sexta-feira, agosto 14, 2015

Afinal, onde está o Mal?

No editorial à edição desta semana da revista francesa L´Obs, o seu director durante muitos anos ( e um dos fundadores, em 1964) Jean Daniel, de ascendência judaica, escreve sobre o Mal da bomba nuclear, dando razão aos que pensam que nunca houve um Mal tão potencial como esse, uma vez que o arsenal atómico actual assegura a destruição de todo o planeta  em poucos instantes.
O autor entrevistou Robert Oppenheimer, em Los Alamos, local do desenvolvimento do projecto atómico.
O professor Oppenheimer confessou-lhe então que toda a gente deveria colocar-se a questão do uso da energia nuclear como arma de guerra e da possibilidade de auto-destruição da espécie humana, através dessa arma que alterou todo o panorama do mundo, ao permitir essa destruição integral.

Sendo isto uma ameaça de Mal absoluto deverá concluir-se que o mesmo foi inventado pelos americanos em primeiro lugar, seguidos pelos russos, tendo o génio científico alemão um papel relevante e fundamental nessa invenção.

Assim dito, o primeiro uso e manifestação desse Mal foi efectivamente em 1945 pelos americanos.  Não obstante, os efeitos foram ainda restritos e com consequências similares aos alcançados pelos métodos convencionais de destruição. E na comparação com a tentativa de destruição de uma raça humana, os propósito morais são algo diversos.
No entanto, actualmente, a destruição potencial de tais armas permite alcançar a destruição não apenas de uma mas de todas as raças, no caso de um conflito global descontrolado.
Foram aliás os próprios cientistas que criaram esse Mal potencial que alertaram para esses efeitos...

Questuber! Mais um escândalo!