Aqui há dias a Marianne ( 8 de Janeiro) chamava a atenção para o falhanço da França na administração das vacinas contra os bichos e realçava que tal era uma vergonha na terra de Pasteur.
Impressionante, o libelo...que só me fez sonhar como seria uma revista destas em Portugal. O que escreveria sobre o governo que temos e os governantes da estirpe de uma Temido ou de um Brandão Rodrigues...
Jacques Julliard termina o escrito com uma obervação que o Observador de cá não seria capaz de fazer:
"o que é fundamental para este país esquecido da glória do seu passado será, por todos os meios, recomeçar pela educação, quer dizer pela reforma intelectual e moral da França".
Portugal precisa exactamente da mesma coisa mas duvido que mesmo o André Ventura tenha consciência plena disso. Quanto ao presidente eleito, enfim, nem me atrevo a pensar no que pensará do assunto.
A França descobriu aliás na mesma altura que tem uma elite corrupta e que se coopta entre si para dirigir o país. Na semana seguinte a mesma Marianne referia a um caso singular que envolveu em escândalo o ex-presidente Olivier Duhamel, da famigerada escola Sciences Po, uma espécie de ISCTE local.
O assunto tinha ver com (mais) um escândalo sexual, neste caso de incesto, denunciado por um familiar, aproveitando o articulista para denunciar a rede promíscua e endogâmica entre os dirigentes franceses de tais instituições, as principais empresas do país e determinadas elites políticas.
Nada que por cá não suceda, no completo segredo e omissão informativa dos media do sistema político-mediático que temos.
Para explicar melhor o caso a revista L´Express de 14 de Janeiro dava duas páginas concisas ao assunto:
Por algum motivo a França perdeu o combóio...e nós nunca chegamos a qualquer apeadeiro, quanto mais estação!
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