sábado, dezembro 03, 2022

A Educação do obscurantismo de Marçal Grilo

 O antigo ministro ( durante quatro anos) da grande paixão de Guterres, Marçal Grilo publicou agora um livrito, de 230 páginas, sobre a Educação no tempo de Salazar e até 1968. Dedica o livro a "todos aqueles a quem não foram dadas as condições e a oportunidade de estudar e de poderem realizar as aspirações e os objectivos que mereciam ter alcançado". 

Só esta dedicatória serve para dar o espírito do livro que é afinal mais um a denegrir a educação e o  regime de Salazar que afinal define de um modo simples e usual para estes analistas formados no tempo de Salazar: "basta ler, escrever e contar". 

Nem se apercebe que é assim mesmo e que afinal Marçal Grilo ainda não chegou a tal patamar, uma vez que não soube ler o que segundo entrevista ao Sol de hoje diz ter sido um ano em que a mulher já não podia ver lá em casa, "livros de Salazar, de Carneiro Pacheco, os decretos-lei. etc. etc." Tal significa que não os tinha lido e portanto leu à pressa para alinhar o que escreve neste livrinho que apesar disso vale a pena comprar:


O livro centra-se na história de três ministros do governo de Salazar - Carneiro Pacheco, Leite Pinto e Galvão Teles, sendo presumível que ninguém num futuro se lembre de escrever qualquer livro sobre a obra de Marçal Grilo enquanto ministro, o que já é por si mesmo significativo. A não ser como é que foi possível com dinheiro aos milhões, emprestado ainda por cima, não conseguiram fazer melhor do que massificar o sistema e reduzi-lo a uma expressão tão simples que nem sequer é suficiente para ensinar a ler, escrever e contar. Os resultados comparativos internacionais comprovam-no e nem as licenciaturas tiradas a esmo e apresentadas como índice de grande sucesso estatístico, tal como os doutoramentos só pelo canudo estatísticoe sem qualidade verdadeira, permitem mascarar o falhanço gigantesco que é a Educação em Portugal nas últimas décadas. Ao contrário de Salazar, precisamente. 

Um dos ministros, Leite Pinto é mesmo considerado um génio ( pelo actual presidente-comentador) e retrata-se em algumas páginas:



No Sol, Marçal Grilo explica melhor o método de denegrir o regime de Salazar, louvando-lhe certos feitos, nomeadamente na Educação, à semelhança do professor Calado, do IST, criticando o pretenso espírito elitista do mesmo e portanto reconduzindo à desigualdade primitiva, o problema do país, tal como na dedicatória expõe. 

A ideia esquerdista-base, a invejasinha de sempre e que é afinal a última palavar dos Lusíadas tem aqui a sua expressão corriqueira. Ficam aqui 4 páginas de 7 para quem quiser ler tudo, comprar o jornal:





De resto, no mesmo jornal há um retrato educativo do que é actualmente o efeito da Educação de Grilo e dos que lhe sucederam...revelador do verdadeiro obscurantismo actual, escondido no declínio de Portugal nas últimas décadas. 

É preciso lembrar a Grilo e outros cantadores do costume que Portugal, em 1973, crescia economicamente a um ritmo que nunca mais se verificou, mesmo com a Educação elitista e a suposta ausência de oportunidades a quem "não foram dadas condições". E tinha um sistema educativo que apesar de já ter sido modificado para dar "mais condições" a quem delas necessitava, num espírito anti-elitista iniciado pelo ministro Veiga Simão, a verdade é que tal foi destruído com parceiros ideológicos de Grilo. Nome de um deles? Rui Grácio [quem quiser pode ler aqui, o que fez o indivíduo...]. Sobre esse e os efeitos catastróficos da política educativa subsidiária dos mitos de esquerda é que precisamos de livros, para termos a noção da tragédia que nos inflingiram e às gerações que virão. 

Salazar com o seu sistema educativo conseguiu algo que esta gente toda, com ideias fantásticas, nunca conseguiram e antes pelo contrário destruíram para sempre, se calhar. 

Quem serão os verdadeiros obscurantistas mascarados de progressismo militante, como Grilo?

Pelos vistos, nos últimos 40 anos as condições que foram dadas permitiram este panorama que já nos coloca atrás de países como a Roménia...



Não há dúvida que tudo isso foi uma grande vitória sobre o "facismo"...como este funcionário qualquer mostrava em 25 de Abril de 1974, certamente iludido com as promessas de uma esquerda que produziu o que se vê agora...


Como é que foi possível tal "rumo à vitória"? O próprio Sol de hoje explica num ou dois artigos...









Sem comentários:

O Público activista e relapso