Um dos historiadores do regime que temos há cerca de 40 anos jubilou-se do ensino académico remunerado ao mês e passou a recibos verdes, ensinando agora a sua visão própria sobre os fascismos a quem quiser escutar lérias.
Na cerimómia de rito de passagem para a terceira-idade, o intelectual marxista, fundador do BE e antigo MRPP, assumiu que "o marxismo é o seu referencial teórico" e apresentou dois dos seus ídolos: E.P. Thompson e Eric Hobsbawn, igualmente "historiadores marxistas".
Evidentemente, ser marxista nos dias actuais, tal como há 40 anos é um passaporte seguro para uma terra de prestígio onde nadam outros prestigiados como Boaventura Sousa Santos, Arnaldo Matos, um tal Mário Tomé e o menos que tal Marçal Grilo ou outro que não se compreende quando fala, Manuel Villaverde Cabral. A nata da nossa intelectualiade lusa com cheiro a cravos de Abril e que esteve presente a comemorar a passagem.
É pena que estes marxistas e cripto-marxistas não leiam por exemplo este pequeno texto da revista francesa Marianne desta semana que passa, sobre o marxismo e o Manifesto Comunista: o gulag é coisa inerente ao marxismo. Os milhões de mortos do comunismo não os atrapalham quando têm que falar agora e sempre do eterno fassismo de Oliveira Salazar que ontem fez 127 sobre o dia em que nasceu.
Esta intelectualidade lusa tem-nos dado cabo da vida colectiva nestes últimos 45 anos e pelos vistos um deles vai continuar...