A porcaria e mediocridade do jornalismo que temos fez assim um obituários sumário, puxando uma brasa a uma sardinha que não foi a de Arnaldo Trindade.
Observador, com texto da agência Lusa e Joana Moreira, incapazes de procurar um perfil de Arnaldo Trindade que saia da órbita da esquerda habitual e com citação obrigatória da PIDE e do fassismo:
Arnaldo Trindade era um comerciante do Porto, de electrodomésticos e interessou-se pela edição de discos, criando a etiqueta Orfeu, à semelhança de outra do mesmo género chamada Alvorada.A Orfeu editou dezenas e dezenas de artistas populares, incluindo os tais do antifassismo militante de finais dos anos sessenta e a que as notícias de hoje vão dar destaque, omitindo os demais.
Do folclore mais chão ao nacional-cançonetismo mais corrente na época, Arnaldo Trindade nunca se deixou impressionar por rótulos, como aliás declarou numa entrevista ao jornal i em 2020.
Tal como então afirmava, os discos de José Afonso, bem como os dos demais cantores de intervenção caíram a pique nas vendas, depois de 25 de Abril de 1974, o que não deixa de ser irónico. Porém, segundo o mesmo Arnaldo Trindade, "nunca perguntei a um artista se era de esquerda ou de direita. Eu gravava-o se ele fosse bom. Nunca fiz censura, eles gravavam o que quisessem".
Esta porcaria de jornalistas que temos, responsáveis principais pela desgraça dos jornais e media em geral, não entendem isto porque nunca lhes ensinaram tal coisa nas madrassas dos cursos de jornalismo que frequentaram.
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