Este artigo de hoje, no Público, de Pacheco Pereira é supra-sumo do cinismo de alguém que não sabe situar-se na ética, moral ou mesmo intelectualmente atenta a contradição ideológica. Com o regime de Salazar em que estas coisas não sucediam, Pacheco Pereira farta-se de empolar os fenómenos de corrupção associando as "cunhas" camarárias à corrupção de Estado, para ele evidente e espalhada no regime.
Agora, é coisa bagatelar e se fôssemos dar importância a isto não havia governo que resistisse. Daí que o ataque ao Ministério Público lhe permita todo este relativismo circunstancial. Amanhã, perante outra situação, com outra gente a governar, indignar-se-á radical e singularmente, usando outros argumentos...e não é preciso procurar muito: basta lembrar o que disse de Dias Loureiro e outros do PSD, no tempo de Passos Coelho. Nessa altura as "cunhas" tinham outro relevo e outro nome...
Por outro lado, o advogado Teixeira da Mota aponta baterias aos seus colegas de advocacia, particularmente os que agora se expôem a falar pelos cotovelos da má-fé, sobre os processos e clientes que patrocinam.
Fazem-no em modo totalmente impune porque sabem que a Ordem dos Advogados nunca os beliscarão...como é o caso do nefando Magalhães e Silva e tantos outros que aparecem nas tv´s a defender o indefensável, a aldrabar e a arriscar mentiras descaradas, em prol do interesse dos clientes, como é o caso de Tiago Barbosa Ribeiro, a explicar os 75 mil e 800 euros do Escária.
A estes advogado que violam permanentemente o Estatuto e se estão nas tintas para o mesmo, ninguém lhes toca. Podem dizer o que querem, contra quem bem entendem e nem sequer são advertidos de tal, por ninguém. Alguns deles estão mesmo nos conselhos superiores dos magistrados a apreciar processos contra aqueles que criticam nas tv´s.
Assim, este artigo de Teixeira da Mota, exemplar único, é singular e de aplaudir.
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