quinta-feira, julho 21, 2016

O Nacionalismo de Salazar não envergonha ninguém...

Acerca da ideia de Nacionalismo que foi expressa por Pedro Soares Martinez, um salazarista convicto, talvez seja interessante registar aqui algumas ideias do próprio Salazar acerca do conceito e que foram publicadas no livro La Pensée de Salazar, edição do SPN, s/d.


"O nacionalismo do Estado Novo não é nem poderá ser jamais uma doutrina de isolamento agressivo-ideológico ou político-porque se incorpora, como aliás toda a nossa história, na obra de cooperação amigável com outros povos. Também o consideramos afastado do liberalismo individualista, nascido no estrangeiro, e do internacionalismo de esquerda que outros sistemas téoricos e práticos, nascidos também no estrangeiro, por reacção contra os mesmos.

Será reconhecido um dia que Portugal é dirigido seguindo um sistema original, particular à sua história, tão diferente de todas as outras, e desejamos que se compreenda bem que não afastamos os erros e vícios do falso liberalismo e da falsa democracia para abraçar outros que podem ainda ser maiores, mas ao contrário, para reorganizar e fortificar o País junto a partir dos princípios de autoridade, ordem, tradição nacional, em harmonia com essas verdades eternas que são felizmente o património da humanidade e o apanágio da civilização cristã .

A fonte principal dos ensinamentos que recebemos, a fonte onde fomos buscar inspiração para as grandes linhas da nossa construção política foi a nossa história, a tradição, o temperamento, a realidade portuguesa, numa palavra. Desta pretendemos extrair tudo o que do passado permaneça vivo e fecundo e dos tempos novos, tudo o que pareça constituir uma aquisição segura e uma aspiração legítima para o progresso geral e para uma melhor compreensão da justiça.

A Nação, para nós, é una e eterna; nela não existem nem classes privilegiadas nem classes inferiores. O povo somos nós todos mas não havendo oposição da igualdade, a justiça exige que a maior solicitude vá onde se encontram as maiores necessidades: não se é justo quando não se é humano.

Eis a nossa tese e a nossa posição: nacionalismo intransigente mas equilibrado, que simplifique a solução dos problemas mundiais utilizando o quadro natural da divisão em nações, que trabalhe com o sentimento da solidariedade internacional para a qual contribui através do activo das suas realizações e que não ofenda nem contrarie os interesses superiores pela actividade desenvolvida no plano nacional.

A universalidade da ideia e acção no curso da evolução católica e europeia, ao serviço da elevação moral e material da espécie, eis a característica da história do nosso país.

Apertados na faixa ocidental da península entre o imenso mar e vizinhos poderosos, estamos condenados a viver em cada instante o drama da nossa vida. Mas, sob o olhar benevolente da Providência, contamos já outro séculos de trabalho, de sofrimentos, de lutas, de liberdade. Se há sempre o mesmo perigo, há também, sempre o mesmo milagre.

Poderá negar-se o que há de mais evidente e mais palpável na nossa obra, mas o despertar da consciência nacional, o prestígio de Portugal no mundo resplandecerão sempre: por toda a parte, o orgulho de ser Português rejuvenesce o sangue dos portugueses e permite que as cinzas heroicas de ontem repousem tranquilas no seu túmulo.


Essencialmente parece-me ser isto o Nacionalismo de Salazar que resumia numa frase o espírito dos direitos da Nação: “nada contra a Nação, tudo pela Nação.
Uma Nação não se confunde com um partido; um partido não se identifica com o Estado; o Estado na vida internacional não é um sujeito mas antes um colaborador associado.
O Povo na simplicidade da sua alma e espontaneidade dos seus sentimentos é sempre a fonte viva do nosso nacionalismo.”

“A grande força de progresso social e político representada pelos nacionalismos parece jogar um papel benfeitor apenas na medida em que se exerça no terreno da competição pacífica; de outro modo conduzirá a tornar ainda mais difícil a resolução de problemas que se colocam e pelo facto de despertar nacionalismos rivais.

E sobre o outro lado, o dos actuais "patriotas" da geringonça, ou seja sobre o Internacionalismo:

"Em lugar de se caminhar para uma melhor humanidade, mais fraterna ou pacífica, minou-se a segurança interior dos Estados, desbastou-se a coesão nacional, permitiu-se a criação de partidos políticos tendo uma acção e uma influência exteriores, quer dizer,  foi-se avante na hegemonia de um partido que ao mesmo tempo que parodia a raça eleita do Senhor, comete o sacrilégio de prometer a todos os povos a redenção pelo crime.

O internacionalismo aqui em evidência não é outro senão o comunismo…

6 comentários:

Ricciardi disse...

Também pode ser o Liberalismo. Deve ser mesmo o Liberalismo, já que o comunismo não tem poder algum nem representatividade. Ninguém se incomoda muito com uma ideologia que não tem correspondência com o poder. Já o Liberalismo, na sua versão mais radical, tomou conta do poder. Dos poderes das instituições todas. Temer o que não existe não tem sentido. Tem mais sentido o internacionalismo libertário.
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Rb

Floribundus disse...

não pode ser comparado comparado com a dimensão desta MERDA

centeno e monhé
lembrei-me dp 'principio de indeterminação de Werner Heisenberg'

existe escassa possibilidade de serem ministros

José Lúcio disse...

Agora o nacionalismo admissível limita-se ao futebol.

Merridale and Ward disse...

«para reorganizar e fortificar o País junto a partir dos princípios de autoridade, ordem, tradição nacional, em harmonia com essas verdades eternas que são felizmente o património da humanidade e o apanágio da civilização cristã .»

Jesus era um judeu e quem se curva a esse semita, curva-se perante a tribo de Israel:

http://historiamaximus.blogspot.pt/2016/07/jesus-cristo-era-um-judeu-percebem-o.html

muja disse...

Sim, e tu curvas-te a quem, que até os inimigos de Portugal invocas em nome do anti-cristianismo?

Merridale and Ward disse...

Se gostas assim tanto do Cristianismo, porque não fazes as malas e vais ter com os teus amados semitas para o Médio Oriente?

O Público activista e relapso