segunda-feira, março 19, 2018

António Champalimaud, nascido há cem anos

Faz cem anos que nasceu António Champalimaud, um dos nossos maiores industriais de sempre. Se não fosse o Diário de Notícias nem me ocorria, apesar de ontem, na tv, Paulo Portas ter passado todo um programa a evocar a figura do industrial que se notabilizou na indústria dos cimentos e na siderurgia que  fundou, em Portugal, no tempo de Salazar.
Em 25 de Abril de 1974 estava entre a meia dúzia de pessoas mais ricas da Europa. Logo a seguir perdeu tudo o que tinha em Portugal e foi para o Brasil, onde recomeçou a actividade e quando morreu, legou centenas de milhões de euros para a Fundação que tem o seu nome.

Já houve quem lhe fizesse uma biografia que vale a pena ler, mas está esgotada, segundo penso.

 Não há em Portugal, nos últimos cem anos, nesse campo, ninguém que se lhe compare.

Ainda assim estranhei a capa do DN de hoje:


Demasiada celebração para esta efeméride que mais nenhum outro jornal notou assim. Pensando bem não admira:Champalimaud foi o patrono de Proença de Carvalho que domina o jornal. Logo...ou mandou fazer a capa ou apreciará o  frete .

O artigo, aliás, é  farto em citações deste personagem, o que mostra logo de onde veio a ideia:



Ainda assim é justa e merecida a homenagem, não fosse a circunstância de o porem logo a nascer em 19 de Março quando terá sido a 18...
 Melhor seria porém, escreverem sobre a circunstância de o terem enxotado daqui para fora, em 1975 e principalmente sobre quem foram os mentores da estupidez: o PS e o PCP que ajudaram a nacionalizar as empresas que lhe pertenciam e dali a um ano, se tanto puseram Portugal neste estado:


A questão é muito simples de enunciar e estes recortes elucidam quem tem dúvidas:

O Expresso de  20 de Dezembro de 1975 pretendia mistificar o que se tornou claro nos anos a seguir: os comunistas e principalmente os socialistas, os verdadeiros gestores das nacionalizações eram uns nabos, assim sem mais ademanes. Estragaram em poucos meses o que Champalimaud teria melhorado no mesmo espaço de tempo. Parece isto tão claro que até dói pensar nestes miseráveis que têm nome posto. Em primeiro lugar, Mário Soares e depois, claro, Álvaro Cunhal.


Como pensavam estes miseráveis? Simples de mostrar: com inveja enraizada  nos genes políticos. Como isso é característica humana alastrou a milhões de portugueses, até hoje:

E como é que esses miseráveis queriam fazer para mostrarem que eram competentes? Assim:


Quem é que sabe disto melhor que ninguém e sabe que é mesmo assim? O actual presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. O que fez o indivíduo enquanto jornalista do Expresso no tempo do PREC? Alinhou com os miseráveis. Sempre.

Nesse tempo os miseráveis aludidos ( Mário Soares, Álvaro Cunhal e as forças políticas que suportavam ) tinham um discurso de ruptura com o capitalismo ao modo que Champalimaud o entendia e a História mostrou que estava certo.
Em finais de 1974 prepararam o plano para destruir a indústria portuguesa, até hoje:




 Havia um finório que foi empregado de um deles, desses capitalistas e se tornou o guru do actual Bloco de Esquerda, João Martins Pereira, e que armado em intelectual da Economia pretendia dar lições a Champalimaud.

O que escreveu então na Vida Mundial de Dezembro de 1974 é muito elucidativo do pensamento destes miseráveis, entre os quais se inclui um certo Eugénio Rosa que ainda anda por aí:






Chamo miseráveis a estes indivíduos porque sempre viveram com a miséria alheia como mote para se tornarem "ricos", um ou outro literalmente e os demais, politicamente. Assim sucedeu e a "geringonça" que temos é o resultado desta miséria e destes miseráveis.

Enquanto estes miseráveis conseguiram arruinar o país em dois tempos de dois anos de má gestão, Champalimaud, em 1968 e enquanto banqueiro, actividade que nem era a da sua eleição fazia isto, em cujo postal incluí uma publicidade ao BP&SM, alusiva ao dia do pai, de 18.5. 1974:



O primeiro "multibanco", segundo uma publicidade de 4 de Outubro de 1968, na Vida Mundial:


 E uma publicidade de 1967, tirada daqui,  ao "autobanco" do BPSM de Champalimaud:


Que respondem a isto os miseráveis que ainda andam por aí, aos milhões? Nada, nem vergonha têm do que fizeram...

Questuber! Mais um escândalo!