Mário S. está no Prós & Contras a dizer coisas graves: sobre a Justiça, disse que os magistrados do MP ( principalmente estes, porque os juízes são mais discretos, diz) andam a fazer fretes à comunicação social.
Mário S. está muito esquecido. Tem saudades do tempo de Cunha Rodrigues, Almeida Santos a mandar nas leis e um MP respeitador, venerador e obrigado a sua Excelência. .
As notícias do Independente, nessa altura, não vinham do MP: vinham dos adversários políticos.
Infelizmente, no programa não está ninguém que lhe diga umas tantas verdades que anda outra vez a precisar de ouvir. No altura mais acesa do processo Casa Pia, andou muito, mas mesmo muito calado. E nem disse nada, nessa altura, sobre os males da Justiça. Pelos vistos, anda outra vez com vontade de intervenção...
Sobre fretes, vejo o reflexo de um agora mesmo, no programa: Leonor Beleza foi acusada no processo dos hemofílicos. Ainda hoje estes clamam por justiça que sentem não ter sido feita. O tal Mário S. foi um dos que se manifestou em modo de frete, para defender aquela.
Quem o disse, aliás, foi o actual bastonário dos advogados, Marinho e Pinto, que no Diário do Centro, de 15.3.2000, escreveu assim:
"Mário Soares manifestou um profundo desprezo pela independência da justiça portuguesa e tentou pressionar publica e indevidamente magistrados no exercício das suas funções, aparecendo publicamente a solidarizar-se com Leonor Beleza no caso dos hemófilicos e proferindo declarações gravíssimas para a idoneidade e independência de magistrados.
Tudo para impedir um julgamento de uma figura política, apesar de haver fortíssimos indícios da prática dos delitos imputados. Soares, como advogado que foi sabia que, perante certos factos, só em julgamento é que se pode verdadeiramente apreciar a culpabilidade ou inocência das pessoas envolvidas, mas tudo fez, juntamente com outros políticos, para impedir esse julgamento."
Entretanto o programa está a terminar e algumas perguntas se impõem: que interessa aos portugueses de hoje, o que estas pessoas de ontem continuam a dizer depois deste tempo todo?
Que credibilidade e seriedade representam em si mesmos, estes indivíduos do discurso único, das referências unificadas da política de um bloco central gasto, velho, sem novidade alguma?
Não há mais ninguém para falar deste tempo e da herança do tempo de há 35 anos?
Não será isto a verdadeira censura, sob a forma do discurso unificado e sem alterantiva?
Mário S. está muito esquecido. Tem saudades do tempo de Cunha Rodrigues, Almeida Santos a mandar nas leis e um MP respeitador, venerador e obrigado a sua Excelência. .
As notícias do Independente, nessa altura, não vinham do MP: vinham dos adversários políticos.
Infelizmente, no programa não está ninguém que lhe diga umas tantas verdades que anda outra vez a precisar de ouvir. No altura mais acesa do processo Casa Pia, andou muito, mas mesmo muito calado. E nem disse nada, nessa altura, sobre os males da Justiça. Pelos vistos, anda outra vez com vontade de intervenção...
Sobre fretes, vejo o reflexo de um agora mesmo, no programa: Leonor Beleza foi acusada no processo dos hemofílicos. Ainda hoje estes clamam por justiça que sentem não ter sido feita. O tal Mário S. foi um dos que se manifestou em modo de frete, para defender aquela.
Quem o disse, aliás, foi o actual bastonário dos advogados, Marinho e Pinto, que no Diário do Centro, de 15.3.2000, escreveu assim:
"Mário Soares manifestou um profundo desprezo pela independência da justiça portuguesa e tentou pressionar publica e indevidamente magistrados no exercício das suas funções, aparecendo publicamente a solidarizar-se com Leonor Beleza no caso dos hemófilicos e proferindo declarações gravíssimas para a idoneidade e independência de magistrados.
Tudo para impedir um julgamento de uma figura política, apesar de haver fortíssimos indícios da prática dos delitos imputados. Soares, como advogado que foi sabia que, perante certos factos, só em julgamento é que se pode verdadeiramente apreciar a culpabilidade ou inocência das pessoas envolvidas, mas tudo fez, juntamente com outros políticos, para impedir esse julgamento."
Entretanto o programa está a terminar e algumas perguntas se impõem: que interessa aos portugueses de hoje, o que estas pessoas de ontem continuam a dizer depois deste tempo todo?
Que credibilidade e seriedade representam em si mesmos, estes indivíduos do discurso único, das referências unificadas da política de um bloco central gasto, velho, sem novidade alguma?
Não há mais ninguém para falar deste tempo e da herança do tempo de há 35 anos?
Não será isto a verdadeira censura, sob a forma do discurso unificado e sem alterantiva?