O Salazar do pós-Guerra não é o mesmo de antes ( deixou de ter a foto de Mussolini em cima da Secretária, tal como Churchill, que não a tendo admirou o ditador italiano) e as "condições objectivas" modificaram-se.
Porém, certos valores permaneceram inalterados no pensamento de Salazar. Num livrinho que compendia o pensamento económico e social de Salazar nesse período ( O Trabalho e as Corporações no pensamento de Salazar, edição da Junta de Acção Social, em 1960). É nesse livrinho que aparece uma boa parte de discursos de Salazar a defender a excelência do Corporativismo como doutrina de organização social do "operariado", para quem havia duas perspectivas, "dois caminhos" segundo o autor: ou o comunismo ou o corporativismo. "O comunismo criando a miragem de os trabalhadores serem eles o Poder e o Estado; o corporativismo dando-lhes a realidade da sua comparticipação no Estado e da sua solidariedade com todos os outros portugueses nos interesses da Nação".
Ficam aqui algumas páginas que se lêem num ápice sobre o assunto.
35 comentários:
por 1950 acabou o trabalho rural de sol a sol
terminou com este tipo de escravatura branca
proveniente da monarquia e primeira república
na urss continuaram os campo de trabalho totalmente desumano
A pobreza do pensamento de Salazar: antigo, sem admitir alterações, sem influência da modernidade europeia de então.
Democracia nada lhe diz, incapaz de perceber os benefícios de um sistema liberal de mercado, não busca fazer a síntese com os melhores regimes da europa ocidental.
A falar de nação pelos outros, ignorando o pensamento e a vontade política dos outros.
V. leu tudo ou está a comentar de cor?
O josé comprou outro scanner :). (i.e. seguiu o conselho do Dragron-man)
Comentam de cor.
O problema é esse. Todos os lunáticos comentam de cor e de cartilha.
Este comentou pela cartilha escolar abrilista.
A modernidade, a democracia, o mercado e a Europa. Salazar é que falava da nação pelos outros?
Inteligência!...
Não comprei. Scano o que tenho até dar o litro de luz que tem.
E é bom: um Epson Perfection V500 Photo.
Ri-me à gargalhada quando li o que o Temível escreveu: que o scanner já não me podia ver à frente...
ahahahah.
Traz software que compõe a imagem de formato grande, como a folha de um jornal. Três passagens e o raio do scanner compõe a imagem automaticamente.
Até capas de Lp´s consigo scanear com resolução TIFF, o máximo possível e sem perda de qualidade ou de formato.
isto para mim é um divertimento.
O pensamento político da Salazar é tabu. Quem no leia com inteligência pode reflectir nele. Quem emprenhe pelos ouvidos emprenhará por toda a forma porque é estúpido.
Com a vantagem de que tenho aprendido coisas que não sabia e são úteis.
Também me fartei de rir com essa do scanner já não o poder ver à frente porque nem uma Gina ou mesmo Playboy antigo para amostra
":O)))))))))))))
O pensamento de Salazar merece muita atenção, ainda hoje. Principalmente hoje.
Em vez do realismo fantástico temos um exercício de inteligência prática e madura sobre a vida e a sociedade.
Não há realismo fantástico em Salazar. Nenhum.
E isso ainda não descobriram os que o admiram...importando depois a fantasia do costume.
Gina não tenho porque nunca tive. Playboy há. Um dia destes...
Estes textos são uma lição de sabedoria e pragmatismo.
O Salazar é precisamente o oposto dos "salazaristas descabelados" dos nossos dias.
Ele era terra a terra e sempre à procura do justo termo.
Pois pois. Vs. falam assim, mas quando discordam dele já dizem que não soube adaptar-se, ou qualquer banalidade do género...
Quando ele diz que se tornaria necessário romper relações com os americanos, por exemplo: era realismo fantástico ou procura do justo termo?
E volto a perguntar onde andam os salazaristas descabelados...
Acabou um de falar mas falta o Vivendi
":OP
Aceito o epíteto com orgulho. Mas não me parece que eu e o Vivendi contemos para grande coisa no panorama geral das coisas...
A Zazie respondeu a uma pergunta mas não respondeu à outra, que é a mais difícil.
E ainda acrescento mais uma: no postal do borreguismo o Dragão conta o que se estava a tentar fazer para segurar Goa e restantes territórios indianos.
A maior parte das pessoas considera - e arrisco dizer considerava - impossível manter esses territórios contra o poderio militar esmagador da União Indiana. Ainda assim, parece que Salazar e o seu governo tentaram fazê-lo e deram ordens nesse sentido.
Era realismo fantástico?
Se era, então como fazemos para distinguir, no pensamento do estadista, o que era fantástico e o que era o justo termo?
Se não era - e acho que não era - então há que rever certos conceitos que não podem aplicar-se à vontade do freguês...
Não. O realismo fantástico é outra coisa, mas é preciso descobrir para saber.
É daquelas coisas que se alimentam com o clássico " se não sabe, porque pergunta?"
Salazar nunca foi realista fantástico.
Nem Marcello Caetano, aliás.
Ganhar tempo- ganhar tempo era o pragmatismo de Salazar a falar.
Não era desejar poeticamente o impossível ou regressar a passados míticos, imaginando-os embalsamados e sempre à espera.
Mas ganhar tempo para quê?
Talvez para tentar hipótese diplomática.
Mas nunca mais que isso. Nunca o impossível.
O realismo fantástico é que imagina o impossível a sair da cartola.
Sempre pronto a servir num tempo tempo futuro, num ideal desejado e utópico.
Ut- topos- significa isso mesmo- fora do tempo; em lugar nenhum.
O v. nacionalismo é um disparate semelhante à maluqueira dos ancap.
Mas, é um facto que os portugueses têm esta tendência poética e sebastiânica.
É sempre um misto de megalomania compensatória e tem a vantagem de não ser preciso fazer nada de concreto nos entretantos.
Porque, depois, de concreto, para se ir treinando para o mítico renascer de que é que se lembram:
De uma syrizada descabelada- voltar ao escudo.
Para isto já estou como o outro- já temos o Arroja, só falta o Badaró
":OP
Mas a hipótese diplomática para quê? Qual era o objectivo último?
Defina lá qual é, concretamente, a utopia.
É o regresso ao escudo?
Não sei qual era o objectivo. V. é que é o estudioso dessas coisas.
Eu sei que perdemos e não ouvi bufar.
O que é que quer que eu defina?
Agora eu é que tenho que definir as v.s descabelices.
Olhe: tudo. v.s são uma utopia e nem se dão conta.
":O))))))))))))
No entanto, já o Sá de Miranda alertava
Também dei isso na escola, só por coisas.
"Salazaristas descabelados"
Chamaram?
:-))
Miguel D
":O)))))))))
Quero que defina a tal coisa utópica que os salazaristas descabelados almejam.
Que é para depois se ver em que é que difere do pensamento do Salazar e em que respectiva medida ele pensava justamente e nós cedemos ao realismo fantástico...
Eu não vou definir nada. Ou bem que entende de que se trata ou então vamos para a escolástica.
Quando calhar, dou-lhe o exemplo.
O Vivendi exemplifica-o a torto e a direito.
Aqui há tempos até já propunha um reviralho com divisão do país por uma espécie de comarcas militarizadas.
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