quinta-feira, janeiro 23, 2020

Lerpa angolana alastra a Portugal

Sol:

Três administradores não executivos da NOS, ligados à empresária angolana Isabel dos Santos, demitiram-se.

"O Dr. Jorge de Brito Pereira, Dr. Mário Filipe Moreira Leite da Silva e Dra. Paula Cristina Neves Oliveira apresentaram hoje, ao Conselho Fiscal, as respetivas renúncias aos cargos de membros não executivos do Conselho de Administração desta sociedade", refere um comunicado da operadora à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), citado pela SIC.

Os três têm ligações à filha de José Eduardo dos Santos. Paula Oliveira, Jorge Brito Reis e Mário Leite da Silva tinham sido nomeados pela acionista Isabel dos Santos, que detém, em conjunto com a SONAE, 52,15% por cento do capital da NOS. Paula Oliveira e Mário Leite da Silva foram constituídos arguidos em Angola, esta quarta-feira, tal como Isabel dos Santos
.

Dois problemas nesta notícia: 

Os ficheiros do Luandaleaks são meio de prova admissível em processo penal de cá ou de Angola? É preciso ler a obra, sobre prova proibida em processo penal,  do professor Costa Andrade, agora presidente do TC. 
A seguir escreve-se que foram "constituídos arguidos, tal como Isabel dos Santos". 

O CPP de Angola que julgo ser parecido com o nosso, não permitirá a constituição de arguidos à distância e sem a devida notificação.

Aliás, esta notícia diz expressamente:  "Pitta Grós pediu a Lucília Gago apoio para que empresária angolana, e outros colaboradores portugueses, sejam notificados na condição de arguidos." 

Por outro lado, o próprio general Grós, PGR de Angola,  aumenta a confusão que reina no Observador:

“Posso adiantar que este processo já foi transformado em processo-crime e que algumas pessoas foram constituídas como arguidas, nomeadamente a própria senhora Isabel dos Santos”, afirmou Pitta Grós

Então para que se continuam a escrever burricadas, sem se apurar a limpo como é?!

Por fim, uma curiosidade: a NOS pertence a quem, maioritariamente? A SONAE faz de conta que de nada sabia ao aceitar negócios com esta "princesa"?

Faz. Claro que faz, como continua a fazer com o Público, jornal que subsidia para manter o respeitinho. 


Entretanto a "arguida" que ainda o não é verdadeiramente, defende-se como pode:

Isabel dos Santos voltou a negar as acusações de corrupção, lembrando que todas as suas transações comerciais foram aprovadas por todos: advogados, bancos, auditores e até reguladores. É a primeira reação da empresária angolana após sido constituída arguida em Angola.

“As alegações que foram feitas contra mim nos últimos dias são extremamente enganosas e falsas. Vamos procurar clarificar a nossa posição em relação às últimas acusações”, frisou Isabel dos Santos em comunicado citado pela agência Reuters.

Ou muito me engano ou os angolanos vão perceber que o processo penal que copiaram do nosso é uma  obra prima...e com generais a PGR então é que vai ser.

Sem comentários:

O Público activista e relapso