates vai fazer parte do júri das provas orais dos candidatos a magistrados do Centro de Estudos Judiciários, noticia a edição online da revista Sábado.
Domingos Farinho está a ser investigado por peculato no âmbito de uma certidão extraída da Operação Marquês, uma vez que a colaboração remunerada que prestou ao antigo governante pode colidir com a exclusividade que esperava vir a ter na universidade – o que fez com que tivesse sido em nome da sua mulher que ficou o contrato de prestação de serviços com José Sócrates.
Quando foi interrogado, o professor universitário garantiu ter apenas efectuado “o trabalho normal de uma revisão formal de uma tese e uma espécie de orientação”,  pois era a primeira vez que o antigo governante “fazia um trabalho académico”. Sócrates, referiu, “escrevia em bruto” e Farinho “dizia como fazer”. Porém, refere a Sábado, segundo o relatório final da Autoridade Tributária que consta dos autos da Operação Marquês, “pela análise da caixa do correio electrónico do arguido José Sócrates, identificou-se algumas conversas onde se indicia que Domingos Farinho não fazia apenas trabalho de revisão, mas também de investigação e de redacção de texto, que posteriormente era revisto e analisado” pelo estudante de Paris.
 
A tese sobre tortura e democracia acabaria por dar origem ao livro A Confiança no Mundo, apresentado numa cerimónia no Museu da Electricidade, em Lisboa, em Outubro de 2013, que contou com a presença de Lula da Silva, ex-presidente do Brasil entretanto preso no âmbito da Operação Lava-Jato. 
Foi o próprio director do Centro de Estudos Judiciários, João Silva Miguel, quem, através do Aviso 5091/2018, fixou a composição do júri para as provas da fase oral e da avaliação curricular do 34.º Curso de Formação de Magistrados, escreve a Sábado.

Que exemplo moral e ético pretende o CEJ dar aos futuros magistrados? Este que acima se expõe?

É preciso dizer que à frente do CEJ está o magistrado  João Silva Miguel e como vice-director, o magistrado Luís Silva Pereira, irmão de Pedro Silva Pereira cujo filho passou temporada em Paris, sob a protecção especial de José Sócrates.
Pedro Silva Pereira é um dos indignados da 25ª hora deste PS por causa do comportamento ético de José Sócrates, a dizer o menos.

O CEJ com esta escolha está a dar o mote ao ambiente geral: um suspeito de corrupção, na forma de peculato e falsificação, metido a membro de júri de avaliação de candidatos a magistrados.

Nem de encomenda!

PS. Não será tempo de a sociedade civil se interrogar sobre a força da Maçonaria no CEJ?

Questuber! Mais um escândalo!