segunda-feira, junho 25, 2018

Ultramar, tudo foi possível à esquerda portuguesa, em 1974

A seguir ao 25 de Abril de 74, em poucos meses a situação no Ultramar português agravou-se de modo dramático, com a aceleração do PREC.
Os comunistas de todos os matizes tomaram conta do processo ideológico, influenciando o MFA e perante a evolução da opinião publicada e da manipulação dos media no sentido de "nem mais um soldado para as colónias", o destino ficou traçado rapidamente, em poucos meses: entrega dos territórios, sem condições algumas,  aos "movimentos de libertação", com o favorecimento de uns em detrimento de outros.

É isso que se espelha nestes recortes de revistas da época.

Em 29 de Junho de 1974, o Século Ilustrado mostrava  o que tinha resultado de uma conferência promovida por Agostinho Neto, em Fevereiro de 1974 sobre o que entendia acerca do problema das então ainda consideradas nossas províncias ultramarinas.

Agostinho Neto já era claro, então: o problema maior nem era com Portugal, mas com a Grã-Bretanha, o maior investidor estrangeiro em Angola e com os Estados Unidos.

Não é difícil de ver onde queria chegar o chefe do MPLA...e como se desenvolveria a estratégia para correr com os portugueses e europeus,  logo no PREC. Mesmo afirmando o contrário...

Em Angola não havia apenas o MPLA como movimento a pretender o poder. Havia também a FNLA e a UNITA, esta de Jonas Savimbi, o qual em 21.9.1974 foi entrevistado por aquela revista e contou o seu ponto de vista, pouco coincidente com o do líder do MPLA...


Muito por causa dessas dissidências, em meados de Setembro de 1974, o general Spínola, ainda com o prestígio intacto, foi encontrar-se com Mobutu, do Zaire, à procura de uma solução, como mostra a edição de 21 de Setembro da revista. Uma semana depois, Spínola foi vilipendiado na sequência dos eventos do 28 de Setembro, no Campo Pequeno e da "maioria silenciosa".


Em Portugal, nessa altura deixou de haver lugar democrático para quem não aceitasse os ditames ideológicos da esquerda comunista e socialista que pretendiam entregar, como entregaram os nossos territórios africanos a alguns "movimentos de libertação" , como o MPLA em Angola e a FRELIMO em Moçambique, abrindo o caminho todo para as guerras civis que começaram então.

Flama de 13.12.1974:



Quem se opunha a tal política era assim tratado, como mostra esta imagem da revista de 29.3.1975: fascista ou pior.
Nessa altura nos media, uma gigantesca campanha de desinformação e propaganda pretendia alterar, como em parte logrou, o sistema político-económico que tínhamos, fundado no modelo europeu ocidental e com possibilidades de continuação pacífica como sucedeu em Espanha após o franquismo.

Nesse mesmo número de 29.3.1975 havia um artigo como este que espelhava o estado em que se encontrava o país: supostamente alguém andava à procura de uma "via original". Para onde? Para o socialismo e era essa a aberração de que a maioria do povo nem se dava conta.


O modo para encontrar esta via original tinha este selo: uma nova censura, sem qualquer pudor, como se mostra neste artigo do SI d 13.5.1975.


E como se fez aquele encontro de vontades entre os "movimentos de libertação"? Assim, em Janeiro no Alvor:


O que é que deu isto? O que era previsível, de acordo com aqueles dois líderes e mostrado em 25.8.1975:


Depois destes factos e após décadas de reflexão sobre os mesmos um certo Freitas do Amaral escrevia isto, em10.6.2017:


58 comentários:

lusitânea disse...

Como se vê até os ossos dos combatentes lá ficaram no campo da "honra".E branco não teve direito a nada de nada.Mas agora?Ui ui que afinal importarem a nacionalizarem na hora os pretinhos e pobres dá-nos uma imensa riqueza.Só os cegos não vêm traição destes filhos da puta todos... incluindo claro o Freitas do Amaral!

Floribundus disse...

no rectângulo a 'quiulpa' apesar de 'ir toda produzida'
morre sempre solteira

'enrrolatórios' não incriminam qualquer governante pela morte de mais de 110 portugueses

perigosos fascistas são responsáveis pela
casa da coelha
tecnoforma

muja disse...

Entrega dos territórios - e das pessoas, convém lembrar!



Miguel D disse...

Que patareco, o Spínola.
No Sal, a negociar com o Mobutu não se sabe bem o quê (nem ele sabia, coitado).
E no entanto, sem aquele patareco, nunca o MFA teria neutralizado as Forças Armadas como neutralizou. Quantos militares ficaram de braços cruzados porque achavam que o Spínola "controlava a coisa" e portanto tudo iria correr bem?
Gostava de entender como se fabricam estes mitos.

Miguel D disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Miguel D disse...

Tantos militares nacionalistas foram atrás do Spínola. Até o grupo do Marcelino da Mata de dispôs a boicotar o Congresso dos Combatentes, fazendo o jogo dos spínolistas contra os conservadores. Passados uns meses estava o Marcelino a ser torturado pelos amigos da classe operária.
O Costa Gomes, maléfico e inteligente, e os comunistas, eu consigo entender.
O Spínola e os seus apoiantes, não.

muja disse...

Qual é a dificuldade, Miguel?

Basta atentar na figura do homem. Um personagem de ópera bufa...

Militar competente, era provavelmente susceptível à adulação, e a que lhe não dessem o valor que achava merecer.

Nunca teve hipótese fora do meio estritamente militar - promovido ao seu nível de incompetência, estava condenado a ser manipulado.

Um trágico exemplo do princípio de Peter...

Os seguidores vêm-lhe da competência militar e do panache da figura. Em todo o caso, não eram apenas os comunas que andavam impregnados dos furores da época...

muja disse...

Spínola era apenas um militar.

Costa Gomes era, para além de militar, pelo menos, conspirador experimentado...

Miguel D disse...

Muja,

A minha dificuldade é que isto não se resumiu ao Spínola nem a meia dúzia de pavões que estavam com ele na Guiné. Isto correu toda a elite das Forças Armadas e grande parte do sector conservador do regime.
A minha explicação é um pouco psicológica: partes desses sectores viveram décadas sob as asas protectoras de António de Oliveira Salazar e delegaram nele o combate moral, intelectual e político. Quando foi necessário, sem Salazar, não estavam preparados para assumir esse combate. É um falhanço histórico terrível.

josé disse...

Salazar desapareceu da cena em Setembro de 1968.

O 25 de Abril ocorreu em 1974.

Meia dúzia de anos dá para tirar um curso superior...

muja disse...

Falhanço histórico terrível foi terem promovido o Chico Rolha sabendo quem ele era e no que tinha andado metido.

Outro cuja competência militar iludiu quem deveria ter sido mais prudente - no caso, os Presidentes do Conselho e da República.

muja disse...

Quanto ao mais, julgo que ninguém imaginava o que verdadeiramente poderia ocorrer - e quem imaginava fazia-o daquela forma romântica, típica da época.

Veja que ainda hoje há quem ache e creia que era possível entregar tudo em preservando "os interesses". Que não só era possível como desejável e que se tudo correu mal foi porque não decidiram ir por esse caminho mais cedo!

Não faltaria, portanto, na altura, quem achasse e acreditasse que era possível revolucionar o regime, em preservando o correspondente aos tais "interesses" - a ordem, a economia, etc.





Miguel D disse...

"Quanto ao mais, julgo que ninguém imaginava o que verdadeiramente poderia ocorrer - e quem imaginava fazia-o daquela forma romântica, típica da época."

Caro Muja,
Discordo totalmente do que aqui escreveu. Creio que foi em 61, aquando da crise "Botelho Moniz", que Salazar disse que qualquer convulsão política em Portugal levaria rapidamente à perda do Ultramar. Ou seja, havia pelo menos o alerta de que a interrupção constitucional (recorde que Portugal viveu sem Constituição entre 25/4/74 e 25/4/76) era um risco tremendo.
Que alguns fossem atrás do canto das sereias, considero previsível. Que tivessem ido quase todos ou que os que não foram tivessem ficado de braços cruzados...
Para não falar nos equívocos do livro do Spínola, nas posições do MFA, bem conhecidas dentro das FAs e dos círculos políticos, etc.. Houve avisos com fartura.

muja disse...

Miguel,

Salazar imaginava! Mais uns poucos, também.

A maioria, não. Tenha em conta a época em que se vivia. Uma bacoquice tremenda!

"Peace and love" e todo o restante rosário, desfile e parada das maiores trivialidades, futilidades e frivolidades - elevadas a pérolas de sabedoria!

A época de todas as experiências, etc, etc, ad nauseam.

Um pouco como hoje, antes de os mercadores descobrirem o preço certo para elas.

V. não vê como os dementes comunas falavam e escreviam? Aquilo é coisa de quem tem lucidez?

E pensa que eram só os comunas?

Tomavam tudo por garantido e achavam que viviam em grandessíssima opressão, coitados! E não tinham nem uma fracção da repressão administrativa que sofre hoje o cidadão, seja em termos de fisco, de estradas, ou até de expressão individual.


É como lhe digo: ainda hoje há quem esteja convencido que o problema foi não se ter feito o 25 de Abril mais cedo! Ou que se não fossem os militares a fazê-lo, corria melhor!





muja disse...

E o regime nunca se pôde permitir uma filtragem política muito apertada. Não havia assim tanta gente capaz que permitisse tal luxo.

E a reconciliação era uma linha fundamental do projecto político. Contanto se não discutissem alguns princípios basilares, todo o cidadão competente podia e deveria ser aproveitado.

Por isso é que esses cata-ventos todos se acharam - alguns várias vezes! - em posição de golpe.

muja disse...

Mas, no fim de contas, a minha opinião acaba por ir dar ao mesmo que a sua.

O pessoal precisa de chefe.

É óbvio e só não vê quem não quer. E adianta pouco protestar porque é assim.

Em faltando chefe, começa tudo a desenrascar dos respectivos enrascanços sendo que o próprio dever passa logo a contar para tal efeito.

Com o desaparecimento de Salazar foi-se o chefe. E não houve quem o substituísse.

E, sendo certo que Marcello era um excelente governante, todavia não soube ou quis assumir esse papel, e o pessoal desenrascou-se assim que viu oportunidade sem chefe que o pusesse na ordem.

josé disse...

Marcello queria a independência dos territórios ultramarinos, a prazo.

Mas nunca aceitaria falar com um Mobutu, antes de falar com alguém da África do Sul.

Maria disse...

Havia um desconhecimento total da coisa política, designadamente de como governar um País por parte dos MFA's que tomaram o poder em 25/4 (o próprio Vasco Lourenço o afirmou) e nas restantes Forças Armadas havia muitos traidores à Pátria por/e com a lavagem cerebral levada a cabo durante anos por comunistas infiltrados, bem como outros tantos oportunistas, estes tendo-se tornado 'democratas' da noite para o dia e todos eles à espera de cargos políticos ricamente remunerados ou outros lugares de igual importância na sociedade civil e foi exclusivamente com este fito que os últimos se venderam ao internacionalismo soviético por dez réis de mel coado.

A estes juntaram-se uns largos milhares de comunistas vindos de fora, uns tantos apátridas, outros desertores, todos a obedecerem às ordens vindas de Moscovo por ser esta afinal a sua verdadeira Pátria a qual veneravam devendo-lhe obediência sagrada.

A URSS, por sua vez, querendo apoderar-se à força dos nossos Territórios Ultramarinos, especialmente da riquíssima Angola, não só em face da grave crise económica por que ela própria, URSS, estava a passar desde há longas décadas, mas também para conseguir suprir pelo menos em parte as tremendas carências sociais e económicas de que o povo era a sua principal vítima.

Sem esquecer a aliada Cuba, que se encontrava nas mesmas graves condições sociais e económicas cujos milhares de militares enviados para Angola por imposição de Moscovo aproveitaram para se locupletar com bens de toda a ordem, de muito dinheiro, de milhares de carros de boas marcas, de excelentes frigoríficos, mobiliário de qualidade, etc., tudo enviado para Cuba - imagine-se que até toneladas das maravilhosas gambas pescadas ao largo de Moçambique íam direitinhas para Cuba, as mesmas que, por motivos económicos (com a excepção de quantidades reduzidas) jamais tinham tido como destino Portugal Continental e sim países europeus que as adquiriam por bom preço - que enviavam para as suas famílias enquanto eles por lá haviam permanecido

(isto foi confessado por mulheres cubanas em directo numa televisão, lamentando-se de após o regresso dos militares à Pátria as suas famílias terem deixado de receber alimentos e artigos de primeira necessidade que tanta falta lhes faziam por os mesmos inexistirem em Cuba) - que souberam lavar o cérebro aos mais ingénuos e/ou distraídos, sendo que o mais premente era o assalto imediato ao poder para conseguirem entregar aos seus militantes os cargos políticos mais importantes e decisivos do Estado.

Isto numa primeira fase, numa segunda seguir-se-íam as benesses aos apaniguados e amigos que os haviam ajudado a acabar com a ordem estabelecida, com as tradições, com a moral, com a autoridade, com a harmonia nas famílias, com a boa convivência entre o povo e com o absoluto respeito pelos governantes. E foi exactamente o que fizeram sem terem tido a mais pequena dificuldade ou o mínimo entrave.

João disse...

45 anos depois e Angola é nossa perdura. Com os olhos postos nos filhos de baixo recursos económicos e sem ligação ao regime que iam por aquelas terras morrer ou ficar estrupiados enquanto os outros na quietude das casas de passe gritavam que Angola é nossa. O saudosismo dos amantes da vida de exploração do mainato continua e ainda depois de 45 anos não entenderam o curso da história dos povos os dos explorados de lá e de cá além mar. Deixem-no disso os que viram os filhos partir é nunca chegar ou que regressaram com a vida estragada nunca tiveram nem têm voz para vossa satisfação.

muja disse...

Já faltava o farizeco do dia.

Então, ó hipócritazinho, Angola é de quem, hoje? Dize lá.

Os angolanos são os que compram apartamentos de milhões no Estoril?

Quem explora o mainato, agora?

Se não sabes vai lá ver. E, se sabes, hás-de ser um dos pançudos que o faz e que diz sem vergonha na cara que dantes era opressão mas agora é opção de vida...

josé disse...

São os mesmos que dizem que antes do 25 de Abril Portugal era de meia dúzia de famílias e agora nem percebem que em Angola a situação e riqueza é de alguns dos dirigentes do MPLA.

muja disse...

De alguns dirigentes do MPLA e mais os outros brancos todos que lá estão que pagam mais por pasta de dentes do que por meia-dúzia de criados.

Portanto, se dantes exploravam, agora fazem o quê?

Tratam-nos lá como crianças, sempre por tu, mesmo que não os conheçam de lado nenhum - isto no melhor caso.

É óbvio que os que exploravam ficaram lá todos. E não só ficaram como ficaram à vontadinha e hão-de ser bem mais hoje do que antes.

E estes merdosos hipócritas sempre com a choradeira. Este também deve ser contra o museu.







João disse...

Sabes meu ranhosozito sou alguém que sem hipocrisia perdeu um irmão nessa terra distante para defender gente que nunca reconheceram as perdas que custaram defende-los. E fica sabendo por muito que te custe todos os povos têm o direito a autodeterminação.

João disse...

Chamas-me hipocrita e perguntas-mes de quem é Angola. Pois digo-te patifezito tomo a liberdade de tratar pelo nome próprio. Angola é dos angolanos assim como Portugal é dos portugueses e mesmo que antes das transferências do estado a pobreza por cá se situe nos 59,8% da população esses também sao Portugal. Quem explora o mainato por lá são os mesmos que exploram os pobres por cá. E porque razão eu tenho que ter vergonha na cara é porque não tens? Ganha juízo meu fassiszoide.

João disse...

Pois é criatura deplorável a Angola é dos angolanos e é a eles que compete resolver os seus assuntos. E antes do 25 de abril conheço dos livros de história pois que era bem novo mas conheço o medo dos bufos dos quais tens saudades talvez por a eles pertencentes.

João disse...

Ora aí está a noção paternalista do pretinho incapaz. queres melhor designação de racista? Pois não conheço.

muja disse...

Perdeste um irmão? Honra lhe seja feita - tombou pela Pátria.

Esqueces, porém, todos os que lá morreram a seguir - por lhes negarem a única pátria que tinham e podiam ter. Esses morreram porquê e para quê?

Porque eram pretos e nem pátria têm porque possam tombar - e esses, como tu dizes, que resolvam os próprios assuntos.

Que é paleio de hipócrita para dizer: que se lixem.

Auto-determinação? Quando foi isso?

Quando foi que o povo angolano auto-determinou viver sob a tirania dum Santos qualquer?


Hipócritas!


Falam de independências e auto-determinações como um taberneiro desavergonhado vende água-pé por vinho.

muja disse...

Quanto a bufos, hás-de sê-lo primeiro que eu, pela adjectivação.

Não preciso de ter saudades nenhumas deles porque estão por todo o lado. Basta dizer certa palavra ou expressão.

Achais-vos muito oprimidos... Coitados!

Mas quem tem de andar a apanhar os cacos da merda que fizestes - e ainda gabais! - é quem veio depois!

Bacoco!

Paga e não bufes, que é para isso que serves. Ou ainda não deste conta?

E quanto começares a dar muito que fazer, eutanasiam-te.

É a rica libardade que "conquistaste", ó pascácio!

muja disse...

Tem vergonha na cara não podes tê-la porque és um hipócrita!

Vens para aqui com choradeira e sermão como se aqui alguém defendesse a opressão ou o domínio de uma raça sobre outra.

Ou então vens porque já topaste o contrário - e ficaste azedado com os pretos porque achas que não reconheceram o que custou defendê-los, nomeadamente a morte do teu irmão.

Seja lá pelo que for, a hipocrisia está logo em falares como se alguma vez tivesse havido auto-determinação, ou como se houvesse mais paz, mais ordem, mais justiça ou mais prosperidade.

A hipocrisia está em fingir que aquilo - qualquer um desses sítios!- é país independente e soberano, quando nunca foi outra coisa senão um pseudo-estado completamente tiranizado por meia-dúzia de oligarcas.

A hipocrisia está em fingir que é um país - quando nem escolheu o próprio nome, nem a própria língua, nem as próprias fronteiras.

A hipocrisia está em gabar como jantar fino os restos podres que se não dão ao próprio cão!

João disse...

Não passas dum patético racista. Por mais que esforçes a tua condição não consegues esconder. E de pátria falas a dos livros de história ou da dos que além mar escorracavam os militares? Por acaso já alguma vez honraste os pela pátria pereceram? Não claro que não. Para ti os militares são o inimigo. É falas tu em hipocrisia. E logo num blog onde é feita a apologia ao anti patriótico. Tem vergonha na cara tu é o dono deste espaço onde a honra não existe e perguica mental é permanente.

adelinoferreira disse...

...domínio de uma raça sobre outra"

Raça? a branca,preta,amarela e vermelha e o arco-íris.
Imaginava que o muja já tivesse ultrapassado esse trauma

muja disse...

Adelino,

que trauma?

muja disse...

Os militares sao o inimigo! A apologia ao anti-patriótico! Para mim! Ehehehh!

Mais um doido varrido.

adelinoferreira disse...

Aparentemente o muja continua a falar de raça branca e negra (é o que está no seu comentário) e a ciência já demonstrou que "raça" é só uma, "a humana e mais nenhuma";) Se antes ainda era possível defender raças distintas, após a codificação do genoma humano é assunto encerrado. Se ainda assim com a evidência científica o muja continua a falar de raça branca e negra é perfeitamente desajustado; aceito retirar o "trauma" mas e-me difícil entender a posição. Aqui não está a mera opinião é a verdade à luz dos conhecimentos científicos hoje.

Pedro disse...

Como é óbvio Freitas do Amaral tem razão.

A esquerda tuga de facto entregou o ultramar aos comunistas.

Mas a esquerda tuga nunca teria alcançado o poder que alcançou, nem no ultramar nem na metrópole, se o estado novo tivesse organizado ele próprio uma transição pacífica, tanto no ultramar como na metrópole.

O que se passa é que o estado novo deixou arrastar o problema até cair de podre e aí o que houve foi a transição possível no meio da confusão.

josé disse...

Se não tivesse havido Descobrimentos não era nada disto. O culpado é D. João II!

João disse...

O muja pertence ao grupo dos deploráveis. Onde os branquinhos são sempre superiores aos pretinhos, que fe uns incapazes não passam. São incapazes de decidir quer o seu futuro individual como colectivo. Uns incapazes que de miseráveis nunca passaram livres do controle dos brancos. Triste criatura. Melhor;perigosa criatura que durante anos andou assim como muitas escondida e que só saiam na calada da noite e em grupo para atacar a paulada uns quantos Alcino. Hoje têm voz nuns quantos jornais e blogs que fazem apologia ao racismo uns velados e protegidos como blogs de direita outros nem essa capa já usam.

muja disse...

Adelino,

falo de brancos e pretos.

Que é o enquadramento, desde logo, que fazem os proponentes dos restos podres à guisa de jantar fino.

A tese era que os pretos teriam direito à auto-determinação, essencialmente, por serem pretos e estarem dominados pelos brancos.

Para mim, dá-me igual que a "ciência" prove ou deixe de provar as raças.

Aquilo que eu defendo, e que era a doutrina dos Estados Novo e Social (e da primeira república), é que Portugal era uno e indivisível, e que todos os portugueses, sem distinção de raça, religião, ou origem ou classe social, têm iguais deveres e direitos perante a lei e a sociedade em geral.


muja disse...

Isto era a doutrina do Estado, e foi a política posta em práctica desde o ínicio.

Evidentemente, a maior parte das sociedades tradicionais dos pretos não possuíam o saber e experiência próprios necessários à vida nas sociedades modernas - materialistas, tecnicistas e tecnocratas.

E por necessários à vida, entenda-se necessários à sobrevivência e à prevenção dos abusos inerentes a essas características.

Tal era e é uma evidência, pois pouco se fez no sentido de a alterar desde as "independências".

O mesmo se podia, e pode em certa medida, dizer de sectores da população europeia.

Ora, essa sociedade moderna é inescapável, como se provou à saciedade, e penetrou todas as realidades humanas em todos os lugares do planeta.

E o que se verifica é que em todos os assim chamados "países" africanos, há um desamparo total das populações frente a esse modernismo que é, pela maior parte, perverso.

Assim temos que em Maputo, por exemplo, haja três operadores de telemóvel à escolha, mas não haja, para a maior parte, água canalizada ou saneamento público.

Isto é alguma coisa?



muja disse...

Os hipócritas rosnam os "resolverem os próprios assuntos". Mas eu não sou hipócrita.

E digo isto assim a qualquer africano - vindo de lá, não os privilegiados nascidos na Europa com a choradeira da vitimização - como já disse, e eles concordam.

O que é, de si, gritante de evidência, pois de outra forma não vinham para cá!

É que quando se é obrigado a enfardar os restos podres, eles não sabem a jantar fino, por mais que os hipócritas - que os não comem, nunca! - digam que sim.

muja disse...

Ó hipócrita, vai ver a CNN, pá!

Já não dás uma para a caixa e foste reduzido à adjectivação fast-food.

Fascista, racista, deplorável - faltou-te sexista, machista e homofóbico. E anti-semita!

Também não estás preparado para a sociedade moderna. A eutanasia deve estar perto...

Isso hoje em dia compra-se em "pack", pá! Já não se vende em separado. Foste roubado! Eheheheh!


Aqui é só deploráveis. Passa-te ao... enfim, ao esquerda.net ou assim. Ahahaha!

Miguel D disse...

É divertido: quem acha que o Portugal pluricontinental e multiracial deveria ter sido defendido é racista. Quem quer brancos de um lado e pretos do outro é progressista de bom coração. Tá bem, abelha.
Que a condição socio-económica da maioria dos africanos fosse pior que a da maioria dos brancos, todos o sabemos. Mas isso seria melhor resolvido com a integração ou com a segregação? Está à vista o resultado.
Temos sempre o exemplo eloquente de Cabo Verde. Tal como os Açores e a Madeira, Cabo Verde foi descoberta pelos navegadores do sec. XV. Tal como os Açores e a Madeira, foi colonizada a partir daí. Até se dá o caso de, depois do 25/4/74, haver movimentos separatistas mais activos na Madeira e nos Açores do que em Cabo Verde.
Mas como os primeiros foram colonizados por brancos e Cabo Verde, maioritariamente, por africanos, toca a expulsá-los da nação portuguesa sem lhes perguntar nada, não fossem eles desafiar as cantigas da independência, etc.. Quem são os racistas?
Hoje em dia as universidades americanas estão totalmente dominadas pela doutrina dos "safe spaces". É o progressismo a levar à segregação.

muja disse...

Adelino,

Até lhe digo mais.

Os pretos que vão nascendo na Europa, ou os africanos que para cá imigram, poderiam ser a solução, ou grande parte dela, para esse problema.

Infelizmente, são completamente manipulados pelo "anti"-racismo militante - composto quase exclusivamente por brancos, coadjuvados por elementos de certa comunidade de apelidos de sonoridade vagamente germânica - que é, de facto, um racialismo militante, e que tem todo o interesse em promover a choradeira da vitimização e a noção de racismo perpétuo.

Pior, esses racialistas militantes obram constantemente no sentido de sabotar a emancipação dessa gente e a sua ascendência à plena cidadania.

Sob pretexto da luta contra a discriminação, obram para que lhes sejam abaixados os padrões de exigência no ensino, na cultura, etc. Para que a solidariedade no frívolo e superficial - a cor da pele ou certo fenótipo - se sobreponha à solidariedade no real e profundo: família, profissão, cultura, nação, religião, etc.

Vedam-lhes todos os caminhos excepto o do consumo em massa.

muja disse...

E conforme o fazem para os pretos e outros "coloridos", há quem o faça para os brancos.

E há de facto um ressurgimento do racismo branco na Europa e, sobretudo, nos EUA - o que não é de admirar - discretamente amparado por certos lobis internacionais, mais uma vez de sonoridade vagamente germânica.

O preço que esses racistas brancos têm de pagar é simples: apoio incondicional a certo estado delinquente e arruaceiro, de concepção racista e tribal.


muja disse...

Miguel,

não vivemos hoje senão a continuação e consequência das políticas de ontem.

O politicamente correcto não é de agora.

Dantes chamava-se terceiro mundo.

O terceiro mundo era o politicamente correcto aplicado aos países.

Ou, de outra forma, o politicamente correcto é o terceiro-mundismo aplicado às sociedades.

Ou, ainda de outra, o politicamente correcto começou por ser aplicado inter-sociedades e, uma vez aceite aí, logicamente passou a ser aplicado intra-sociedades.

É exactamente o mesmo fenómeno.

A criação de categorias superficiais de uma espécie de inimputabilidade por vitimização, que permite todas as manipulações e abusos.

Foi assim com os países - tudo era permitido aos países ditos de terceiro-mundo, que incluía, lembro, a China (hoje considerada a segunda potência mundial, a caminho de ser a primeira!), o Dubai, Qatar, e outros; todos os abusos, arbitrariedades, as acusações mais delirantes, as afirmações mais estapafúrdias, à revelia das mais chapadas evidências.

E a colecção mais heterogénea de países que eram considerados terceiro-mundo (isto é, inimputáveis e irresponsáveis) só encontra paralelo na colecção de grupos supostamente oprimidos (i.é inimputáveis e irresponsáveis): de pretos a mulheres(que dominam os ingressos no ensino superior e certas áreas, por exemplo a Justiça) passando por homossexuais, gordos, etc, ad nauseam.

Daí que pareça não haver combate eficaz a este esforço dissolvente das sociedades humanas - as premissas que lhe conferem a vantagem há muito que foram aceites.

Se se aceita a independência - melhor, se se aceita falar de independência em relação aos assim chamados países africanos (e não só), já se aceitou forçosamente a opressão dos pretos, das mulheres, dos homossexuais, etc, etc, ad nauseam.

Já se aceitou a hipocrisia. Já se ofereceu o poder aos fariseus.

muja disse...

Portanto, é óbvio que as universidades americanas estão dominadas pela doutrina dos "safe spaces" - que não é outra que a das "independências".

Isto é, da segregação em nome do anti-racismo.

E, em breve, será a vez das europeias. Em Inglaterra também já há disso, e em França pouco deve faltar, se já lá não chegou também.

Cá chegará, igualmente, a seu tempo.

muja disse...

De uma forma geral, é uma consequência do princípio da justiça de causas.

Está aí um dos fundamentos perniciosos que permite tudo isto.

E estabeleceu-se firmemente no fim da 2ª GG - com Nuremberga - embora venha de antes.

Houve uma modificação radical do Direito.

Passou a admitir-se que os fins justificam os meios.

Assim, massacrar milhões de pessoas em nome do racismo é um crime terrível. Em nome do anti-racismo, poderá ser uma necessidade.

O que se condena em nome do nazismo, admite-se em nome do comunismo.

Uns praticam censura, outros reprimem crimes de ódio.

São as causas reivindicadas(!) que condenam ou absolvem.

muja disse...

Outro princípio que foi à vida, por consequência desse, é o da não-retroactividade das leis penais.

Daí toda a histeria com os Descobrimentos cá, as estátuas nos EUA, os museus e memoriais, a toponímia, etc.

É a erosão desse princípio. Aliás, erosão é eufemismo. Já foi completamente estilhaçado.

Há já muita gente, eventualmente maiorias em certos países, que aceitam a negação desse princípio em relação a causas "más".

É uma questão de tempo até se efectivar no Direito propriamente dito.

josé disse...

"Ora, essa sociedade moderna é inescapável, como se provou à saciedade, e penetrou todas as realidades humanas em todos os lugares do planeta."

Seja bem vindo à teoria dos ventos da História. Ahahhah!

josé disse...

É a correcta, politicamente. Ahhahahahahahah!

Miguel D disse...

"De uma forma geral, é uma consequência do princípio da justiça de causas."

Eu vejo aqui o prelúdio de um processo de reparações.
Ou seja, com a actual doutrina da divisão do mundo entre oprimidos e opressores baseada em categorias como a etnia ou orientação sexual, cria-se o caldo cultural apropriado à emergência de direitos e obrigações entre grupos: determinadas etnias têm direitos ou obrigações, consoante o papel que, putativamente, terão desempenhado na história.
Depois é uma questão de tempo até esses direitos terem uma equivalência financeira e se proceder a expropriações. Seja pela via fiscal, mais "civilizada" e em certa medida já em curso, seja pela simples apreensão de bens.
Desde a Revolução Francesa (no caso caso, desde as guerras liberais) que sabemos que a doutrina e a ideologia podem ser de grande utilidade para o roubo em larga escala. Justificam tudo e tranquilizam as consciências.

Pedro disse...

Caro José.

Se fosse o D. João II a estar no poder nos anos 60 e 70 do século passado e tivesse deixado a situação deteriorar-se sem tentar uma transição controlada, sem dúvida que teria sido ele o culpado.

Mas duvido muito que um D.João II demonstrasse o nível de cegueira e incapacidade dos governantes do estado novo. Ele era inteligente e com certeza saberia ver que os tempos tinham mudado e era necessário uma transição controlada.

Pedro disse...

Caro Miguel.

Só desde a revolução francesa?

Vossa excelência não estará a esquecer, por exemplo, o roubo generalizado da propriedade judaica levada a cabo pelos reis cristãos e pela igreja ao longo de mais de mil anos?

Pedro disse...

Caro Muja.

Quem começou a abalar o principio da não retroactividade das leis foram os seus amigos americanos em Nuremberga.

De qualquer maneira, em crimes de estado contra os direitos humanos a aplicação desse princípio seria problemática visto que na maior parte dos casos, precisamente, consistem em estados fazerem leis que violam esses direitos.

muja disse...

Não creio ser vindo a essa teoria.

Eu falo de uma tendência materialista e tecnocrática.

Nada que ver com impôr a segregação em nome do anti-racismo que é o significado desses ventos da história.

Aliás, não deixa de ser irónico que o último sítio a sucumbir fosse o que impunha já a sua própria segregação.

Portanto, quem subscreve os ventos da história subscreve, implicitamente pelo menos, o politicamente correcto. Em todo caso, aceita-lhe as premissas.

muja disse...

Miguel,

os direitos e obrigações entre grupos já se adivinha o que vai ser.

A um grupo tudo se deve e nada se cobra. Aos outros o contrário.

Por enquanto ainda dá ideia que o primeiro são vários, mediante as categorias superficiais que promove mas, esgravatando, lá está sempre certa e determinada comunidade para quem esse desiderato é do domínio da escatologia.

josé disse...

Os ventos da História são precisamente os da "tendência materialista e tecnocrática".

São tudo o que conduz à mudança, porque "todo o mundo é feito de mudança, tomando sempre novas qualidades".

muja disse...

Não sei como é que isso, de si só, preconiza as pseudo-independências africanas, por exemplo.