"O meu critério é uma coisa muito simples: é estudar e...passar!" - Primeiro-ministro hoje, no Parlamento, no debate sobre a Educação.
Muito simples mesmo. O exemplo, pode ser o do próprio José S. : estudou e...passou.
E passou a um Domingo e com exame por fax.
29 comentários:
EU também preferia ter feito como ele, mas não foi possível! Tive mesmo de estudar numa universidade que não fazia exames ao fim-de-semana e era pública!
Daí, um destes dias ele ainda vir dizer que as privadas trabalham mais porque até trabalham ao fim-de-semana!
A utilização que o PM de Portugal fez das críticas, invocando o programa Novas Oportunidades, perguntando a Paulo Rangel se está contra as 800.000 pessoas que se estão a esforçar para completar os seus estudos, é uma característica muito acentuada de demagogo. E a demagogia neste caso é da mais perigosa, porque visa o voto de bandeja por associação do PSD aos que lhes querem roubar os cursos. Já perdeu a noção dos limites, como se nota no tom e na maneira como abusa do tempo concedido para falar, mais do que impróprio para consumo.
"é estudar e...passar!"
Pois espero que os portugueses concordem com o critério nas próximas eleições e lhe respondam "passe bem"!
Hehe, também vi essa e pensei logo nisso. E tratei de mudar de canal, que já estava a meter nojo. -- JRF
Nunca deixarei de me surpreender com o silêncio (cúmplice?...) dos componentes da "Tenda do Faustino", quando este aldrabão "diplomado" aborda o tema "educaçâo" .
Nem ao menos a sombra de um sorriso irónico...
Agora era passá-lo, mas a ferro.
Excelente post.
Como é possível que o PM não tenha sequer um pouco de vergonha quando fala de educação. Ele sabe que todos sabem o seu percurso académico. Que lata!
Se neste tema nos aldabra assim, certamente também o faz em tudo o resto. Já ninguém o pode levar a sério.
hajapachorra,
Pessoalmente preferia crucificá-lo, não é ele que diz que "é uma cruz que traz ás costas" ?
Deve despachar-se, se ninguém o ajudar cá estou eu com o meu martelo de orelhas pronto a aliviá-lo do peso da cruz ...
Calma! Não é preciso um mártir. Basta um pontapé bem assente da região politicamente nadegueira, na altura própria.
Este Presidente do Concelho é um espanto. « estudar e ...passar» maravilha!
A Bem da Nação.
O Homem tem razão, estudar o que fiz e, passar a ferro ou a minha professora de Lavores e a avô Clara não fossem levadas da breca!
Infelizmente, o nosso país, está cheio de exemplos de pessoas mal formadas a vários níveis que quando incumbidas de um poder de autoridade só têm como critério para o seu exercício, a agressão dirigida a quem melhor se "encontre em condições de apanhar".
E só batem mesmo em quem não tem o seu tamanho e portanto, no seu entender, menos possibilidades de defesa.
Isto sempre crentes que quanto mais baterem, nem que seja no morto, maior será o reconhecimento e a notoriedade pública pelo seu exercício da autoridade.
Não admira pois que numa cultura democrática tão pobre e tão pouco digna o país tenha um PM que estudou e passou a um domingo. Chama-se a isto trabalho de mérito : dedicação integral e trabalho a tempo inteiro sem descanso semanal. Quem pode pedir melhor ?
“Purgatorium”
O Purgatório (“fogo temporário”), espaço definido entre o Céu e o Inferno, foi oficialmente criado na segunda metade do século XII pela Igreja, para permitir que os bons católicos pudessem emprestar dinheiro a juros sem irem directos para o Inferno, que era o castigo indicado para a usura. O martírio era igual ao do Inferno, mas com prazo estipulado. Depois de purgada, a alma do cristão ia para o Céu com a ficha limpa. E os lucros com os juros em vida mais do que compensavam o sofrimento temporário depois da morte. É por isto que o Zézito e o gangue fogem do “enriquecimento ilícito” como o Diabo da Cruz. Iriam directos para o Inferno!
Com o Magalhães e Simplex, nos exames vai ser maravilhoso, basta copy/paste na net e enviar por email para o prof.
Por falar em Simplex, hoje estive nos novos serviços do Min.da Justiça no Parque das Nações.
Maravilhoso, pedir um certificado de registo criminal! Tirei senha às 11h e fui atendido às 18h!!!! Maravilhoso, quase segundo-mundo, um terceiro assim com prédios novos e coiso e tal.
7 horas portanto, para pedir um papel....
Ele bem pode dar uma entrevista por dia à RTP, a inventar todas as tretas que quiser, que eu mando-o p'ro c........araças!!!
Sócrates defende o sistema de ensino que frequentou.
A bandalheira total.
É o que já acontece. O 12º já é oferecido quando for obrigatório pior.
Pouca sorte terão os de mérito que irão ter que concorrer no mercado com inaptos.
Para mim nada mais é que uma espécie de "concorrência desleal".
As faculdades seguem o mesmo caminho, de públicas a privadas, (com raras excepções) "vendem" os cursos.
O problema é que não sei se há alguma instituição que ainda se preocupa em procurar o mérito, seja ele qual for.
Do que conheço do CEJ, escola de formação de magistrados, o mérito é saber muito Direito.
Não estou a exagerar.
E julgam que está tudo feito.
O CEJ nunca devia ter abolido o requisito da idade mínina para ingresso. Depois disso, tenho assistido à saída de magistrados que são verdadeiros "imaturos" e em idade de ainda pedirem conselhos aos papás quanto à condução das suas vidas quanto mais serem capazes de pensar pelas suas cabecinhas. Se tivermos em conta que têm de tomar decisões sobre a vida e destinos alheios...ficamos aterrorizados.
Do que tenho visto em estagiários, não está pior do que estava. Sabem Direito.
O problema é mais geral: vem já das faculdades e do ensino em geral.
Os magistrados seleccionados para o CEJ, têm obrigatoriamente que saber Direito.
Esta disciplina ( incluindo noções de Penal e Civil mais as leis processuais) ajuda a formatar um certo espírito e modo de pensar.
É nessa formatação que ocorre o perigo.
Mas não sei como evitar isto.
A bandalheira do básico vai estender-se ao secundário. Porreiro, pá!
Saber direito ou ser um bom técnico não chega para julgar. E a informática veio ajudá-los e muito, mas no pior sentido. Ler uma sentença de 10 páginas onde 2 versam sobre a questão a dirimir e 8 são preenchidas com doutrina e jurisprudência é sinal disso mesmo. O problema vem de trás? Sem dúvida, mas isso não chega para desculpar na selecção, até porque há muitos candidatos... E isso faz-me lembrar as desculpas dos docentes do ensino superior: já vêm atrasados da primária. Então, porque os passam? Porque validam conhecimentos que não têm, nem demonstram?
Leonor,
passam-nos pela mesma razão que os tribunais não condenam criminosos que "toda a gente vê que são criminosos": leis mal feitas.
Esse é outro problema, sem dúvida. Mas, sorry!, um bom Juiz até nas leis mal feitas se destaca!
«não condenam criminosos que "toda a gente vê que são criminosos"»?
É uma afirmação ampla demais e susceptível de erros. Não será bem assim.
"um bom Juiz até nas leis mal feitas se destaca!", De acordo. Tal como um bom Professor. Já quanto às amplitudes e susceptibilidades de erros... é que me parece não poder subscrever por completo. Não tenho visto muitos Juízes a destacarem-se nas leis mal feitas ( pelo menos nos casos que vamos conhecendo pela imprensa). Quer uma lista de casos por ordem alfabética ou cronológica?
(Não veja isto como um ataque ou menorização dos Juízes.Acredite.)
cfr:
Quem discorda, como é o meu caso em muitas matérias, corre o risco de ser injusto e ser lido como atacante ao expressar essa discordância, porém nem sempre assim é. Por vezes, falta-me o engenho da escrita na exposição das ideias, outras, a capacidade de síntese, outras ainda, o domínio do assunto. Mas se há coisa que nunca faço ou tento não fazer: é generalizar. Há excelentes juízes e excelentes procuradores. Muitos fazem muito mais do que aquilo que lhes seria exigido ou pedido atentas as circunstâncias e, no entanto, são inexcedíveis. Confesso que aprecio os mais velhos, sinto-lhes outra ponderação e serenidade, mais traquejo a lidar com as situações, menos arrogância e sem medo de decidir.
Outra nota: assistir ao destaque dos bons Juízes nas leis mal feitas não é coisa que se veja na comunicação social. É no dia a dia e na barra do Tribunal.
Última nota: no que diz respeito à Justiça, nunca confie inteiramente no que vai lendo na comunicação social. São dois mundos absolutamente diferentes e com tempos e princípios diametralmente opostos.
"Muitos fazem muito mais do que aquilo que lhes seria exigido ou pedido"... pois eu acho que esse é um dos problemas... o esforço que muitos fazem para seguir determinada direcção...
Já sei! "Ai vml, vml..." eheheheh
Pronto VML!
Para não o deixar ficar mal, aqui vai: ai vml, vml...
O critério devia ser "aprender e passar". A diferença está no enfoque: deve passar quem aprende. O Esforço (estudar) é muito bonito no eduquez mas não é (apenas) com esforço que se fazem pontes que não caem; é preciso saber fazê-las.
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