Este desenhador belga nascido em Nantes foi o criador da personagem de banda desenhada Michel Vaillant, corredor de carros e que nos anos sessenta e setenta publicou várias dezenas de álbuns, com histórias originalmente publicadas no Tintin, belga e nas Éditions du Lombard e a partir de 1968 no Tintin português.
Em Fevereiro de 1972 comprei pela primeira vez o Tintin português e já lá trazia uma história em continuação do mítico piloto de corridas de carros. Apanhei a história a meio...
Como o Tintin não era só isto mas muito mais que todas as semanas me encantava nas fantasias e aventuras comecei também a comprar a edição original, logo em Agosto de 1972 e no primeiro número trazia logo este "poster" que chegou a estar colado na porta do quarto. Ainda tem as marcas da cola...
As historietas não eram por aí além, com excepção de uma que saiu em 26 de Setembro desse ano longínquo de 1972 em que também saiu o disco Harvest de Neil Young e Manassas de Stephen Stills, para além de outros.
Desde logo, a imagem do corredor de automóveis em ambiente lunar e a conduzir um protótipo afigurava-se promissora.
Nas primeiras quatro páginas do número 38, do 27º ano de publicação do Tintin belga e com data de 19.9.1972 a história era um pouco surreal porque só aparecia o tal módulo e a paisagem lunar e suspense próprio da último quadradinho na última página dizia em letras escurecidas sob um céu de breu: "Michel Vaillant ne répond plus!"
Durante uma semana de espera a intriga aumentava, o que aliás sucedia com as restantes historietas da revista que nessa altura trazia outras séries em continuação ( Go West de Derib e Greg; Tommy Banco de E. Paape & Roze; Arabelle, de Jean Ache; Comanche, de Herman e Greg que para mim era a jóia dessa coroa de imagens desenhadas e gloriosas; Tounga de Aidans e Bob Moon & Titania de M. Wasterlain).
Na semana seguinte o mistério adensava: afinal Michel Vaillant aparecia nas últimas imagens das outras quatro páginas mais, deitado num catre e "dans une petite pièce sombre et fraiche".
Só no número a seguir, de 3 de Outubro é que se descobre que fora...raptado! Na última imagem de mais quatro páginas há uma porta cuja chave roda na fechadura...e o que vem a seguir só uma semana depois se saberá.
E é alguém que lhe leva comida...e afinal acaba por o ajudar. As imagens foram tão interessantes na altura, para mim que até copiei uma delas...ficando ao mesmo a tempo a saber que em França havia uma região chamada Camargue.
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