Em explicação mais detalhada, acrescenta que "haverá um tempo em que deixando passar aquilo que podemos chamar a espuma do tempo, podemos também ganhar o distanciamento e a objectividade que muitas vezes o nosso envolvimento nas coisas recomenda que não o façamos nesse momento."
Portanto, temos uma admissão de erros que ficam guardados no cofre pessoal mas que são sofridos por milhões de pessoas que não têm direito a saber desses erros que afinal fazem mais lembrar a frase daquele que proclamava que nunca tinha dúvidas e raramente se enganava.
Entretanto, ad perpetuam rei memoriam, fica a lembrança deste incrível ministro das Finanças, confiscador-mor do governo deste Inenarrável, numa notícia que já tem dois anos:
O melhor ministro foi o da Finlândia.
O Financial Times teve em conta os indicadores económicos de cada país e a opinião de um painel de especialistas.
Ao ministro português foi atribuída a pior «performance» política, revelando um fraco perfil a nível europeu.
Teixeira dos Santos está também entre os ministros europeus com o pior desempenho a nível macroeconómico, ainda assim melhor do que os ministros espanhol e britânico.
Apenas na apreciação relativa à estabilidade é que Teixeira dos Santos consegue uma posição melhor - a 11ª entre os 19 países deste ranking.
O melhor ministro das Finanças é o da Finlândia que ganhou pontos graças à estabilidade do sistema financeiro e ao equilíbrio orçamental.
Na altura, este confiscador-mor não se envergonhou muito e até desvalorizou o assunto, sobranceiramente. Agora, vê-se pela performance o acerto daquela classificação, o que não o incomoda minimamente, porque é assim mesmo, de modo arrogante e necessariamente estúpido: "os meus erros guardo-os comigo".
Pois, mas o problema é que a consequência dos mesmos não o atinge só a ele, como devia.