domingo, dezembro 25, 2022

Os mercadejadores da coisa pública

 Artigo de José Sócrates, no jornal Tal & Qual que lhe dá guarida garantida por apoio permamente a si e aos seus apaniguados. A troco de quê?, é legítimo perguntar...


Defesa própria do visado Manuel Pinho, em notícia da CNN:



Crónica de Eduardo Dâmaso na Sábado desta semana:


A questão essencial é simples de enunciar: o governo socialista de José Sócrates beneficiou ilegitimamente a EDP? A resposta do MºPº no caso de Manuel Pinho é afirmativa e reuniu elementos indiciários suficientes para o acusar uma vez que entende ser mais provável a sua condenação do que a absolvição.

Na defesa indirecta dos interesses dos arguidos, José Sócrates elenca uma série de circunstâncias e factos com que pretende desmentir a alegação de corrupção, acusando o MºPº de inventar uma trama para o prejudicar a si e aos seus ministros, do governo a que presidiu. "Toda a história é uma fraude", resume. 

E poderá ser se os factos enunciados na crónica de Eduardo Dâmaso e outros, forem falsos e desprovidos do sentido que lhes é atribuído. 

Serão falsos, tais factos? 

A crónica de Eduardo Dâmaso permite colocar algumas questões onde as mesmas devem ser colocadas: na natureza criminosa da actuação do antigo primeiro-ministro e de alguns dos seus ministros. 
Aos tribunais competirá analisar e integrar os factos alegados e sujeitos a prova, no conceito de "mercadejar", de troca de favores entre os governantes e as empresas aludidas, mormente a EDP. 
A especial dificuldade em sindicar a actividade política legítima do simples mercadejar do cargo permite ao visado indignar-se e apodar com as maiores barbaridades os investigadores e a acusação produzida pelo Ministério Público. 

Está-se no pleno domínio em que a prova indirecta de tais factos imputados como criminosos devem ser analisados. 
Para coligir elementos de prova indirecta foi e continua a ser fundamental fazer o que o advogado Patrício de modo inteligente desvaloriza e tenta ridicularizar: "há processos com a ambição de reconstituir a história de Portugal em determinado período". Tal & Qual!

A indignação do visado José Sócrates, acolitado por estes labitas da defesa mercenária, é tanto maior quanto a facilidade em apresentar os factos como decorrentes de uma actividade governativa normal, apenas se traindo sempre que o extraordinário poder de aldrabice o conduz a contradições ou a simples mentiras expostas relativamente aos factos. 

Neste contexto bastará uma mentira clara para o tramar...porque tudo o resto cairá como um castelo de cartas jogadas por uma aldrabão profissional. E mentiras do dito são já legião. É a eito...
Por isso vale a pena recordar o contexto histórico, já com alguns anos em cima mas com registos dos factos:
Sábado de 14 Outubro de 2017:










Segundo tudo isto indicia, o dinheiro continua escondido algures, gerido por testas de ferro e capaz de continuar a sustentar as aldrabices e mentiras de sempre. Tal & Qual! 

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