sábado, julho 23, 2016

José Sócrates: a pessoa que destruiu mais valor, em Portugal?

Hoje no Sol, o escrito de José António Saraiva retoma o tema de José Sócrates e o seu "maior crime" que foi a destruição do valor da PT:


O CM de hoje também pega  no tema:

Portanto, o assunto é o que se passou na PT e no negócio da venda da Vivo para a compra da OI. O caso foi mencionado por aqui, há cinco anos, em Abril de 2011,  com o título "A fina flor do entulho", referindo-se a certos banqueiros que agora são mencionados diariamente nos media...

Ricardo Salgado, se isto se provar tem que pagar criminalmente por esta tragédia e devia estar preso preventivamente.


Imagem do Sol de 15.4.2011

Estes são os banqueiro portugueses. Estão à rasca porque se endividaram demais, empanturrando-se em alavancagens. Agora precisam de 37 mil milhões ( pelo menos) nos próximos três anos.
Estes cinco banqueiros enterraram-se em dívidas, à semelhança dos portugueses dirigidos por um Partido Socialista que governou praticamente nesta última dúzia de anos.

Há um deles que descende de banqueiros que lidaram com Salazar e Caetano: Ricardo Salgado. Os pais e avôs souberam lidar com a ditadura mas não impunham regras à ditadura como este descendente impõe à democracia, incentivando despesa pública para a financiar. Parte dos nossos problemas a ele se devem. À sua cupidez natural e falta de ética de responsabilidade social e nacional. Provas?

O comunista António Vilarigues apresenta-as hoje no Público:

" Contas feitas pelo economista Eugénio Rosa ( uma espécie de Medina Carreira alternativo e sem projecção mediática, mas com maior rigor matemático- nota minha) indicam que segundo os dados do Banco de Portugal, no período 2000-2010, a dívida total líquida do país aumentou 269 por cento. A dívida líquida externa do Estado cresceu 122,6, por cento, menos de metade do crescimento da dívida do país. Mas a dívida líquida da banca e das empresas ao estrangeiro aumentou 629,2 por cento(!!!). Isto é, cinco vezes mais que o aumento percentual da dívida externa do Estado."

E continua:

" Uma das características da actual crise é a transformação da dívida privada, contraída pelo sistema financeiro com as suas trampolinices e "lixos tóxicos", em dívida pública a ser paga por todos nós. No caso de Portugal, os dados são esclarecedores. Desde 2008 ( em euros) a banca portuguesa recebeu quatro mil milhões dados pelo Governo; 20 mil milhões em avales; cerca de 7,7, mil milhões ( ou quase cinco por cento do PIB de Portugal) enterrados no BPN, dos quais dois mil milhões já aparecem nas contas públicas; cerca de 450 milhões no BPP; cerca de quatro mil milhões ( 2008 a 2010) só em juros roubados dos nossos impostos no esquema de "eu ( banco português) vou ao BCE pedir a um por cento e empresto-te a 4, 5 a 6 a 7, a 8 a 9...por cento"; para pagamento do IRC a rondar em média os 10 por cento ( quando a taxa é de 25 por cento); no OE para 2011 avales no valor de 20,181 milhões e ajudas para aumentos de capital de 9,146 milhões; lucros líquidos em 2010 iguais aos de 2009- cinco milhões de euros por dia- pagando metade dos impostos."

E pergunta o articulista comunista: " E dizem que já não aguentavam mais sacrifícios?" E acrescenta ainda: " o comissário europeu para os assuntos económicos revelou que "é quase certo" que parte dos 80 mil milhões da chamada ajuda para Portugal será canalizado para a banca portuguesa."

Dito isto talvez valha a pena acrescentar que aquela fina flor do lixo em que transformaram os seus bancos, assim considerados pelas agências de rating, merecem um castigo nacional. Não deveriam ficar impunes nesta desgraça porque são autores, co-autores e cúmplices do desgoverno da última dúzia de anos.

O dito Ricardo Salgado ainda nem há muito tempo, numa daquelas entrevistas de quem sente o rei na barriguinha cheia dizia que o primeiro-ministro Inenarrável que ainda temos, era um político aceitável e
E disse também que eram precisos os tais mega investimentos. E não foi assim há tanto tempo...
Tal como não foi assim há tanto tempo- Outubro de 2009- que em entrevista à TSF disse isto:
Ricardo Salgado considerou Teixeira dos Santos «dos melhores ministros das Finanças que Portugal jamais teve».«Na minha opinião pessoal, é muito bom para o nosso país» que continue à frente do Ministério das Finanças, no novo Governo apresentado por José Sócrates, defendeu.
Entulho, disse? É pouco. Talvez responsável directo pelo "lixo tóxico".


ADITAMENTO:

Entretanto o principal visado, José Sócrates e sus muchachos estão de nariz empinado a fustigar quem investiga fazendo dos investigadores uns salafrários e uns criminosos... e autores de coisas infamantes que dezenas de juízes de tribunais superiores já consideraram sustentáveis e credíveis. Para aqueles, no entanto, é tudo de outro mundo e nada com eles.

 Económico ( um jornal que apareceu por causa da Ongoing...em que Sócrates também teve o dedo):

Questionando o aparecimento de novas suspeitas sobre si no âmbito da "Operação Marquês" em que é arguido e a indefinição dos prazos para a acusação, o ex-primeiro-ministro José Sócrates deixou acusações ao Ministério Público: "O que se percebe é que a táctica do Ministério Público é sempre igual - cada vez que tem um prazo para concluir a acusação apresenta novas suspeitas", afirmou em Chaves.
"E até quando é que o Estado tem o direito de apontar um dedo a um cidadão e considerá-lo suspeito? Isto não tem prazos? O Ministério Público acha que faz parte da sua autonomia não ter prazos? Não, não é assim. O que eles estão a fazer deste processo é um processo que devia ser justo e exemplar num processo infame", criticou.
"Até onde é que os responsáveis da investigação querem levar esta farsa e este embuste? Eu acho que isto já vai passando a mais, porque realmente levantar suspeitas sobre suspeitas, passar de Argélia, Angola, das PPP para todos os actos do Governo qualquer dia me julgarão, enfim, contribuindo também com um pouco de espírito, como responsável por tudo desde as guerras peninsulares", considerou.