Público de hoje, artigo do antigo maoista Pacheco Pereira, cujas peias ideológicas nunca o abandonaram. O maoismo, sendo um dos totalitarismos esquerdistas que assolaram as democracias europeias nos anos setenta, pretendia "libertar" os oprimidos do capitalismo em nome da luta de classes marxista. Basta atentar na retórica programática de tais movimentos políticos para qualquer pessoa entender onde pretendiam chegar: ao controlo do Estado, dizimando politicamente e literalmente também, quem se lhes opusesse.
A "Revolução Cultural" chinesa, dos anos sessenta e setenta, tanto aplaudida pelos maoistas de cá e de lá, foi algo que nenhum regime autoritário europeu da época organizou ou sequer tentou ideologicamente impor, ao contrário do que pretendiam pessoas como Pacheco Pereira que agora vituperam o regime de Salazar como se fosse uma expressão do fascismo e se apresentam como defensores de uma liberdade que nunca estimaram, nunca praticaram nem entendem conveninente, antes ou agora. Por isso continuam antidemocratas e tendencialmente totalitários.
A prova é o escrito de Pacheco Pereira no Público, outro estenderete de enormidades que só o revelam como realmente é, ideologicamente. A diabolização de um espectro agora assenta no Chega, ou os comentadores de redes sociais mais afoitos contra a esquerda, mas já teve como alvo um Paulo Portas, por exemplo.
A prova da desmesura deste cripto-totalitário de sempre, esquerdista empedernido na anti-democracia é o escrito quatro páginas atrás, no mesmo Público, de António Barreto que aliás foi comunista, convenientemente exilado para fugir ao regime de Salazar, mas que entende que a democracia comporta pelo menos a tolerância aos extremos em modo opinativo ou de simples discussão de termos. Pacheco Pereira está a milhas ideológicas desta tolerância.
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