sábado, outubro 09, 2010

A Maçonaria na magistratura


António Reis, grão-mestre da Maçonaria do GOL, dá uma entrevista extensa ao i de hoje.
Nela estende considerações alargadas sobre o recrutamento de magistrados para a Maçonaria. O mais importante dessas declarações está na página supra ( clicar para ler).
Em suma, Antonio Reis acha tudo muito natural e que a Maçonaria nada tem de "instituição tentacular, uma espécie de polvo, que controla as instituições de todos os poderes".
Ainda considera que "os magistrados não tem de obedecer ao GOL, têm de agir de acordo com a sua consciência" e que "o poder judicial conduz-se autonomamente, por si próprio".
Em conclusão, acha mesmo que os maçons " não podem, de maneira alguma, privilegiar um irmão maçon para um cargo importante perante outro que não é maçon mas tem mais competências apara determinada função, por exemplo."

António Reis, com estas declarações, ou está a fazer-se de ingénuo ou a fazer dos outros uma cambada de parvos.

António Reis e outros maçónicos de obediências diversas, deveriam explicar duas ou três coisas: a primeira é a razão de tanto secretismo na Maçonaria, quando a transparência e clareza democráticas são norma nas sociedades modernas.
Não basta dizer que "ninguém é obrigado a assumir-se, porque isso seria uma violação da consciência" e principalmente apresentar o argumento estúpido de que "ninguém tem de se declarar benfiquista ou sportinguista e portanto também não tem de se declarar maçon.". Que se saiba os clubes desportivos não fazem reuniões com os sócios à porta fechada, de 15 em 15 dias e com agendas ocultas, para tratar de assuntos de Estado, como acontece na Maçonaria.

A segunda é muito mais prosaica: por que razão o actual Governo e geralmente todos os do PS, congregam tantos membros da Maçonaria e ainda porque razão os tribunais superiores com destaque para o STA, o Constitucional e até as Relações, congregam tantos magistrados como membros da Maçonaria.
Será coincidência? Mais: se há cerca de dois mil maçons no GOL como se compreende a representação manifestamente excessiva de magistrados nessa organização secreta? Porquê? Mas Porquê?! E principalmente... para quê?

E então, ainda por cima, por que razão não se incomoda o clube discreto da Maçonaria, com a primeira instância?
O aperfeiçoamento da espiritualidade laica só releva nos tribunais superiores?

António Reis: não nos tome por parvos, por favor. Que continue a acreditar no aperfeiçoamento da espiritualidade laica, dá-se de barato. Que esqueça o verdadeiro poder de influência que a Maçonaria procura atingir e já foi expressamente admitido por outros maçons, é pura má-fé. Indigna de um maçon.

Questuber! Mais um escândalo!