terça-feira, novembro 21, 2023

Os buracos da jornalista Câncio

 Fernanda Câncio, jornalista aboletada no DN, um jornal de prestígio abandonado desde os tempos de Saramago, actualmente engalinhado na Global Media e presumivelmente num buraco financeiro cada vez mais fundo, escreveu outro artigo sobre buracos. 

Desta vez sobre o Ministério Público, por causa dos tremendos "erros" de um despacho cheio de buracos no entender subido da dita.


Como o artigo todo é de auto-comiseração e indignação selectiva em função de casos que não especifica nos pormenores que cita, brandindo-os como armas de arremesso contra o Ministério Público, importa informar leitores desprevenidos sobre tais casos singulares protagonizados, além do mais, pela referida cuja que se esfarrapa, dilacerada nas injustiças que sofreu. 

Assim, vale a pena repescar um postal antigo em que tais casos singulares apareciam bem explicitados e concretamente perceptíveis, ao contrário do escrito de agora, comiserado na angústia de ver repetidas as agruras passadas, sempre com os mesmos na berlinda. 

Foi aqui, em 2017 e começa assim com o título Sócrates e os buracos:

Fernanda Câncio, uma jornalista espertalhona que já disse nunca se ter apercebido da origem da fortuna aparente do então acompanhante, chamou-lhe um dia "buraco". Isso porque o mesmo não aceitou o convite para ir apreciar um apartamento que custaria mais de dois milhões de euros em que aquela espertalhona estava interessada. O então acompanhante  acabou-lhe logo com as ilusões dizendo que o sítio era um buraco e que se fosse lá visto era notícia do Correio da Manhã...e foi então que a espertalhona ingénua lhe disparou: "buraco, és tu! Tu é que és um buraco!".


Ora bem, um buraco e cada vez mais negro. O dito ganhou mais um sobrenome: "buraco".


Isto é tão pindérico que até dói.

Outros personagens do grupo dos buracos:


A par destas preocupações esburacadas, o mesmo jornal, ontem, deu guarida a um trânsfuga destas coisas manhosas, chamado Manuel Catarino e que assenta poiso no Tal & Qual , propriedade de uma tal empresa Parem as máquinas... 

O Catarino anda há meses e meses abespinhado com o juiz Carlos Alexandre, tomando dores alheias como se próprias fossem por motivos certamente esconsos. 

Nos escritos do Tal& Qual a prosa é de arrebimba o malho contra o juiz. Porém, neste caso podou os adjectivos para não engalinhar demasiado a prosa arrevezada e despeitosa e arriscar ficar à espera de nova oportunidade.

Dedicou-a às escutas telefónicas em processo penal, área em que o dito se revela conhecedor das intrigas rasteiras já glosadas naquele jornaleco, contadas por entalados diversos e aqui repicadas para zurzir sempre no(s) mesmo(s). É obsessão estranha que se entranhou no bestunto catarino de onde não entra nem sai um feijão.


  


Confesso que da catarinária toda o que me realçou a curiosidade foi a historieta do advogado Carreto, vítima de erro banal, erigido em monstro processual que justificou uma denúncia criminal, explanada no escrito catarino e com um epílogo breve e sintomático: "Foi tudo arquivado". E nem sequer o leitor ficou a saber porquê, depois de ler o sufragado relato de fazer chorar as pedras de uma calçada em macadame romano. 

Ninguém está seguro, avisa o Catarino! Pois não, ninguém se livra deste jornalismo de sarjeta para enlamear quem lhes apetece. 

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