Ontem na SIC, num programa em que se pretende esmiuçar não sei bem o quê, o fedorento-principal, perguntou ao actual primeiro-ministro que concorre às próximas eleições, fazendo o papel de candidato, quais eram os políticos "mais amigos", os que lhe estavam mais próximos.
Esta esmiuçadela deu nisto: o PM disse que era o espanhol Zapatero, com quem mantém amizade, até pessoal, e ainda...o francês Sarkozy.
Poucos deram atenção, mas o pormenor não deve escapar aos atentos. Sarkozy pretende fazer em França uma mudança do género das que o actual PM pretendeu fazer por cá. Aliás, já o disse publicamente há uns anos atrás.
O estilo egocrata de anbos é idêntico, a pose um pouco diversa ( não é por acaso que um usa tacões de salto mais alto nos sapatos e outro é o 6º mais elegante com visita ao Bijan) mas a essência no mando é idêntica, apenas tolhida pelas circunstâncias de a vida democrática francesa não ser bem a mesma coisa que a nossa.
Por outro lado, José S. não hesitaria um segundo, se lho perguntassem ( mas isso seria esmiuçar demais e aquele meo não está ali para isso), em dizer logo e agora que Sarkozy é da direita...diria, não diria?
Portanto, dois indivíduos perigosos para a democracia, tal como é entendida civilizadamente. Os franceses já o entenderam. Os portugueses, veremos no próximo dia 27.