Culturalmente, o ambiente era de completa subjugação das "entidades" a essa mesma Esquerda.
Economicamente o panorama era este mostrado pelos jornais da época:
Em Fevereiro de 1975 a revista Vida Mundial, totalmente subsidiária desse esquerdismo pró-comunista mostrava o panorama da economia portuguesa menos de um ano depois do golpe.
A Vida Mundial de 10 de Abril de 1975 escassas semanas após a nacionalização da banca e seguros mostrava o resultado da Revolução na economia:
Em 1976, culturalmente e para culminar todo o processo revolucionário foi aprovada democraticamente uma Constituição que garantia uma via para o socialismo comunista, ou seja, claramente dito, "uma sociedade sem classes".
Tal Constituição não foi elaborada exclusivamente pelos comunistas de Coimbra, Gomes Canotilho e Vital Moreira, antes pelo contrário: o principal artífice foi o social-democrata Jorge Miranda, professor catedrático de Direito.
A Constituição de 1976 é um compromisso com essa Esquerda comunista e socialista que afinal de contas a aprovou com a aquiescência, em reserva mental, do então PPD. Contra, só votou o CDS...
O Jornal de 2.4.1976:
Um ano depois toda a gente da política estava contente com o resultado: "um documento excepcional"!
O Jornal 1.4.1977:
Com todas estas maravilhas económicas e culturais, como foi possível isto, logo em 1977 e 1978:
Austeridade e mais austeridade, logo em 1977:
A pergunta que deve colocar-se à Esquerda que isto provocou é simples: como entender o fracasso da Economia de um país quando o Estado manda na sua maior parte e tem o poder político capaz de decidir medidas para controlar essa Economia, não o fazendo de modo positivo e eficiente?
Como entender que o "investimento global" tenha descido quase 40 por cento em menos de um anos, após o golpe de Estado?
E que dizer da oferta de 120 milhões de contos que os capitalistas portugueses que ainda tinham ilusões em Junho de 1974 fizeram ao governo de então e não foram sequer ouvidos, muito menos aceite a respectiva proposta?
O artífice número um desta tragédia nacional-o Partido Comunista Português- que se desenrolou há 40 anos e se repetiu dez anos depois, em 1984, explicava assim, em Abril-Maio de 2013:
O PCP, ontem como hoje, pretende uma Revolução que altere a relação de forças na Economia, colectivizando os principais sectores.
Se tal sucedesse, o resultado seria o mesmo de então: falência do Estado, bancarrota em poucos meses.
Isto parece tão claro como água cristalina. Qual a razão pela qual se continua a dar crédito a esta Esquerda que nos deu duas ou três bancarrotas e se prepara para outra?
À primeira quem quer cai...à segunda só quem quer e depois disso só mesmo quem for tolo.