sábado, agosto 01, 2015

Aqui há ratos

CM de hoje:


Revista Veja de 29 de Julho de 2015:




Veja de 22 de Julho de 2015:



Duas observações: a investigação brasileira ao caso "Lava Jato" apresenta ligações a Portugal, na medida em que estão em jogo comissões distribuídas a políticos brasileiros, entre os quais eventualmente o próprio Lula, de forma ilegal e para traficar influência em modo criminoso e tê-lo-ão feito por cá, com a colaboração dos apreciadores de robalos. Terão recebido "propina" por isso e já são vários os "delatores premiados" a dizê-lo.
O Ministério Público brasileiro dá a cara abertamente, fala do assunto e refere expressamente a possibilidade de cooperação judiciária internacional entre Portugal e o Brasil. Segundo diz, o DCIAP de cá ainda não descobriu a virtualidade de tal cooperação, neste caso concreto.
Segunda: o segredo de justiça, no Brasil, não serve para encobrir estas coisas da opinião pública e a questão que se coloca é saber se a prova recolhida por lá com recurso a declarações de arrependidos ( delações premiadas) poderá ser aproveitada cá, no nosso processo penal ultra-garantístico e com vigilância activa dos professores catedráticos de Coimbra, com destaque para o professor Costa Andrade, cuja atitude de jurista se poderá assemelhar à de mercenário, o que será muito triste se tal vier a suceder.

Entretanto, o Expresso de hoje dá à capa da Revista um assunto que me levou a esportular os 3 euros.: Hélder Bataglia, precisamente.
O português da mala de cartão que foi para Angola depois do pai, de Vieira de Leiria ter ido para lá "ganhar a vida" porque era muito pobre. Em 1975 Hélder nada tinha porque perdera tudo. Em 1979 ganhou uma mulher italiana ( daí o apelido?- o Expresso não diz) e refez a vida, por esse mundo fora. Argelinos,chineses, venezuelanos, argentinos, tudo conta para se andar na vida de negócio em que se perde e ganha. no dealbar dos 2000, Hélder conhece Álvaro Sobrinho e o BES. O resto é história que o episódio dos 14 milhões poderiam ajudar a contar melhor.
O Expresso não conta porque não existe para tal. O Expresso existe para fazer o frete a certo patronato que vive destas misérias da corrupção. É triste dizê-lo mas é assim. O artigo, para além de alguns factos biográficos nada adianta de novo ou de especial no que se refere às negociatas mantidas entre 2005 e 2011, com o governo do recluso 44, o BES, a Escom e o resto.
Hélder, o aventureiro, se quisesse deslindava em dois tempos a meia dúzia de anos que o recluso 44 passou à frente do Governo. E contribuiria para fazer a devida Justiça. Porém, não quer e anda fugido. Até quando?

Por isso ficam aqui duas páginas, a primeira e a última. O resto nem interessa.





Questuber! Mais um escândalo!