Pelos vistos há há, nas "redes sociais", quem exija o afastamento do ministro, por causa dos ditos. A articulista até consultou o especialista em politologia doméstica, Costa Pinto, antigo maoista, sobre o fenómeno. Acha que não, não é caso para tanto...
Em 1980 na mesmíssima Assembleia da República um debate parlamentar sobre um assunto qualquer da "reforma agrária" ( coisas do comunismo nacional) suscitou outro tipo de nomes e palavras e ninguém se ocupou a ouvir os costas pintos de então sobre a conveniência em afastar do hemiciclo os autores da peixeirada.
Em 21.3.1980 o semanário O Jornal
publicou esta transcrição que se pode ler com um clique na imagem, do
debate parlamentar que envolveu discussão na
Assembleia entre Raul Rego, Sousa Tavares ( já falecidos) e António
Campos. O vernáculo usado em directo e bom som vale a pena ler, porque o
assunto que discutiam dizia respeito a favores e cunhas na concessão de
crédito agrícola.
"filho da puta" , "animal", "escarro moral" e outros mimos eram moeda de troca nas discussões acaloradas.
Sousa
Tavares, indignado por Raul Rego lhe ter dido "vá para a puta que o
pariu!" e a prosseguir na senda dos impropérios, inaugurando a saga dos
escarros morais. O presidente da A.R. a tentar serenar, dizendo que nada
ouviu e Sousa Tavares a chamar bêbado e mentiroso a António Campos logo
em seguida, para "defender a honra".
Agora quaisquer corninhos de fora dão direito a expulsão imediata...