sábado, março 13, 2021

A justiça tem um problema a resolver pelo CSM: Ivo Rosa

 A capa do CM de hoje é explícita: o juiz Ivo Rosa terminou a exclusividade num processo- o do Marquês- para retomar a titularidade e "agarrar" os processos dos amigos de Sócrates, no caso os processos da EDP e da Octapharma ( que a toleima do CM insiste em apelidar de "máfia do sangue", num título pindérico inspirado pela mesma jornalista do "pente fino").

A clareza da notícia dá conta de um facto objectivo: o juiz Ivo Rosa adiou o processo Marquês ( entregando-o a uma "assessora" para "formatar" o texto...e declarando que a decisão instrutória ficaria para as calendas do fim do estado de emergência, como se tal fosse necessário) para poder dedicar-se novamente a esses dois, mais prementes e de urgência, com uma evidência: "tirar Carlos Alexandre dos processos", como aconteceu, revertendo logo decisões deste juiz e tomando outras, no mínimo polémicas e sujeitas a recursos. Relativamente a estes já vai com 14 derrotas, sem que o CSM pestaneje sequer quanto ao valor técnico-jurídico do dito juiz, para não falar de mais nada.

Quem fala, aliás,  é o próprio Ministério Público que deduziu já dois incidentes de suspeição em tais processos imputando ao juiz Rosa a incapacidade de manter isenção e imparcialidade, perante factos conhecidos, mormente os relativos a intervenções extemporâneas em tais processos que desse modo se afiguram suspeitas. O CSM, quanto a isto,  não tuge nem muge, até agora. Tal como no caso do escândalo da Relação , Rangel e outros. Depois vem rasgar as vestes e que protestar que não sabia...


 

 Para entender melhor de quem se trata tudo isto e qual a subtileza de actuação de toda esta gente convém ler esta página do Sol de hoje, sobre um assunto periférico- a localização de um novo aeroporto na região de Lisboa- para se entender como é que funciona a perfídia dissimulada de um governante que capitaneou o país para a terceira bancarrota em menos de 40 anos.


Com esta gente tudo é motivo para desconfiar porque tudo é suspeito. Principalmente o que parece sê-lo.

 

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