domingo, junho 13, 2021

O vício do sensacionalismo

 Octávio Ribeiro, o director do CM que é da "outra banda" ou seja de uma esquerda ultra modernizada pelo afecto aos mitos igualitários, editorializa hoje algo sobre um fenómeno que também não lhe destoa na prática redactorial diária. 



Octávio Ribeiro não foi afectado pelo vício do servilismo acéfalo para com os poderes avulsos mas ficou inoculado com um vírus semelhante, o do sensacionalismo invasivo e já metabólico que transforma o seu jornal e tv em veículos de denúncias de ilegalidades reais e supostas mais empolamentos de fenómenos sociais que assumem feitio de escândalo com uma capa sensacional ou uma reportagem da "CMTV dá primeiro", como aconteceu nesta reportagem verdadeiramente sensacional de um pequeno despiste de uma motoreta...ou o caso ribombante da marquise no apartamento de Cristiano Ronaldo. Pelo meio ficam todas as capas com o "super-juiz", a "viúva Rosa", o "dr. horror" e outras pérolas do jornalismo do "pente-fino" que ajudam a uma informação isenta dos servilismos vários, excepto ao do lucro a todo o preço sensacional. 

A informação do grupo Cofina onde está Octávio Ribeiro apenas recua perante o "populismo" tipo Chega, horroroso para o homem da "outra banda" e que se lhe apresenta como uma floresta negra de destino infausto. Um antigo comunista nunca perde as suas referências...

Quanto ao resto, ver árvores e esquecer florestas é o dia a dia do homem da outra banda, principalmente se forem acácias vestustas com pessoas lá dentro ou macacos empoleirados nos galhos e a guinchar. 

Na edição de hoje apresenta na página humorística um retrato aprimorado de um desses macacos da política que saltam de galho em galho nas prebendas e tachos rendosos e que guincham e suam as estopinhas quando a vida não lhes corre de feição, como sempre correu,  no tempo em que as pessoas da "outra banda" os ajudaram a vicejar. 


Para se perceber a floresta onde se encontram estes espécimes é preciso ir buscar leitura a outras paragens que o CM não consegue penetrar em tais domínios de obscuridade aparente e desprovida de sensacionalismo. 

 Por exemplo ao jornal O Diabo desta semana, com este artigo de um antigo parceiro da "outra banda" sobre os responsáveis de bancos e economistas que provocaram os descalabros económicos, em que avulta aquela garimpeiro dos galhos mais acolhedores sempre esquecido do que andou a fazer, para se livrar de ser enxotado de vez da praça pública da pouca vergonha onde passeia a incompetência e manhosice.  



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