
Faz hoje 40 anos que decorria, pelo segundo dia, o festival de Woodstock. Na época, em Portugal quase nem se terá falado do evento.
Só mais tarde, com o aparecimento do filme, em 1971 e do triplo Lp, seguido de um outro ( o espectáculo durou três dias e a música gravada daria para o quíntuplo do que se conhece), começaram as "análises críticas", com significado político implícito.
Por exemplo, esta, de Mário Correia, na revista Mundo da Canção de 20.4.1972 e que se estendeu por quatro números daquela revista surgida apenas em Dezembro de 1969. Por este artigo se podem ler e perceber o alcance do que podia ser escrito em Portugal, numa época de censura, sobre um acontecimento que questionava abertamente a guerra dos USA no Vietnam e que obviamente servia de mote para a crítica à nossa guerra no Ultramar.
O jornal i de ontem, relata algumas das vicissitudes políticas que rodearam o visionamento do documentário de Michael Wadleigh e que saiu por cá em 1971 depois de ter sido estreado lá fora no ano anterior. O artigo da Mundo da Canção reflecte essas vicissitudes em frases precisas, ao longo de 4 números . Por exemplo " os tempos estão a mudar", sobre o "inconformismo da juventude originado por um complexo conjunto de insatisfações e protestos".
O articulista da Mundo da Canção citava na parte final do artigo a revista Look, um semanário americano que concorria com a Life, tipo Flama ou Século Ilustrado.
Mas o sumo e essência do artigo não vinham da Look...e a censura do regime político de 1969, não andava a dormir, embora no caso da Mundo da Canção, fizesse de conta. Pelo menos até ao número 34, em que apareciam na capa, com todo o destaque, os discos LP de José Mário Branco, margem de certa maneira; de José Afonso, eu vou ser como a toupeira e José Jorge Letria, até ao pescoço, para além da Fala do Homem nascido, de um colectivo em que avultava o nome de José Calvário e José Niza e ainda Samuel ou Carlos Mendes, bem como o Lp de Mário Viegas, palavras ditas.
A Censura de início de 1973 achou e era demais e esse número da revista foi logo apreendido.

Para maiores desenvolvimentos, ler a Loja de Esquina.
Só mais tarde, com o aparecimento do filme, em 1971 e do triplo Lp, seguido de um outro ( o espectáculo durou três dias e a música gravada daria para o quíntuplo do que se conhece), começaram as "análises críticas", com significado político implícito.
Por exemplo, esta, de Mário Correia, na revista Mundo da Canção de 20.4.1972 e que se estendeu por quatro números daquela revista surgida apenas em Dezembro de 1969. Por este artigo se podem ler e perceber o alcance do que podia ser escrito em Portugal, numa época de censura, sobre um acontecimento que questionava abertamente a guerra dos USA no Vietnam e que obviamente servia de mote para a crítica à nossa guerra no Ultramar.
O jornal i de ontem, relata algumas das vicissitudes políticas que rodearam o visionamento do documentário de Michael Wadleigh e que saiu por cá em 1971 depois de ter sido estreado lá fora no ano anterior. O artigo da Mundo da Canção reflecte essas vicissitudes em frases precisas, ao longo de 4 números . Por exemplo " os tempos estão a mudar", sobre o "inconformismo da juventude originado por um complexo conjunto de insatisfações e protestos".
O articulista da Mundo da Canção citava na parte final do artigo a revista Look, um semanário americano que concorria com a Life, tipo Flama ou Século Ilustrado.
Mas o sumo e essência do artigo não vinham da Look...e a censura do regime político de 1969, não andava a dormir, embora no caso da Mundo da Canção, fizesse de conta. Pelo menos até ao número 34, em que apareciam na capa, com todo o destaque, os discos LP de José Mário Branco, margem de certa maneira; de José Afonso, eu vou ser como a toupeira e José Jorge Letria, até ao pescoço, para além da Fala do Homem nascido, de um colectivo em que avultava o nome de José Calvário e José Niza e ainda Samuel ou Carlos Mendes, bem como o Lp de Mário Viegas, palavras ditas.
A Censura de início de 1973 achou e era demais e esse número da revista foi logo apreendido.

Para maiores desenvolvimentos, ler a Loja de Esquina.