quinta-feira, julho 26, 2012

O risco é do BES...

 Daqui:
A Parque Expo venderá a maior sala de espectáculos de Lisboa ao consórcio formado por Luís Montez, pela promotora R&B e pela equipa de gestão daquele equipamento de eventos lisboeta. A decisão foi tomada hoje (26 de julho) em Conselho de Ministros e conhecida há poucos minutos.

As propostas da AEG e da Everything Is New (de Álvaro Covões, em associação com a CIP e Cunha Vaz), foram assim derrotadas.


O consórcio vencedor, suportado pelo fundo de risco BES PME (do grupo Espírito Santo), pelo lado de Luís Montez, e assessorado pelo BIG da parte da Ritmos & Blues, tem já parcerias assinadas com outras entidades como a PT, a EDP e a Super Bock. 


Dantes quem financiava estas coisas era o BCP ou a CGD. Ou o BPN, que também ajudava nestas festas. Agora é o BES...


4 comentários:

Unknown disse...

Sempre fica nas mãos de alguém com ligações ao Estado, não é verdade? Ainda que por afinidade, que isto de ser genro do títular do orgão de soberania singular...

Karocha disse...

Pois!!!

Unknown disse...

Aparentemente uma excelente privatização: afinal o consórcio vencedor era aquele que mais encaixe financeiro permitiria ao Estado, segundo o Governo. Aparentemente, pois vejamos.
O Pavilhão de Portugal na Expo foi vendido ao consórcio entre a empresa de Luiz Montez e o BES. O BES terá afinal financiado a operação através do “fundo de capital de risco BES – PME”.
O Fundo BES-PME é financiado e apoiado pelo QREN/Compete http://www.pofc.qren.pt/compete/portfolio/fundos-de-capital-de-risco/entity/fundo-de-capital-de-risco--pmebes?fromlist=1 ou seja a Sociedade Gestora a ES Capital investe em empresas dinheiro que recebe de fundos comunitários. Faz esses “investimentos” directamente pela ESCapital (ou ES Ventures), ou indo-se refinanciar ao Fundo de Sindicação de Capital de Risco, que é gerido pelo Ministério da Economia, através da PME Investimentos e do IAPMEI.
Ora este Fundo Público que sindica as operações de capital de risco neste QREN já se financiou em mais de 200 milhões de Euros, com os quais, sindicou operações em montantes equivalentes http://www.pofc.qren.pt/areas-do-compete/financiamento-e-capital-de-risco/projectos-aprovados/page/1?area=5&search=y.
Na prática a ES Capital, que está sob supervisão da CMVM http://web3.cmvm.pt/sdi2004/capitalrisco/ficha_fcr.cfm?num_fun=%24%23%24%5B%5B%22P%20%20%0A recebe pelo menos aquilo que investiu ou emprestou do Estado via QREN Capital de Risco. E ainda cobra operações de gestão, avaliação e os muito naturais spread’s numa época de liquidez reduzida.
Sabendo-se que o BES está descapitalizado, sabendo-se que é uma operação de risco, nada mais natural que seja o Estado e fundos públicos a garantirem o risco, que o BES e Luiz Montez parecem suportar. Afinal tudo está bem quando acaba em bem.
O sogro de Luís Montez, o Prof. Cavaco com certeza não percebe nem quererá perceber a subtileza desta engenharia financeira, pela qual o Estado vende um bem público único, a privados, que garantem o financiamento e o risco, no próprio Estado. É a natureza das coisas. A rentabilidade e o risco que estes “privados” estão dispostos a assumir. O risco de poder lucrar, livrando o Estado de tão grande encargo.

lusitânea disse...

Prontos mais um "investimento" produtivo.E pelos vistos de alto risco.Agora só falta a promoção do kuduro...e já agora das mornas!Sim porque pretos somos já todos nós!

Megaprocessos...quem os quer?