quarta-feira, março 08, 2023

A secretária de tradução...

 CM de hoje:


Ou seja, segundo declarações da própria, o seu papel no assunto, foi a de mera secretária de tradução, enquanto advogada na firma Cuatrecasas, de que fez parte António Vitorino, o de Macau. 
Aliás, tal como Lacerda Machado, vindo de Macau e António Costa, o primeiro-manhoso de todos eles e outros que aí estiveram sob a asa protectora do advogado Magalhães e Silva.  
A então assumida secretária de administração de uma firma de advogados, assinou a tradução de uma carta cujo conteúdo lhe deu a conhecer, ipso facto, as condições de aquisição de 14 aviões, segundo se diz a um preço inflacionado e motivo de suspeitas, desde 2022. 

A mulher de Fernando Medina não é uma mera jurista com funções de secretariado. A prova? É ver:



E em 2020, na TAP, mostrava conhecer dossiers, muito para além das traduções de cartas e até previa um futuro radioso para a empresa na qual "acompanhava toda e qualquer compra e fazia por se assegurar que a empresa estava no caminho certo"...


Assim, a propósito de serviços de advocacia tinha ideias precisas:

“Although I believe that in the next few years, when a client has to decide which lawyer to hire, price and quality will remain the most relevant factors, more and more law firms sense an expectation from clients having high social and environmental standards, so they have to keep up”.

Deve ter sido com base nestes princípios que o escritório de Rebelo de Sousa foi contratado no caso particular da inenarrável Alexandra Reis. 

De resto o cv de Stéphanie Silva aparece no mesmo perfil, no sítio dedeicado a "advogados ibéricos" com ideias sobre um "futuro sustentável". Pudera!


O acima exposto é mais interessante, porém...


Entretanto, estes já sacudiram um encargo, demasiado comprometedor e há mais de 400 mil euros em jogo. Algum desse dinheiro se calhar já faz parte dos activos da firma que se dedica agora a assessorar a TAP:

Para fazer todo o historial destas trocas e baldrocas nas empresas que lidam com o Estado e as respectivas "assessorias" de escritórios de advogados, seria necessário alguém versado nestas andanças e capaz de contar o que sabe, num livro. 

Por exemplo um José Miguel Júdice, antigo dono da PLMJ, firma na qual também trabalhou a dita Stéphanie. 
Esse sabe tudo, faz comentário na tv mas sobre estas coisas conta uma história alternativa, tendo inclusivé afirmado uma vez num comentário que é avesso a qualquer tipo de  corrupção,  como se fosse constituído de material repelente a tal fenómeno. 

Enfim, Portugal é uma cloaca de corrupção. É o que é. E pouco há a fazer, a não ser varrer toda esta gente dos arredores do poder político. 
Enquanto tal não sucede, os milhões voam de uns bolsos para outros, mas sempre os que esta gente conhece. Vinda de Macau...
Outra coisa que me mete uma espécie danada é o fenómeno digno de Entroncamento de outras eras, de termos um primeiro-manhoso com uma declaração de rendimentos pindérica, a viver quase nuns anexos arrendados em Benfica.
Isso, confesso, causa-me espécie. Perplexidade, melhor dizendo.  

Sem comentários:

Megaprocessos...quem os quer?