CM de hoje, com um retrato do empório de Isabel dos Santos, incluindo participações de empresas em Portugal, privadas e algumas que já foram públicas:
Por causa destas e doutras, este já fez de conta que saiu, supostamente envergonhado...
Esperam-se reacções de outros "facilitadores" bem conhecidos: Proença de Carvalho, José Miguel Júdice, da PLMJ, alguns da Morais Leitão e Galvão Teles e Associados, da MLGTS, com muita gente do CDS, etc etc.
Claro, agora abundam as explicações para o que aconteceu. Uma delas, do lado externo, é esta, no Observador, da autoria de Rui Ramos:
Em Angola, a nova elite foi defendida, durante décadas, por um exército de ocupação cubano, contra a revolta da maioria da população. O aspecto do poder do MPLA como um poder colonial não podia ser mais claro. Por vezes, culpava-se disto tudo a Guerra Fria ou a África do Sul. Mas o fim do apartheid e da União Soviética não mudou o carácter autocrático do regime angolano. Ajudou apenas a esclarecer os objectivos dos novos donos de Angola: em vez da construção de sociedades marxistas-leninistas, o enriquecimento pessoal, com a colocação das fortunas a resguardo no Ocidente. Há quem, para explicar estas tragédias, argumente que as populações das antigas colónias não estavam ainda em condições de formar nações. Já era esse o argumento dos defensores europeus da colonização. Mas de uma coisa podemos estar certos: estas cleptocracias não estão certamente a preparar ninguém para a maioridade cívica. É esta a história por detrás dos Luanda Leaks: a de uma descolonização por fazer.
P.S.: Para perceber o que se passa em Angola, recomendo o excelente livro de Ricardo Soares de Oliveira, Magnífica e Miserável: Angola depois da Guerra Civil (2015).
Outra, já do lado interno é esta, do director do Público que é hipócrita e insidiosa ( A Sonae é a patroa deste jornalista, e tem comparticipação da ladroagem angolana. Logo...):
É tudo consequência da pobreza que temos e somos. Fomos obrigados a alienar a nossa independência, a pactuar com a corrupção que era bem conhecida, de regimes cleptocratas ou simplesmente autocratas sofisticados, como a China, para prover e remediar as nossas necessidades de acabar com a "austeridade". Que é toda do famigerado Passos, esse neo-liberal da nossa desgraça.
"Prova-se uma vez mais que um país pobre jamais pode ser exigente". Prova? Não prova coisíssima nenhuma, por alguns motivos que deveriam envergonhar esta doutrina "canalha" porque bebida desde o berço educativo no marxismo e quejandas ideologias.
Basta ler isto extraído de livros muito antigos e que o director do Público eventualmente execra porque são obras onde se expõe o pensamento de Salazar, precisamente sobre tais assuntos, da independência nacional de um país pobre que soube ser exigente e cuja honra e dignidade foi preservada durante tais décadas, não dobrando a cerviz a angolanos, chineses ou alemães.
Ao contrário destes indivíduos, alimentados desde o berço educativo em ideias internacionalistas, comunistas e que acham que para sair da pobreza é preciso "fazer a revolução", mesmo intelectual, retirando à burguesia os meios de exploração do povo trabalhador e assalariado, Salazar tinha outro conceito e por isso é um fassista acabado, conceito que inventaram como o máximo dos opróbrios.
O primeiro recorte é do livro O Estado Novo, princípios e realizações, publicado pelo SPN ( Secretariado da Propaganda Nacional) de finais dos anos trinta e relata com toda a clareza como é que um povo se dignifica na independência.
Depois, mais recortes de um livro de recolha de ideias de Salazar sobre o país e o mundo. O Salazarismo é de J.P. D´Assac, da Companhia Nacional Editora, de 1952.
Daqui saem duas ideias que esta gente não compreende: "Só os povos que não sabem governar-se é que estão à espera de saber como é que os outros se governam e na gestão dos negócios internos pautam pela alheia a conduta própria."
Senso comum puro, que raramente assiste a esta "canalha".
E mais: "quanto mais ordenada e sólida e nacional for a sua economia, mais fáceis serão os convénios de interesse internacional, mais prontamente tomados e obedecidos os compromissos e normas que importem a uma comunidade de nações."
Obviamente foi por isso e mais que resistimos durante décadas aos cantos de sereia do internacionalismo, incluindo o proletário que evidentemente não suporta tal noção mas diz-se despudoradamente "patriótico" !
Como resumo em poucas frases, uns recortes do livro La pensée de Salazar, edição do mesmo SPN da mesma época daqueloutro e traduzido para francês, para fazer valer à então comuna de Paris, dos Léon Blum e quejandos.
O ensinamente é muito simples e intemporal, excepto para esta "canalha": "os povos pobres, pequenos, podem, tal como os indivíduos, pelo trabalho e as suas virtudes, ter o direito de se manterem de pé com a cabeça erguida e até coberta diante daqueles que são ricos e grandes".
Toma lá que é de graça, esta pérola de sabedoria:
Esta sabedoria era também partilhada por outro fassista, Marcello Caetano que escreveu um livro de Memórias de Salazar, em 1977.
Algumas páginas exemplares sobre o assunto:
Depois disto talvez não seja desajustado ao director do Público ir lamber sabão...ou meter a cara num saco. Ou ainda meter a viola no mesmo saco.
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