sexta-feira, maio 11, 2012

Os segredos de Estado andam escondidos em clippings de imprensa...

 

Estas primeiras páginas do Público e do i de hoje são um programa.  Ambas tratam o assunto do momento- o momentoso tema das "secretas". Amanhã será a vez do Expresso ir apanhar as canas dos foguetes que andou  a deitar e festejar o facto de não os terem incomodado com crimes comuns, como o de violação de segredo de Estado, de Justiça e outros ( ofensa à honra, eventualmente).

Folheando o Público lemos que terá havido mais toupeiras no SIED a remeter "segredos de Estado" à Ongoing e a políticos, como Miguel Relvas que não se dá por achado. Os segredos são tremendos e susceptíveis de pôr em perigo a sustentabilidade da nossa segurança interna e externa. São "clippings" de agências noticiosas, idênticos aos que os media recebem para manufacturarem as notícias do dia. Por causa disso, o pobre Carvalho e outros estão apanhados na teia da Justiça por violações de segredos de Estado como esses.  Por corrupção e por abuso de poder e outras malfeitorias repetidas. Toma que já almoçaste, ó Carvalho!

Para mostrar que tipo de segredos o DIAP descobriu, gravíssimos e de consequências imprevisíveis para a nossa segurança interna, externa e idiossincrática, podemos ler este texto do jornal i que incita na primeira página a que vejamos o tal documento de que se fala: qualquer pessoa ao ler o teor das mensagens electrónicas trocadas entre o tal Carvalho e Relvas e tutti quanti fica aterrada, como o Público ficou: então é para isto que andamos a pagar aos serviços de informações? O crime é gravíssimo; o segredo de Estado é de estalo e a consequência para a nossa piquena República uma desgraça inominável. 
O ridículo não mata esta gente, mas há quem aposte na eliminação cívica dos prevaricadores. O Expresso de amanhã explicará melhor.
Quem poderia explicar muito bem como é que estas coisas acontecem e estes "clippings" são trocados entre serviços oficiais e entidades privadas, seria o blog Câmara Corporativa. Durante anos andou a publicar efusivas notícias e clippings provenientes de lugares anónimos, levados por "mão amiga", sempre. As suspeitas já divulgados por insuspeitos de que tais clippings viriam de entidades públicas são do domínio público. Peculato? Corrupção? Abuso de poder? Violação de Segredo de Estado? É escolher, fazer umas tantas buscas, apreender uns telemóveis e está feita.
Isso aconteceu na altura em que o emigrado de Paris estava no Governo e havia por lá espiões do tipo Olrik a zelar activamente pela  segurança do afortunado que não tendo bens e rendimentos vive à grande e à francesa. Os jornais destes dias noticiaram que no último dia em que mandou, pôs a assinatura numa autorização de pagamento de uma conta de 38 milhões para certa entidade. O DIAP não se incomodou. O DCIAP também não. Os segredos do espião caçado, versados em clippings são muito, mas muito mais importantes e essenciais para a nossa vivência democrática.





Questuber! Mais um escândalo!