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A guerra cibernética entre o NOS e a FUA tem outra frente de batalha. O NOS está a organizar uma manifestação sob o mote “Salazar faz muita falta!”, em homenagem a António de Oliveira Salazar, antigo líder do regime ditatorial do Estado Novo (agendada para o dia 1 de fevereiro, em Lisboa). Por seu lado, o FUA está a promover uma petição pública contra a realização dessa manifestação.
“A FUA apela a todos os que se orgulham de viver num Estado democrático que se juntem a nós neste esforço para travar uma mobilização que, além de claramente inconstitucional, é no fundo uma afronta e um voto ao esquecimento a todos os que dedicaram (ou perderam) a vida para quebrar as correntes da ditadura Salazarista. Permitir o branqueamento e a revisão histórica daquilo que o período da ditadura representou para os milhares de portugueses que durante décadas foram perseguidos, mortos, atirados para a guerra, para a pobreza e para o analfabetismo, não é gozar do direito à liberdade de expressão: é uma afronta direta à memória histórica com a qual devemos aprender e uma porta aberta para o retrocesso. A democracia deve ser trabalhada e melhorada? Sem dúvida, mas esse processo não pode ser liderado por saudosistas do fascismo e da ditadura militar”, defendem os militantes da FUA, no texto da petição.
Isto nem é novo, da parte destes pseudo-democratas da extrema-esquerda. Já aqui foi mostrado um dos primeiros exemplos de um autodafé deste género:
Na altura escrevi assim:
Um dos jornais mais esquerdista e desabridamente comunista que apareceu então, era o semanário Sempre Fixe dirigido por Ruella Ramos que também se ocupava da propaganda comunista no Diário de Lisboa.
O Sempre Fixe de Setembro de 1974 exultava com a queima de jornais, num público auto de fé antifascista. Jornais fascistas, claro está e que só por isso podiam ser queimados, sem que alguém levantasse um dedo de escrita em protesto.
Um dos jornais mais esquerdista e desabridamente comunista que apareceu então, era o semanário Sempre Fixe dirigido por Ruella Ramos que também se ocupava da propaganda comunista no Diário de Lisboa.
O Sempre Fixe de Setembro de 1974 exultava com a queima de jornais, num público auto de fé antifascista. Jornais fascistas, claro está e que só por isso podiam ser queimados, sem que alguém levantasse um dedo de escrita em protesto.
Então, os hereges eram os jornalistas do Bandarra, Tribuna Popular e Tempo Novo. Os argumentos para a fogueira eram sensivelmente os mesmos de agora para com o sítio da Nova Ordem Social: fascismo.
O fassismo é o fantasma permanente desta Esquerda que se tolera em democracia e até se mostram os seus heróis de sempre mas que não tolera tudo o que determine ser fascista. Seja ou não seja, porque os aferidores são eles mesmos.
É esta a democracia que temos.
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