quarta-feira, junho 22, 2011

Época de fogos

A Bola: (?)

A directora do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) pediu, esta quarta-feira, uma reunião de urgência à nova ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, na sequência das notícias sobre o copianço ocorrido durante um teste a futuros magistrados.

Em comunicado, a desembargadora Ana Luís Geraldes informa que pediu a reunião «face à torrente de notícias sobre o CEJ que continuam a ser veiculadas e que põe em grave risco a imagem e credibilidade da instituição».

Recorde-se que após a detecção do copianço durante um teste de 137 futuros magistrados do Ministério Público e juízes, a direcção do CEJ decidiu anular o exame e atribuir a classificação de dez valores a todos os examinandos, decisão que tem gerado várias críticas.

Face à polémica, o CEJ decidiu então elaborar o um novo teste, que agora não será do tipo americano, isto é, com cruzes, bem como instaurar um inquérito para averiguar o copianço generalizado. 12:35 - 22-06-2011


Comentário: A directora do CEJ, desembargadora, não teve o cuidado em preservar a imagem da instituição e agora queixa-se disso.

Aprendeu, porventura à sua custa, que os media chamam um figo a tudo o que possa recender a escândalo com as instituições judiciais. Mesmo involuntariamente contribuiu de modo decisivo para esse escândalo em vários momentos.

O primeiro quando decidiu atribuir nota mínima positiva a um teste que segundo consta poderá ter sido alvo de fraude na sua elaboração pelos auditores. Antes disso, o sistema de testes "americanos " é uma extravagância que é tida como normalíssima em escolas tipo CEJ.

Assumiu assim que o teste era um teste normal tipo faculdade e tal potenciou o equívoco que alastrou como fogo na palha. Depois de o ver arder não procurou um único balde de água ou extintor e deixou lavrar.

Quando apareceram os bombeiros do CSM e os comentadores que fizeram coro com os mediáticos pirómanos, encolheu-se ainda mais e assumiu um erro que não devia. Não se manifestou contra essa gente que escolhe o tempo que lhe convém e o modo que lhe assenta melhor para guardar lugares. Não explicou às pessoas o que é o CEJ e porque é um erro insistir que é uma escola como as outras.

Foi amplamente desautorizada pelos bombeiros pirómanos e ainda assim deixou-se estar no lugar que já perdera de facto.

Obviamente, resta-lhe um último assomo para o rescaldo: demitir-se.

PS. às 23:55, depois de ler o Sol :

A directora do Centro de Estudos Judiciários, Ana Luísa Geraldes, apresentou a demissão à nova ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, que aceitou o pedido de imediato, soube o SOL.

Debalde. O mal está feito, mas do mal o menos. Mas...vai sozinha?

Questuber! Mais um escândalo!