quarta-feira, agosto 26, 2020

Negligência médica em Reguengos?

Esta notícia do CM de hoje dá conta da história de uma das vítimas mortais do lar de Reguengos. Uma mulher ainda jovem, cuidadora no lar foi infectada e o médico que a acompanhou "só lhe dizia para ficar deitada e tomar ben u ron que aquilo passava", segundo conta o marido.

Se isto for assim e a simplicidade da história for esta, parece que haverá negligência médica, grave. Parece porque com o jornalismo do CM nunca se sabe e isso é outro infortúnio. O rigor deste jornalismo tipo pente-fino é sempre para desconfiar e não tomar como certos estes factos. É o jornalismo do género para quem é, bacalhau basta.
A sensação acima de tudo. Neste caso a de acusar os médicos de actos negligentes,  graves. E este acto de acusação é também grave pelo que significa, mas este jornalismo nunca é punido por estas coisas. A sensação ganha sempre.

Assim:


Se estes factos forem verdadeiros e a explicação para o que aconteceu se ficar por aqui, sem mais, o que aliás duvido, devido a este jornalismo, resta dizer que há indícios de crime e responsabilidade de médicos. E não se trata de cobardia mas de algo pior.

Quanto aos políticos e ao seu chefe máximo, no Governo, a responsabilidade é também simples de analisar: o manhoso que governa não percebe nada de medicina ( entre outras coisas), confunde vírus com bactérias e fica tudo dito, por aí. Porém, tem a responsabilidade máxima de escolher quem saiba das matérias que governa e são muitas.
Se escolher mal e os serviços respectivos estiverem mal organizados por causa dessas escolhas, a responsabilidade pertence-lhe por inteiro e não se deveria descartar com a facilidade com que o faz.

Se os médicos do referido Lar não deram assistência que podiam e deviam dar, a responsabilidade individual pertence-lhes. Se foram escolhidos por um poder político que escolheu mal, a responsabilidade é de quem o fez, ou seja uma ARS ou outra entidade dependente do Governo do manhoso que agora está lá.

Veremos como isto se resolve e se o jornalismo afina estas penteadelas.

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