Pacheco Pereira, no Público de hoje escarra mais uma vez por escrito na História contemporânea de Portugal, aviltando o Estado Novo e Salazar, com desinformação mascarada de propaganda.
No afã de sujar um passado em que pessoalmente se atolou na pior ideologia de sempre, o comunismo extremista, publicou o panfleto onde mostra outros instrumentos panfletários de propaganda anti-comunista veiculada, segundo escreve sem qualquer dúvida, pelo Estado Novo. O Estado Novo é apontado sumariamente como autor dos pasquins facsimilados, acto assumido como facto pelo antigo extremista do comunismo delirante e infantil. Trabalho da Legião ou da Pide, segundo o panfletário e mais ninguém.
O móbil da indecência exposta é um ataque indiscriminado à "direita", certamente incluída naquela que nos anos noventa adoptou oportunisticamente quando fez parte da entourage cavaquista na AR dos tempos em que se julgou "liberal".
Enfim, Pacheco Pereira, quem o não conhecer que o compre, ou seja que o leia acreditando nos dislates.
Do que o indivíduo não fala nem precisa, perante o despudor, é que o Estado Novo, incluindo a Legião e a Pide, combatiam activamente então a ideologia que Pacheco Pereira adoptou anos depois e que tinha como próceres, humanistas e democratas como este que a revista Geo-Histoire, de Junho de 2021 mostra:
O que o despudor de Pacheco Pereira omite é que o Estado Novo, com várias pides e legiões de fassistas à ilharga, nunca conseguiu chegar aos calcanhares do facínora e assassino retratado, porque a superioridade moral do Estado Novo era infinitamente superior à deste genocida que Pacheco Pereira chegou a idolatrar como modelo de líder para Portugal.
É só isso que falta dizer ao palerma.
E ainda falta mais isto que me lembrei hoje, ao ler estas páginas do livro Les Bienveillantes, de Jonathan Littel que tinha por aqui desde 2006 para ler.
Estas oito páginas explicam o entendimento profundo de um anti-democrata de raiz como é Pacheco Pereira. E explica a sua maior proximidade ao nazismo, enquanto ideologia totalitária, tal como o comunismo. Por muitas juras de democracia que esta gente faça, a realidade profunda vem sempre ao de cima quando se põem a pensar alto, como no escrito acima, acontece.
Esta gente é que é perigosa para a democracia.
Nestas páginas desenvolve-se um diálogo quase socrático entre um oficial alemão e um russo, nas circunstâncias da II Guerra mundial, durante a ofensiva de Leste de 1942 que os alemães estavam a perder, por causa de erros estratégicos.
Ambos concordam num ponto: o nazismo e o comunismo tinham ideias parecidas, métodos semelhantes e objectivos similares, de racismo, de totalitarismo e de desideratos em que o Estado assume sempre a maior parte do protagonismo, contra grupos sociais inteiros e aos milhões. No nazismo a raça sobreleva tudo e todos; no comunismo é uma classe que se torna superior a todas as outras que são submersas e obliteradas no processo. Os métodos, brutais são exactamente os mesmos: a eliminação física dos oponentes, através de expedientes inventados a preceito e cuja moralidade nem se distingue.
Ao pé disto, o Estado Novo foi um modelo de Estado social e de direito mas é contra o Estado Novo que esta gente se encrespa ideologicamente, porque é disto, destas ideias que vivem interiormente, desde sempre. Se a oportunidade lhes sorrir novamente voltarão a mostrar a verdadeira face: a do Terror. Pacheco Pereira seria um grande tovariche desta gente depois de se tornar o apparitchick por excelência, como já é, desta ideologia difusa da oligarquia prevalecente em Portugal, actualmente.
Ao contrário deste komissário russo do comunismo, Pacheco Pereira nem classe tem para este tipo de discussões. Já sabe tudo, desde sempre e daí o feitio de apparatchick ideológico que o consome.
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