sábado, abril 08, 2023

Os lugares da Paixão e a sua defesa

 No ano 732 o franco Carlos Martelo, avô de Carlos Magno deteve os mouros numa batalha travada em Tours ou Poitiers, em França, um grande acontecimento para o Ocidente cristão. 

No ano 800, Carlos Magno foi coroado Imperador, na basílica do Vaticano, pelo papa Leão III e de algum modo tornou-se um dos maiores defensores da cristandade contra a mouraria, gizando uma identidade europeia que perdura. 

Na segunda metade do séc XII um monge anónimo de S. Gall escreveu um relato da vida do imperador e contou acerca de uma suposta peregrinação de Carlos Magno à Terra Santa, mormente a Jerusalém, onde terá visitado os lugares sagrados do cristianismo e recolhido relíquias, eventualmente o Sudário, do que aliás não existe prova.  

 Carlos Magno tornou-se assim um precursor das cruzadas que começaram no final do séc. XI, com a reconquista de Jerusalém aos mouros que a tinham ocupado alguns anos antes.  

Em Dezembro de 1995 a revista Géo dava conta do percurso das cruzadas, iniciadas pelos francos em nome de Jesus Cristo e da religião cristã, contra os infiéis sarracenos.







O relato de um dos participantes na primeira cruzada, realizada entre 1095 e 1099, é impressionante pela dureza e crueldade evidenciadas. 



Uma das etapas mais importantes foi a conquista de Nicea, aos turcos. 


O objectivo era chegar a Jerusalém e conquistá-la aos mouros, tal como sucedeu:

Uma vez na cidade santa, preservar os lugares sagrados da  cristandade, como o Santo Sepulcro:


Porém, ao longo das oito expedições punitivas, encetadas pelos cristãos, durante quase duzentos anos ( até 1270) alguns tesouros foram recolhidos e trazidos para o Ocidente, onde se encontram em museus como o Louvre e em  Veneza, onde havia uma república ciosa do seu comércio e com meios militares para o defender, tendo organizado a quarta cruzada.   


Sobre o Sudário, como a principal relíquia da cristantade, no próximo postal far-se-á o historial.

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