terça-feira, maio 23, 2023

Eduarda Dionísio e " a cultura não é uma flor na lapela"

 Morreu Eduarda Dionísio, filha do escritor Mário Dionísio, de uma esquerda fóssil que controlava o sector intelectual dos escritores durante o fassismo e por conta do PCP. O perfil do dito já foi devidamente traçado. 

O da filha é para já. O presidente desta República já expressou os seus sentimentos publicamente e o Observador dá nota:

Em 1993 publicou a sua magnum opus, com 523 páginas de faits-divers culturais, escrito na terceira pessoa,  com referências a tudo o que mexia na área da cultura e da política cultural entre 1974 e 1994.

Intitulou-o  Títulos, Acções e Obrigações e deve ter ficado encantada com o achado, qual dâmaso no feminino. A leitura do livro de recolha de impressões avulsas sobre fenómenos culturais é um roteiro interessante da mentalidade de alguém que nasceu alimentada na esquerda comunista e se acantonou na radicalizada, sofisticada pelo bloco trotskista que o pai detestava, pela certa. 


O estilo de escrita é "com os pés". Assim, as primeiras páginas:



A parte com referência "3" é sobre "Cultura é acção"...e fica aqui, integral para melhor análise do estilo e forma, para além das referências que vão dar sempre aos mesmos que influenciaram a vida política e cultural do país nas últimas décadas:


Lá surgem os nomes dos "católicos progressistas" e da sua associação à esquerda então sintonizada num certo MES:


Quem não conhecer isto não sabe verdadeiramente o que sucedeu em Portugal a seguir a 25 de Abril de 1974 e porquê.
O PCP dominou as estruturas onde pôde penetrar e foram muitas. Até se menciona a "revolução cultural" que o louco Vasco Gonçalves intentava para o país, com o aplauso e incentivo desta gente:


Não podia faltar João Martins Pereira, o grande ideológico do Bloco avant la lettre e quando ainda se declinava como PSR ou trotskistas avulsos capitaneados por um Louçã de extracção radical. 
A imagem da camponesa com um quadro a representar um clérigo antigo, provavelmente o Pe Cruz diz muito acerca da idiossincrasia destas pessoas: 



Uma apologia da censura, desta feita, pelos trabalhadores em nome dos interesses dos trabalhadores, pois claro que desse modo se torna legítima e até mais, necessária:


O teatro de onde saiu a estrepitosa Catarina Martins também merece todo o encómio cultural:


E a nova concepção de "arte", com a simbiose dos artistas com o povo e o poder:


Os escritores evidentemente não podiam faltar à chamada da Revolução e aí estão eles a acompanhar Vasco Gonçalves que queria vivamente a "libertação da nossa Pátria" !


Nestas poucas páginas está quase tudo resumido desta esquerda desgraçada que desgraçou Portugal. E o presidente da República que está, presta-lhe a devida homenagem por ter sido "figura muito relevante de uma geração politicamente empenhada, antes e depois do 25 de Abril” 

Percebe-se quem é e de onde veio este presidente: do seio desta esquerda e por isso não se espere nada mais do que pode dar e já deu: todo o apoio a quem está no poder. 

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