Depois de 25 de Abril de 1974 deixou de existir censura, através de exame prévio das publicações. Mas terá deixado mesmo de haver censura?
Num artigo de 4 páginas da revista Seara Nova, de Setembro de 1974, ( revista ligada ao PCP e dirigida por Rodrigues Lapa e Vasco Martins) dois autores - Vasco Gomes da Silva e Manuel Lemos- defendem uma curiosa teoria sobre a informação pós-censura. O escrito demonstra inequivocamente uma intenção: cercear a liberdade de escrita e de informação, em nome dos mesmíssimos valores apresentados como justificativos da censura do Estado Novo: tranquilidade e paz social.
Em dada altura do escrito, colocam assim o problema, muito concretamente, sugerindo títulos a evitar nas notícias publicadas:
Num artigo de 4 páginas da revista Seara Nova, de Setembro de 1974, ( revista ligada ao PCP e dirigida por Rodrigues Lapa e Vasco Martins) dois autores - Vasco Gomes da Silva e Manuel Lemos- defendem uma curiosa teoria sobre a informação pós-censura. O escrito demonstra inequivocamente uma intenção: cercear a liberdade de escrita e de informação, em nome dos mesmíssimos valores apresentados como justificativos da censura do Estado Novo: tranquilidade e paz social.
Em dada altura do escrito, colocam assim o problema, muito concretamente, sugerindo títulos a evitar nas notícias publicadas:
Esta revista, nas duas páginas que seguem e nas duas seguintes, mostra à saciedade, a ideia-mestra de controlo da informação, como desiderato desejável, em nome... do povo.
Na última página, onde se indica a bibliografia consultada- S. Tchakhotin, H. Lefèbvre, H. Marcuse e G. Luckacs, autores proibidos antes de 25 de Abril 74- escreve-se o seguinte:
"É nossa opinião que os meios de comunicação poderão ter influência ao nível da ideologia pela forma como inculcam um estilo de vida e uma mitologia que pode levar ao conformismo e à renúncia".
E ainda a cereja vermelhinha no topo deste bolo de noz moscada:
"Os meios de comunicação operam com grande eficácia num regime de monopólio psicológico só e quando acompanhados por uma prática social que esteja de acordo e seja coerente com a ideologia que lhe está subjacente".
Que ninguém tenha a mínima dúvida: o PCP e o actual BE, a primeira coisa que fariam logo chegados ao poder, seria estabelecer a mais férrea censura. Fá-lo-iam ao abrigo das melhores intenções e sem admitir alguma vez os intuitos censórios. A semântica serve para isso.
Na última página, onde se indica a bibliografia consultada- S. Tchakhotin, H. Lefèbvre, H. Marcuse e G. Luckacs, autores proibidos antes de 25 de Abril 74- escreve-se o seguinte:
"É nossa opinião que os meios de comunicação poderão ter influência ao nível da ideologia pela forma como inculcam um estilo de vida e uma mitologia que pode levar ao conformismo e à renúncia".
E ainda a cereja vermelhinha no topo deste bolo de noz moscada:
"Os meios de comunicação operam com grande eficácia num regime de monopólio psicológico só e quando acompanhados por uma prática social que esteja de acordo e seja coerente com a ideologia que lhe está subjacente".
Que ninguém tenha a mínima dúvida: o PCP e o actual BE, a primeira coisa que fariam logo chegados ao poder, seria estabelecer a mais férrea censura. Fá-lo-iam ao abrigo das melhores intenções e sem admitir alguma vez os intuitos censórios. A semântica serve para isso.
3 comentários:
As várias sub-seitas da Grande Seita Socialista têm pelo menos uma coisa em comum:um Santo Horror à Liberdade seja ela qual for.O PCP-Stalinista,o BE-Trotskista e o PS-Socialo/Jacobino são simples versões portuguesas desse grande ódio.
Imparável caro José. -- JRF
Por hoje chega. Amanhã é dia de pica boi, como se dizia quando era pequeno.
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