CM de hoje:
E a reacção do primeiro-manhoso que está como primeiro-ministro há muito tempo e agora com maioria absoluta, o que lhe permite gozar com as pessoas que votam e em sondagens ainda continuam a alimentar-lhe a esperança de continuar a governar...
A indecência e o despudor deste comentário manhoso merece comentário.
Vejamos do que se trata:
Um indivíduo que é doutorado em Direito e dito especialista em "questões de Defesa", foi nomeado para um cargo de responsabilidade pública, pelo actual ministro da Defesa, perdão, dos Negócios Estrangeiros, Gomes Cravinho, filho de João Cravinho, um socialista que tentou combater a corrupção na antiga JAE e desistiu por um cargo num banco da União Europeia, principescamente remunerado, no tempo de José Sócrates que assim o comprou e calou.
Diz assim a notícia sobre o seu currículo que tem outras referências a cargos públicos deste professor de Direito, portanto um indivíduo que não tirou um curso numa Independente ou se apresenta como um artolas do género Sócrates, José:
Marco Capitão Ferreira foi nomeado por João Gomes Cravinho para a presidência do Conselho de Administração da IdD Portugal Defence depois de em 2019 ter estado à frente da Comissão Liquidatária da Empordef, SGPS e da ETI, S.A.
Segundo o jornal, o que fez este tipo, propalado perito em matéria de Defesa, no exercício do cargo público para que foi nomeado?
No caso concreto, em Março de 2019, celebrou um contrato de prestação de serviço de "assessoria" com uma entidade pública e que tinha duração certa, durante 60 dias, auferindo por tal serviço cerca de 50 mil euros redondos, mais o IVA.
Não precisou dos 60 dias para cumprir o contrato porque lhe bastou assessorar durante cinco dias, para empochar os 50 mil mais IVA . De 25 a 29 de Março de 2019 o doutorado em Direito, cumpriu o contrato de assessoria que deveria prolongar-se por 60 dias.
Obviamente falta saber em que consistiu em concreto tal serviço de assessoria num negócio de 3, 5 milhões de euros em matéria de Defesa, no caso de manutenção de helicópteros que tinham sido adquiridos pelo Estado e cujo contrato tinha deixado de fora tal componente.
Tal contrato de manutenção deveria durar dois meses, entre 1 de Abril e 31 de Maio de 2019. E a assessoria do dito especialista doutorado em Direito, duraria igualmente 60 dias, tendo-se encurtado drasticamente para cinco dias.
Acontece porém que tal assessoria não terá detectado um erro fatal que o Tribunal de Contas topou logo: ausência de documentação e informações suficientes, para ser devidamente aprovado. E como tal foi rejeitado e devolvido à proveniência uma dúzia de dias depois de ter sido submetido a aprovação, em 12 de Abril de 2019. Nesta altura já o doutorado em Direito tinha o dinheiro da assessoria a tilintar no bolso e o contrato acabou por nem se cumprir porque o Estado desistiu do mesmo. Sim: desistiu porque não valia a pena celebrar o mesmo.
O dinheirinho da assessoria, esse, ficou no bolsinho do doutorado em Direito e especialista em Defesa e cujo perfil profissional se avalia melhor
aqui. Pertence ao gotha dos intocáveis, do sistema política que temos e segundo se presume. Veremos se lhe toca uma pena de prisão bem substancial, se for o caso e a culpa o exigir, daqui a uns meses largos ou mesmo anos. Justiça lhe seja feita é o mínimo exigível e que seja exemplar porque disto temos às dúzias, deste tipo de pessoas que julgam que os outros são parvos.
Quanto a isto, o manhoso primeiro-ministro diz que é nada, que isto é "análise política" e que se importa apenas em governar. Pelos vistos admitindo como governantes, gente deste calibre e estirpe.
Doutorados em Direito deste género, o das aldrabices secantes.
ADITAMENTO em 9.7.2023:
A beleza da arte de aldrabar parolos: um contrato de assessoria para negociar algo que já estava negociado! E o ministro da época, o Cravinho filho do que foi para um banco europeu para se calar nas críticas à corrupção, sabia. Ou não haveria de saber?
O que significa isto?! É preciso mais explicações ou valem por si os factos expostos?!
Todos socialistas, todos iguais. Estes, aqui registados para a posteridade:
Poderia tudo isto ser diferente? Poder podia, mas tinha que ser diferente. Qualquer coisa que se pudesse inspirar em ideias que outros já experimentaram e resultaram.
Como estas:
O que impede isto? Essencialmente e numa só palavra, a INVEJA. Do que os outros podem ser; do que os outros têm e do que os outros conseguem fazer. Só isso impede um maior bem estar económico de todos porque "nunca um invejoso medrou nem quem à beira dele morou".
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