Luís Paixão Martins que conheci como locutor do Rádio Renascença em 1974/75, no programa Página Um, escreveu há pouco tempo um livrinho de memórias que vale a pena ler>:
Este "publicista" como dantes se dizia, tem uma entrevista ao jornal i de hoje em que, além do mais, esportula o seu entendimento acerca da crise na imprensa e outros media.
Se bem percebi a ideia básica o problema é a falta de dinheiro. De "capital" , das empresas que estão na "indústria". Como não vendem o que deveriam vender para se manterem solventes, vão "diminuindo o que se oferece".
Pois bem, pode esse ser um dos motivos da crise. Mas há outros e bem piores.
Esta semana saiu em França um suplemento do Le Monde sobre essa temática que anda por aí à venda e tem este sumário:
Num dos artigos ( o de Serge Halimi) escreve-se que o jornalismo deve servir para ajudar a aprender e a compreender.
Em Portugal a generalidade dos jornais serve para veicular ideias feitas de quem escreve. Não servem para aprender a não ser em artigos estrangeiros e mesmo assim escolhidos com aquele objectivo espúrio e quando se aprende alguma coisa, sobre acontecimentos ou mesmo factos, é sempre pouco em relação à expectativa.
Quanto a compreender ainda pior. Os jornais e revistas não explicam, mas expõem ideias que captam à vol d´oiseau em entrevistas de circunstância a supostos especialistas. Faz-se uma salgalhada de citações e aparecem artigos compostos que não prestam e são pretensiosos. O Público é especialista neste género com as Alexandras e as demais que são muitas e não percebem o suficiente para explicar seja o que for.
Houve um tempo em que as coisas não eram bem assim e até havia fassismo. Ora leia-se o que se escrevia no Diário Popular de 7 de Dezembro de 1971 por ocasião da inauguração da primeira escola de jornalismo em Portugal.
"Independência e neutralidade" eram os conceitos mostrados como valores a seguir pelo jornalismo. Em Portugal, actualmente, a somar à ausência completa de independência, porque os media dependem efectivamente de poderes de facto, das empresas disto e daquilo, como a SONAE ou os angolanos ou ainda os rapa-o-tacho do Orçamento público, disfarçados de empresas privadas, acrescenta-se a ausência completa de neutralidade que é a principal pecha do jornalismo nacional e dos seus profissionais, em geral.
Os jornalistas, em Portugal, consideram-se portadores de mensagens ideológicas, políticas, de interesses avulsos, etc etc. Por isso para encontrar um jornalista imparcial é preciso andar com uma candeia de Diógenes.
De repente parece que conheço um: José Rodrigues dos Santos. Ninguém lhe liga, por isso mesmo.
E conheço uma que é o exemplo do oposto e da completa ausência de qualidade aferida àquela imparcialidade como valor: Ana Lourenço. É a coisa mais rasca que o jornalismo português produziu.
2 comentários:
Há pouco passei os olhos por uma nojice que começou hoje na SIC, e se fosse consigo? Não sei se aquilo pretende ser jornalismo, mas é capaz. Tem debate e tudo. Uma coisa asquerosa, hoje sobre o inevitável racismo. Claro que só existe numa forma, do branco para o preto. Este nunca é racista, é sempre vítima, puro. Hoje em dia não há jornalismo, há propaganda, lavagem cerebral ao serviço da máquina multicultural e de destruição do Ocidente.
'-ó Luís fico melhor assim ...'
não conseguem desalojar o JR dos S
o monhé e o entertainer dirigem as empresas privadas como ninguém
a urss em todo o seu brilhantinismo
o motor do estado a que isto vai chegar já gangrenou
até já fecharam a barraca ao lab do contrlo anti-doping
3 barragens já foram à vida para fazer recuperação urbana em Lisbos com vista às autárquicas
andam muito desatinados os mini da economia e finanças
Angola levou um pontapé nas partes apesar da ajuda do amigo do monhé
o funeral está a cargo da agência
'ratazanas vorazes'
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